000. - Prólogo.

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Bem-vindas. Espero que vocês gostem! :)

A agente da Polícia Federal, Valentina Albuquerque, sempre amou a profissão que escolhera para si e nunca reclamava dela. Seus métodos de infiltração nos esquemas da PF, nunca eram dos tradicionais, mas isso não era o problema, pelo contrário, isso era o que tornava tudo mais interessante. Alguns a chamavam de linha dura, mas ela preferia a alcunha de necessária independente de tudo. Desde que saiu do interior do Rio de Janeiro e escolheu a capital paulista para viver, muita coisa mudou. Na verdade tudo tinha mudado, exceto o gosto e o orgulho de fazer o que fazia dentro da polícia, apesar de todos os pesares, ela não podia negar que era feliz.

Desde que precisou escolher uma carreira, tinha na Polícia Federal sua predileção, fez de tudo para que conseguisse seu cargo tão sonhado e esperado. E segundo seus poucos amigos, era o seu lugar mesmo, principalmente porque a jovem não tinha família, e sempre dizia não ter nada a perder e por isso a polícia era a sua casa. Por família entendemos ser pai, mãe e irmãos, um dia ela teve, mas há alguns anos a sua realidade era outra, e isso fez com que ela se empenhasse ainda mais para se tornar uma ótima profissional, sempre alocada em missões fora de sua base, dessas ela mais gostava. E por falar nelas...

O caos pertencente a um espaço policial, aguçava a mente de Valentina, que além de tudo sempre se reconheceu muito curiosa, gostava de ir buscar suas informações nos lugares e com pessoas mais diversas. Havia perdido as contas de quantos lugares já tinha conhecido e mais, de quantas identidades já tinha tido desde que ingressou na Polícia, e isso era o que mais gostava em sua função, Felipe seu chefe dizia que ela era ótima em dissimular, e talvez de fato fosse mesmo.

— Eu não posso, Igor! — Valentina respondeu ao amigo, que insistia para que ela saísse com ele aquela noite.

— Um motivo plausível e eu desisto. — Respondeu encarando ela, que colocava algumas coisas em sua mochila.

— Delegacia? — Arqueou a sobrancelha —  Não te parece plausível?

— Credo Tina, você respira essa polícia, vai viver mulher. — Ela riu colérica e apontou a sua arma sem munição para ele, que mesmo sabendo que não tinha perigo se assustou com o gesto. — Para de graça, solta esse negócio.

— Quer vida melhor que essa? Olha só você pálido, só porque eu tô brincando. — Igor negou e saiu da frente dela.

— Você me assusta! — Respondeu em voz baixa.

— Então, — Deu de ombros e apontou o objeto para ele novamente lhe oferecendo uma piscadela — objetivo alcançado com sucesso. Deixa de ser medroso.

Igor voltou a mexer a cabeça em negação, conhecia Valentina desde a faculdade, apesar dos cursos distintos, ele Matemática e ela Direito, sempre foram muito próximo, considerava a amiga sua família, é muito por conta disso sabia que ela desde que estivesse metida no uniforme da polícia, coisa que ele apoiou que ela tentasse o concurso desde o primeiro dia, sabendo da importância que aquilo significava para ela, sabia que ela era capaz de qualquer coisa para a resolução de seus casos, Igor já ficou semanas sem falar com Valentina, mas sabia que ela estava trabalhando em uma espécie de missão um pouco mais complexa e que em casos como esse, ela priorizava estar com a mente voltada para à polícia.

Conhecia ela, mas vez ou outra não deixava de se intimidar, principalmente quando ela fazia essas brincadeiras com alguma arma, sempre descarregada, nas mãos. E a sua vontade era de dizer o quanto a amiga o angustiava muita das vezes, como se ela pudesse a qualquer momento empunhar o objeto e fazer o que fosse de sua vontade, ao passo que dizia que era só uma brincadeira. Conhecia Valentina, e dentro do seu coração, ele tinha o desejo de morrer seu amigo, mas não por suas mãos, tinha um lema, jamais provocá-la, jamais irritá-la com o mínimo conhecia bem a sua amiga e era melhor evitar.

***

Olá! Essa é a minha primeira fic valu e eu espero muito que vocês tenham gostado. Conta pra mim as suas primeiras impressões?

Beijos.

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