15 | Go Tomorrow

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O final de semana havia terminado, e junto com ele o descanso dos alunos, a manhã estava com um vento gélido e os alunos ainda pareciam raciocinar que era segunda-feira.

O horário de Anastasia abria com herbologia, ela adorava essa matéria, ainda mais que estavam mexendo com mandrágoras, em sua opinião eram plantas incompreendidas.

— Bom dia Remi.— Ela disse sorridente ao parar de seu lado da bancada.

— Bom dia Ana.— Ele respondeu seco, Anastasia apenas engoliu aquele desaforo, olhou para frente e iniciou um carinho nas folhas da sua planta.

Foi a aula mais torturante para Ana, já que sentia o olhar de Remus sobre ela, queria saber o que de mal ela lhe fez?

— Por hoje é só.— A professora disse tirando o abafador de som.— Estão dispensados.

Seu segundo horário era adivinhação, ela iria refazer a prova da bola de cristal, já que no dia a mesma passou mal apenas de tentar ver algo. Sabia que havia algo de errado, mas o diretor insistiu para que ela tentasse novamente, e assim seria, mesmo que ela não quisesse.

E lá estava ele, o frio na barriga novamente, indicando um pressentimento ruim, todas as vezes que ela sentiu isso algo deu errado, o que restava era esperar e ver o que seria a da vez.

As incontáveis escadas pareciam maiores do que o normal, assim que entrou na sala a professora a guiou para um canto onde estariam a sós para aplicar a prova.

— Minha querida, vou passar exercícios aos seus colegas.— A professora disse ajeitando a bola de cristal no centro da mesa.— Já volto para tentarmos novamente.

— Sem pressa...— Petrov respondeu em um suspiro, seu coração estava acelerado e aquele sentimento de angústia não passava e honestamente aquilo era a pior parte de tudo.

Ao encarar a bola de cristal, viu alguns vultos, além de ver um nome em uma placa, o qual ela lembraria muito bem, eram imagens confusas que lhe causavam mais angústia ainda.

— Está pronta?— A mais velha indagou, assim que se sentou à frente da menina notou como a bola de cristal já estava respondendo a Anastasia, tal coisa significava que a pequena tinha aptidão para adivinhações.

— Como sempre estarei.— Ela afirmou sorridente, colocou as mãos em torno do objeto e fechou os olhos.

Entrando em transe, ela ouvia vozes, via algumas imagens, e aquela angústia aumentava.

"Ela se chamará Leah"

"E o garoto?"

"Não temos como criar dois ao mesmo tempo, já tenho um menino, irei ficar com a garota."

Aquele diálogo foi o que lhe incentivou a continuar em transe, as vozes eram ecos distantes, cada uma mais difícil de entender que a outra.

" Não se preocupe maninha, você terá filhos, mas eu quero apenas as mulheres da sua linhagem."

"E me deixará em paz? Tudo bem, eu aceito!"

A morena conheceria aquela voz em qualquer lugar, era sua mãe, mas tentar decifrar com quem ela estava conversando lhe dava dor de cabeça.

"É uma menina!"

A voz de uma mulher ecoou alto, e então Anastasia jurou ouvir um choro fanho, era um bebê,  fez o maior esforço para continuar ali naquela cena, queria saber ao parto de quem estava assistindo, e então ela teve certeza que atingiu seu objetivo, os sons se transformaram em imagens e ela reconhecia muito bem aquele lugar, aquelas pessoas e aquela cama.

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