Puxo o rapaz até a saída, e quando estávamos prestes a passar pela porta, dou de cara com Lucas.
— Ela tá acompanhada, cara. — Falou para o rapaz atrás de mim.
— Não tô não! — Falei para ele.
— Não faz isso Mayara, o Guilherme vai te explicar tudo! Vem pra casa com a gente?
— Boa noite Lucas. E avisa pro seu primo que eu mandei ele se ferrar.
Passamos pela porta e o tal cara me levou até o carro dele. Nós entramos e ele começou a dirigir.
— E aí, qual o seu nome? — Ele perguntou.
— Mayara, e o seu?
— Erick. Você sabe mesmo como fazer ciúmes em um cara. — Droga, ele percebeu.
— Me desculpa...
— Não tem problema, vou adorar te ajudar. — Ele sorriu pra mim.
Não consigo deixar de pensar durante todo trajeto que isso foi a maior estupidez. Eu, a garota que tem medo de andar de táxi, no carro de um desconhecido.
Erick parou o carro no estacionamento de um prédio e nós subimos até seu apartamento. Assim que fecha a porta atrás de mim, ele me puxa pela cintura e me dá um beijo caloroso, um pouco apressado, mas bom.
— Quer beber alguma coisa? — Perguntou.
— Não, obrigada.
— Vem, vamos sentar.
Caminhamos até a sala e nos sentamos no sofá, ele serviu dois copos de whisky e insistiu que eu tomasse um pouco, e eu aceitei.
Ele ta nervoso, e eu, arrependida desde o minuto em que coloquei meus pés aqui. Ele está querendo conversar comigo, me perguntando sobre carros e família...— Você tem um cigarro pra mim? — Perguntei interrompendo sua longa explicação do porque ele decidiu morar aqui na cidade. Não sei se um cigarro ajuda, mas eu preciso tentar esquecer o que eu vi naquela boate. Maldito Guilherme...
— Tenho uma coisa melhor... — Ele sorriu e se levantou.
Caminhou até um aparador próximo da porta e voltou com um cigarro de maconha na mão, eu nunca usei, na verdade eu nunca coloquei nem um cigarro sequer na boca. Acho que meu pai me mataria. Ele já deu a mim e a minha irmã tantas palestras e sermões sobre drogas, que sempre senti medo.
— Eu não fumo isso.
— Tudo bem, só achei que você ia querer relaxar depois do que rolou lá na boate. — Ele falou acendendo e fumando. — O cara era seu namorado?
— Não. Nós estamos nos conhecendo.
— Entendi...
— Me da. — Pedi e ele me entregou a droga. — Como fuma isso?
— É igual cigarro. — O olhei e ele percebeu que eu continuo sem entender. — Coloca na boca, puxa a fumaça e engole.
Faço o que ele falou e quase vômito com a fumaça engasgada na minha garganta.
— É melhor eu pegar isso. — Ele pegou o pequeno cigarro da minha mão depois que eu tentei fumar mais algumas vezes.
Erick continua fumando na minha frente enquanto continua me contando sobre sua vida. Quando ele acaba com o cigarro e quando nós terminamos a garrafa de whisky, eu pedi para tomar um banho. A minha intenção é tomar um banho e inventar uma desculpa pra voltar pra casa. Não quero que ninguém sinta esse cheiro horrível em mim.
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REDENÇÃO
Romance• É necessário ler os livros SEDUÇÃO e PERDIÇÃO (concluídos), para que entendam a história deste! Da mesma Escritora de " SEDUÇÃO " e " PERDIÇÃO " Sendo o mais velho herdeiro da família Albuquerque, Guilherme tem somente um medo. Ser igual ao pai...