REDENÇÃO

CAPÍTULO 20

    Acordo sentindo arrepios nas minhas costas. Guilherme dá beijos suaves em toda a extensão da minha coluna, até chegar na minha bunda, onde ele dá uma leve mordida de cada lado.
   Sinto sua mão descendo até tocar entre minhas pernas. Quando seus dedos encontram meu clitóris um gemido abafado sai da minha boca. Seus dedos começam a se movimentar em um ritmo intenso enquanto ele beija meu pescoço.

— Só vou parar quando você gozar nos meus dedos. — Ele fala no meu ouvido, aumentando ainda mais os movimentos.

   Não demorou muito para que eu sentisse o orgasmo chegando e me atingindo com força. Coloco a mão na boca quando percebo que meu grito foi muito alto para uma casa com mais de quinze pessoas! Deus, espero que ninguém tenha ouvido!

— Bom dia meu amor. — Ele fala antes de se levantar e entrar no banheiro.

   Quando vejo ele passando para dentro do closet, corro para o banheiro.

    Guilherme está sentado na mesma poltrona de ontem, mexendo mais uma vez em seu notebook enquanto termino de me arrumar. Visto um vestido amarelo, penteio meu cabelo que ainda está molhado e paro na frente dele.

— Esse vestido está bom? Como vocês se vestem pro café da manhã? E nos pés, acha que eu devo usar algum sapato? — Paro de perguntar quando o percebo rindo de mim.

— Você está maravilhosa meu amor. É só um café da manhã em casa, relaxa. — Ele se levanta e me abraça. — Só o fato de eu te amar já é suficiente para que minha família te ame também. Deixe que eles te amem como você é.

   Saímos juntos do quarto e só agora consigo me dar conta do quão grande a casa é. Acho que nunca estive em um lugar tão bonito em toda a minha vida, tanto pela decoração quando pela estrutura da própria casa. A Sophia realmente tem muito bom gosto.

— Seus tios também moram aqui? Todos juntos? — Pergunto enquanto descemos as escadas.

— Não. Eles tem suas casas que são bem próximas daqui. Mas nessas viagens eles se hospedam aqui, para ficarmos todos juntos. É quase uma tradição de família.

   Passamos pela sala de jantar e pela cozinha, mas ambos estão vazios, a não ser pelas três moças que estão cozinhando e limpando.

   Todos estão tomando café no jardim. A grande mesa repleta de todas as comidas possíveis está posta em um canto. Um pouco afastado de nós, posso ver Henrique, Renan, Luan e Caio. Eles parecem conversar sobre o terreno. Do outro lado, as mulheres estão sentadas em uma toalha esticada na grama, junto com Cecília e sua priminha Melissa, irmã do Lucas, que eu ainda não tinha conhecido. Por falar em Lucas, ele parece estar jogando uma partida de futebol americano com Miguel.
   Me pego sorrindo quando penso que eles parecem ter saído de uma série antiga de televisão.

— Maya! Vem sentar aqui com a gente. — Alice me chama.

— Deixa a menina em paz um pouco Guilherme! — Tia Elen grita, fazendo todas rirem.

— Tudo bem? Eu posso ficar com você se não estiver a vontade. — Ele pergunta segurando meu rosto com as mãos.

— Não precisa. — Ele me beija e depois vai em direção aos homens.

   Caminho em direção a eles e me sento ao lado de Sophia, que me abraça com um sorriso no rosto. Elas parecem estar conversando sobre a programação dos próximos dias.

— Vocês podiam ficar mais um pouco. — Tia Duda sugere.

— Não podemos. Guilherme e Henrique não podem se ausentar da empresa por tanto tempo. — Alice responde.