Capítulo Cento e Nove - Hora da Verdade.

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Ramon segurava Margot pelos ombros e a jogava na parede.

— Responde a merda da minha pergunta - Gritava Ramon pela segunda vez - Cadê a Sofia ?.

Ela olhava pro lado e via Zeke e no outro lado tinha o braço de Ramon.

" Será que dá pra fugir ? " Pensava ela.

— Não me faça perguntar uma terceira vez. - Indagava Ramon.

Ela ficava em uma posição ereta e uma expressão de autoridade.

— Não devo satisfação a duas crianças.

Ramon sorria.

— Deve sim. Quando você sai do quarto da minha namorada e quando o seu chefe está fazendo manipulação com o pai dela, sim. Você me deve satisfação sim.

" Mate qualquer um que interfira " Ela pensava na fala de Olavo. Ela colocou uma das mãos em sua lombar e sentiu uma pequena pistola que ela sempre carregava por segurança.

" Eu sou uma assassina ? "
" Eu não sou uma assassina "
" Será mesmo ? Quantas pessoas eu matei indiretamente pra fazer minhas pesquisas ? "

Ela pensou. E pensou, em um espaço de segundos. Logo ela se ajoelhava e colocava as mãos em seu rosto e desabava no choro.

— Eu estou cansada disso tudo !!! Eu só queria ajudar a humanidade. Mas o que estou fazendo ? Perdi as contas de quantas pessoas já morreram pra uma cura que pode jamais existir !!!.

Ramon e Zeke se olhavam e concordavam sem ao menos falarem uma palavra.

— Está tudo bem — Falava Zeke se abaixando - Tá tudo bem ! Ninguém aqui está te acusando. Só queremos saber onde está a Sofia.

Ramon se lembrava de Letícia.

— A Letícia estava com ela. Merda - Ele se virava pra Margot e a levantava - Cadê elas duas ??? Já estou perdendo a paciência.

— Eles levaram as duas prós laboratórios. Mas só iram fazer experiências com a Sofia. Sabemos que ela é imune ao vírus.

— O que vão...

— Pegar sangue, pegar medula, abrir o cérebro.

Ramon socava a parede passando bem do lado do rosto dela.

— Ele teria coragem de fazer alguma coisa com a própria neta ?.

— Sabemos que ela não é neta de sangue. Mesmo se fosse - Ela da uma leve pausa pra respirar - Ele não mudaria de ideia. Vocês não conhecem o Olavo. Ele... ele...

— Ele é um louco sádico.

Todos tomaram um susto e olhavam pro lado. Era o Lucas.

Lucas momentos antes.

Ele estava andando sem rumo e sentindo muito ódio por causa da briga dele com a Carla. Ele parava em um lugar que tinha uma árvore e se escorava nela. Colocava a mão em seu peito e o fazia respirar fundo. Ele estava com falta de ar.

— Merda , merda - Disse ele tentando respirar mas não dava. Tudo vinha na cabeça dele.

" Maria "
" Sofia "
" Clara "
" Steve "
" TODOS ESTÃO MORTOS E TODOS QUE RESTARAM TAMBÉM IRAM "

— Merda , merda. Se acalma Lucas , pensa , pensa !! - Ele chorava - Você acabou de destruir a confiança da única pessoa que confia em você em questão de minutos - Ele se socava - Você é um idiota , idiota !! - Ele parava e se deitava e olhava pro céu e começava a pensar na sua infância e adolescência.

Sobreviver a qualquer custo.( CONCLUÍDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora