Capítulo Vinte e Três - Verdade.

82 48 40
                                    


Carla entrava na casa ainda com apreensão e bem nervosa, enquanto isso ela vê a Joana se levantando com as costas toda cheia de sangue e com cicatrizes enormes.

— Porquê ?...

— Sentir dor só pra sentir que estou viva minha jovem - Disse Joana pegando um balde de água e jogando nas suas costas e Carla via a sua expressão de dor mais continuava e logo depois ela passava uma toalha pra se enxugar e depois colocou uma blusa.

— Sente-se - Disse Joana e Carla só obedeceu e se sentou no sofá atrás dela - Você sabe agora que todas nós éramos prisioneiras do grupo Renascimento.

— Como você sabe ?.

— Pressentimento de mãe de conhecer que sua filha é tagarela ? - Disse Joana dando uma risada tímida - E também por causa disso - Ela mostrava um comunicador.

— Sério ? Tem comunicadores escondidos ?.

— Segurança pras minhas meninas.

Ela pegava uma cadeira e colocava na frente de Carla e se sentava e respirava fundo.

— O que você quer saber ?.

— Não sou mas uma desconhecida ?.

— Da pra ver que você é confiável minha jovem e também minha filha parece que confia em você.

— Certo.

— Pode perguntar - Ela fez uma pausa - O que deseja saber ?.

— Quanto tempo estão aqui ?.

— 2 meses.

— Quando chegaram aqui, já tinha isso tudo ?.

— Construirmos do zero.

— Vocês todas ?.

— Junto com um homem.

Carla olhou pra Joana intrigada e se encostou no sofá.

— Homem ?.

— Ele nos ajudou a fugir de onde estávamos.

— Onde vocês exatamente estavam ?.

— O lugar onde estávamos era uma fábrica enorme.

— Saberiam ir ?.

— Sim.

— Então....

— Nenhuma de nós irá te mostrar a localização.

— Droga - Diz Carla olhando pra ela e respirou fundo - Como fugiram ?.

— Esse homem que lhe disse antes , nos ajudou... - Disse Joana se levantando e fechando as mãos e Carla sentia que ela estava começando a ficar triste.

— Quer uma pausa ? Podemos falar depois.

— Não, não... Estou bem - Ela se sentava novamente na cadeira - Irei te contar.

Ela respirava fundo.

— Nós vivíamos como animais , mal nos alimentavam e mal víamos a luz do sol , vivíamos dentro de uma sala toda trancada , todas nós... - Disse Joana dando uma pausa e respirou novamente - Só abriam a sala quando queriam se divertir com uma de nós ou até todas nós , eles nós pegavam e nos levavam pra um lugar , não sei exatamente dizer que tipo de lugar era porque na maioria das vezes a gente ia de olhos vendados , nós colocamos de quatro e prendia nossos punhos na parede e viam... - Disse Joana chorando - Cada um deles viam até nos , como eles diziam , " Desestressar ". E nesse lugar todos viam a gente , os próximos que viriam e algumas mulheres rindo.

— Quer dizer que tem Mulheres que não eram tratadas como vocês ?.

— Sim, tinha sim, elas eram as mulheres dos " Maiorais ". Aí elas eram tratadas como diferentes.

— Como vocês fugiram ?.

— Sim.... Não são todos os homens que eram assim, tinham uns que eram tratados como escravos pra assim dizer , eles são os que trabalha no pesado ta ligado ? Se arriscam...

— Entendi.

— Aí tinha um entre eles , que era tão gentil, legal , as vezes algumas de nós ia ajudar esses homens pra limpar o lugar , fazer a comida e foi aí que conheci esse homem, nunca soube o nome dele , só sabíamos algo dele que era que ele tinha duas filhas que viviam em outro bloco.

— Essas filhas... eram ?.

— Sim .... Elas eram como nós como eu soube...

— Pobre homem.

— Um anjo, aí teve um dia que um grande grupo deles saíram pra ir pra outro bloco ou ir pra outro lugar não sei , ele conseguiu roubar uma arma e matou se não me engano uns 20 deles e conseguiu nós tirar da sala que vivíamos.

— Nossa, que guerreiro.

— Sim, ele nos ajudou muito pra construir esse lugar.

— Cadê ele ?.

— Não sabemos onde ele está , ele saiu um dia pra pegar suprimentos e até então não voltou mas.

— Será que ele...

— Talvez sim, talvez não - Disse ela se levantando da cadeira - Rezo todos os dias que ele esteja vivo.

Carla se levantava do sofá e ia até Joana.

— Eu posso ajudar vocês.

— Não iremos te ajudar a isso Carla.

— Com o poderio militar que tenho na minha colônia podemos sim , confie em mim Joana.

— Não , isso é a minha decisão, Saia.

Carla saia da casa.

— As duas filhas desse homem estão lá sofrendo nas mãos desses homens e você aqui podendo ter uma ajuda imensa e você não quer , você é uma covarde.

Joana ainda permanecia virada de costas e disse.

— Pode ficar aqui até amanhã , amanhã quando você tomar café da manhã pode ir embora até a sua colônia e não queremos ver você aqui nunca mas , entendeu ?.

— Entendi.

Carla saia com raiva e foi direto até onde ela iria passar a noite e quando chegou lá viu Darla sentada no sofá e com um comunicador na mão.

— Você escutou tudo ?.

— Sim.

— Concorda com ela ?.

— Talvez sim, talvez não.

— Pode confiar em mim.

Ela se levantava.

— Você pode dar a sua palavra que você tem poderio militar grande o suficiente pra ganhar ?.

— Eu dou a minha palavra.

Sobreviver a qualquer custo.( CONCLUÍDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora