— Espera, o quê? — Castiel reuniu todas as forças dentro de si para não gritar com o homem responsável pelas entregas de malas extraviadas. — Deu minhas roupas para órfãos?
— Sì, signore. — respondeu, lastimoso.
— Sou tão pequeno assim? — o moreno perguntou mais para si mesmo, olhando para si. Gesticulou, voltando ao assunto.— Não entendo. Por que deu minhas coisas?
— Disseram que estava internado num manicômio.
— Manicômio? — ele sorriu, sua voz calma e doce. Sim, realmente estava ficando louco e sabia bem o culpado.
— Sì, signore.
— Entendi.
— Seu colega de quarto disse.
— Ah, sim, ele disse?
— Disse que o senhor queria que suas roupas fossem pro orfanato. E foi muito específico sobre isso.
Castiel respirou fundo.
— Grazie. — encerrou, seu tom de voz mais grave.
— Prego. (De nada).
Depois de ouvir a ligação se encerrando, ele afastou o celular do ouvido, seu lábio inferior preso entre os dentes.
— Está bem, Dean. Quer enlouquecer? — balançou seu rosto, fechando os olhos por um momento antes de abri-los novamente, agora com um toque diferente antes de abrir um sorriso malandro. — Vou te mostrar o louco.
[...]
Com um tubo de super cola em suas mãos ele iniciou sua doce vingança. Começou espremendo o conteúdo todo no buraco da fechadura da porta. Inocente, ligou para Silvio avisando que algo havia acontecido com a porta e precisava de ajuda.
Levantou seus ombros mostrando que estava tão confuso quanto Silvio, quem lhe dava encaradas desconfiadas ao que o chaveiro fazia seu trabalho, trocando a fechadura.
Com a primeira fase concluída, partiu para a próxima, saindo da Villa até parar na frente de uma loja de roupas, sorrindo quando viu um lindo terno preto em um manequim. Seria em grande estilo.
[...]
Já havia anoitecido quando Dean subiu aquelas escadas de volta, tranquilamente colocando sua chave na fechadura para abrir a porta.
— O que é isto? — resmungou baixinho, sem entender ao que girava a chave para todos os lados e nada. Até que sua ficha caiu. Retirou a chave de lá, admitindo em um murmuro ainda mais baixo. — Garoto esperto. — bateu uma vez na porta. — Castiel!
Suspirou, sabendo que era mais fácil passar a noite do lado de fora do que o moreno abrir a porta. Seus olhos pararam na janela no fim do corredor de entrada. Foi até ela, abrindo-a para ver um estreito parapeito abaixo, e a sacada do seu quarto alguns metros ao lado.
Bom, não poderia ser tão difícil.
Passou uma perna depois da outra pela janela, as firmando no parapeito íngreme antes de virar o corpo para a sacada. Se segurou nas bordas da janela, encarando as grades da sacada como se quanto mais a olhasse, mais perto ficasse.
— É moleza. — sussurrou, claramente mentindo pra si mesmo para encorajar.
Contou mentalmente até cinco, abrindo os braços e pulando como um gato - veja bem, que ironia - tentando agarrar nas grades. E como qualquer pessoa imaginaria, ele gritou enquanto caía, conseguindo se segurar na base da grade, ficando pendurado e assustando as pessoas que estavam no pátio da vila.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor em Verona • Destiel
RomanceCastiel tem um sonho: fazer uma viagem incrível para Verona. Mas, chegando lá, descobre que a casa que reservou também foi alugada para outra pessoa. Agora, terá que passar as férias com um britânico cético e muito atraente.