Sou britânico!

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— Espera, o quê? — Castiel reuniu todas as forças dentro de si para não gritar com o homem responsável pelas entregas de malas extraviadas. — Deu minhas roupas para órfãos?

Sì, signore. — respondeu, lastimoso.

— Sou tão pequeno assim? — o moreno perguntou mais para si mesmo, olhando para si. Gesticulou, voltando ao assunto.— Não entendo. Por que deu minhas coisas?

Disseram que estava internado num manicômio.

— Manicômio? — ele sorriu, sua voz calma e doce. Sim, realmente estava ficando louco e sabia bem o culpado.

Sì, signore.

— Entendi.

— Seu colega de quarto disse.

— Ah, sim, ele disse?

Disse que o senhor queria que suas roupas fossem pro orfanato. E foi muito específico sobre isso.

Castiel respirou fundo.

Grazie. — encerrou, seu tom de voz mais grave.

Prego. (De nada).

Depois de ouvir a ligação se encerrando, ele afastou o celular do ouvido, seu lábio inferior preso entre os dentes.

— Está bem, Dean. Quer enlouquecer? — balançou seu rosto, fechando os olhos por um momento antes de abri-los novamente, agora com um toque diferente antes de abrir um sorriso malandro. — Vou te mostrar o louco.

[...]

Com um tubo de super cola em suas mãos ele iniciou sua doce vingança. Começou espremendo o conteúdo todo no buraco da fechadura da porta. Inocente, ligou para Silvio avisando que algo havia acontecido com a porta e precisava de ajuda.

Levantou seus ombros mostrando que estava tão confuso quanto Silvio, quem lhe dava encaradas desconfiadas ao que o chaveiro fazia seu trabalho, trocando a fechadura.

Com a primeira fase concluída, partiu para a próxima, saindo da Villa até parar na frente de uma loja de roupas, sorrindo quando viu um lindo terno preto em um manequim. Seria em grande estilo.

[...]

Já havia anoitecido quando Dean subiu aquelas escadas de volta, tranquilamente colocando sua chave na fechadura para abrir a porta.

— O que é isto? — resmungou baixinho, sem entender ao que girava a chave para todos os lados e nada. Até que sua ficha caiu. Retirou a chave de lá, admitindo em um murmuro ainda mais baixo. — Garoto esperto. — bateu uma vez na porta. — Castiel!

Suspirou, sabendo que era mais fácil passar a noite do lado de fora do que o moreno abrir a porta. Seus olhos pararam na janela no fim do corredor de entrada. Foi até ela, abrindo-a para ver um estreito parapeito abaixo, e a sacada do seu quarto alguns metros ao lado.

Bom, não poderia ser tão difícil.

Passou uma perna depois da outra pela janela, as firmando no parapeito íngreme antes de virar o corpo para a sacada. Se segurou nas bordas da janela, encarando as grades da sacada como se quanto mais a olhasse, mais perto ficasse.

— É moleza. — sussurrou, claramente mentindo pra si mesmo para encorajar.

Contou mentalmente até cinco, abrindo os braços e pulando como um gato - veja bem, que ironia - tentando agarrar nas grades. E como qualquer pessoa imaginaria, ele gritou enquanto caía, conseguindo se segurar na base da grade, ficando pendurado e assustando as pessoas que estavam no pátio da vila.

Amor em Verona • DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora