041. - Vigilância.

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Oi pessoal! Bom ter vocês aqui de novo. Aproveitem a leitura, falta menos que faltava para o fim. Vai dar bom! COMENTEM BASTANTE!

Luiza Campos.

Impossível dormir depois de uma sofrer uma ameaça, e eu que achei que era só dormir para esquecer o dia ruim, o dia ruim olhou pra minha cara e falou "não vai dormir não, amor". Foi automático meu corpo inteiro se colocou em alerta e o da Valentina né nem se fala, eu não esperei nem ela falar, pra já ligar do meu próprio celular pra alguém que pudesse nos ajudar buscando de onde surgiu essa ligação. Que não precisa de muita coisa, por que como todos os idiotas,  essa pessoa meio que já disse de onde é, então talvez não seja tão difícil assim descobrir quem está por trás dessa voz que diz que a minha noiva vai para o inferno. Também solicitei uma varredura e escolta no meu prédio e aqui no dela, pedi para que todos estivessem atentos a todo tipo de movimento incomum e contatei à polícia militar. Eu só queria dormir depois de tomar bastante sorvete, não era nem pedir muito.

Liguei pra primeira pessoa que surgiu da minha mente, meu pai, e pedi que ele nos ajudasse a descobrir o remetente dessa ligação nada convidativa, óbvio que foi preciso explicar o que estava acontecendo, e é claro que ele ficou bastante angustiado, porque não é toda hora que você recebe alguma ameaça como essa e acha que tudo bem. São em momentos como esse que eu que eu me lembro que não temos peito de aço... Tentei ser o mais racional possível e mesmo sem conseguir ou querer, me deitei junto com Valentina, que ficou inquieta durante todo o restante da noite e madrugada, a vi inclusive vomitando no banheiro duas vezes. O quão isso vai ser nocivo para a gente, eu já não espero boa coisa. O dia amanheceu e junto com ele a minha olheira, meu cansaço e principalmente a minha preocupação, porque não há quem tire de nós duas a angústia de com certeza está sendo observada, que tem gente sabendo que estamos aqui e também sabe onde eu moro, e às vezes um carro blindado não faz tanta diferença no final das contas.

— Filha presta bem atenção, — Sete da manhã, duvido que meu pai tenha dormido também. Estávamos os dois entre bocejos na ligação — eu pedi para um colega da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo atender vocês em casa. Ele vai até aí vocês conversam, entreguem todo material de áudio da ligação e aguardem a minha próxima orientação. Luiza, não sai de casa, pede para a Valentina não sair também, aí sabemos que estão seguras.

— Pai, eu preciso trabalhar. — Respondi quando pude — Tem muita coisa acontecendo na delegacia, eu não posso deixar o Felipe sozinho, ontem aconteceu aquela invasão, hoje é o dia da varredura eu não posso simplesmente não trabalhar.

— Você pode e você vai, Luiza! — Ele usou um tom ríspido — Você sabe que não pode se colocar em risco, se você sair é um risco, se a Valentina sair é outro, ninguém vai sair de casa hoje. Além do mais eu estou vendo um lugar pra vocês duas ficarem.

— Tudo bem pai, — Devolvi convencida — mas a gente pode ir pra Itaipava, lá é escondido e podemos ficar até a poeira baixar.

— Eu não vou. — Valentina chegou na sala falando alto — Me desculpa, mas eu não vou deixar de fazer as minhas coisas por causa disso. Não vou, Luiza!

— Pai, eu vou precisar desligar. Qualquer coisa você me retorna.

Não deixe o meu pai responder, já desliguei o celular e voltei pra Valentina que estava no meio da sala com as mãos na cintura, mochila nas costas e vestida com uniforme. Mas só quem não conhece pra dizer que ela estava bem, a noite inteira inquieta essa vontade de sair trabalhar que eu sei que tem um fundo de vontade de querer procurar as pessoas, nada disso faz bem no momento.

— Não é justo Lu, — Ela devolveu em um muxoxo — eu não vou ficar aqui trancada, da última vez que eu tentei me guardar de uma ameaça eu sofri aquele acidente. Não faz diferença, e eu aposto que não tem ninguém aqui, você só está assustada e é isso que eles querem.

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