CAPITULO 5

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   Passamos o resto do dia assistindo filme na sala, ninguém mais tinha clima de beber ou se divertir. Sempre que eu ouço barulho de tiros eu fico muito nervosa, me lembro de uma vez que tentaram assaltar o meu pai comigo e minha irmã dentro do carro e ele reagiu. Tomou um tiro de raspão do braço, mas conseguiu matar os assaltantes. Foi horrível.

  Todos fomos dormir cedo. Mas no meio da noite eu acordo sem motivo algum. Resolvo descer até a cozinha para beber alguma coisa, quando escuto Guilherme gritando com alguém dentro do escritório. Vou até a porta e posso ver que ele fala no telefone. Mas assim que me aproximo ele desliga.

— Tá tudo bem? — Perguntou vindo até mim.

— Sim. Eu só perdi o sono. — Ficamos nos olhando por alguns minutos em silêncio.

— Você devia ir dormir, amanhã todas vão acordar bem e vai ser como se nada tivesse acontecido.

— Você... Dorme comigo?

Ele tombou a cabeça levemente para lado e me olhou. Em seguida fechou o notebook e fomos juntos até o meu quarto. Onde nós deitamos e dormimos agarrados. Me senti segura em seus braços.

  Acordo no dia seguinte com Guilherme deitado ao meu lado, acariciando meu cabelo, ele me dá um beijo tá testa e sorri gentilmente ao me ver acordando.

— Vai se arrumar. Hoje iremos fazer uma coisa bem legal. Só nós dois. — Ele falou sorrindo.

— Que coisa?

— É uma surpresa. Mas vista um biquíni. — Ele deu um beijo na minha testa e saiu. — Vou trabalhar um pouco, saímos às dez.

  Depois que ele saiu, enrolei um pouco na cama, mas logo me levanto. Tomo um banho, visto um biquíni vermelho, um short jeans e uma blusinha branca por cima. Deixo meu cabelo solto e coloco um óculos de sol na cabeça. Olho no relógio e ainda são nove e meia, estou adiantada.

  Saio do quarto e vou até a cozinha, que ainda está vazia. Parece que todos estão dormindo. Pego um copo de vitamina e vou até a sala, e no caminho, me distraio com algumas fotos no corredor entre os dois cômodos. Vários quadros com fotos da família, uma parece ser o Guilherme e a irmã pequenos, e em uma outra, toda sua família. Guilherme se parece com o pai. Tem os mesmo olhos.

— Bom dia gata, vai sair? — Débora desceu as escadas ainda de pijama.

— Bom dia. Sim... E como você está?

— Demorei um pouco pra dormir, mas tô bem. Foi horrível o que aconteceu ontem.

— É verdade.

— Bom dia. — Guilherme cumprimentou Débora. — Vamos?

— Sim. — Ele saiu em direção a porta, e Débora me olhou sorrindo.

— Divirta-se. — Ela piscou pra mim.

— Cala a boca. — Saí rindo.

  No carro não conversamos muito, e depois de alguns minutos, Guilherme parou o carro próximo a uma espécie de porto, onde tem vários barcos atracados. Ele segurou minha mão e caminhamos juntos até um jet sky branco. Ele tirou as chaves do bolso e me olhou sorrindo.

— É sério? — Perguntei empolgada.

— Sim. Mas eu vou pilotar.

Colocamos nossos coletes e ele me ajudou a subir. Senti muito frio na barriga, mas logo passou. Só andei de barco uma vez, quando fui pescar com o meu pai.
   Guilherme acelerou mar a fora, me fazendo sentir a água salgada salpicar no meu rosto. Ficamos flutuando na água por um tempo, até chegarmos a uma pequena ilha, que acomoda um belo restaurante ao ar livre. Descemos do jet sky e nós sentamos em uma mesa próxima ao mar, Guilherme pediu uma garrafa de vinho.

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