16 | O Willow Waly

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No cofre empoeirado da família Petrov havia um artifício, tal qual ajudaria Anastasia a desvendar tudo o que precisava, mas também poderia fazê-la perder tudo, os viras tempos foram caçados pelo ministério da magia, ter um poderia ser julgado como traição, era um belíssimo dilema.

Nós corredores feitos de pedra do castelo, a garota perambulava sem sono, sua direção era incerta, o que a levou discretamente a torre de astronomia, levando consigo sua caixinha de música, a sua melhor lembrança com sua família, uma antiga canção de ninar, e em dias difíceis, mesmo estando mais velha, aquilo a colocava para dormir.

- Deitamos, meu amor e eu, sob o salgueiro choroso. Mas, agora sozinho, eu me deixo e choro com o salgueiro. Cantando O Salgueiro Waly sob a árvore que chora comigo. Cantando O Willow Waly até o amor voltar para mim.- Ela acompanhava a melodia da caixinha, e quando parava de tocar, Anastasia dava mais corda ao objeto e cantava a canção novamente.

Severus Snape havia saído para procurar sua amiga, pois a viu sair de sua comunal, não importava os motivos para ele estar bravo com ela, naquele momento sua amiga precisava dele mais do que qualquer coisa. Havia o lugar mais óbvio para o final, a melodia tão conhecida por ele o fez subir as escadas correndo, parou em frente a uma menina, ficou a observar, ela parecia perdida em seus próprios pensamentos.

— Sabia que estaria aqui.— A garota parou de cantar deixando só o som da caixa ecoando pela torre.

— Achei que estava bravo comigo.— Ela havia respondido  de uma forma melancólica, Snape sabia que era uma forma dela dizer que não estava bem com a situação.

— Meus motivos são menores agora, minha melhor amiga precisa de mim.— O garoto sentou-se ao lado da amiga, naquele momento restava esperar até que ela se sentisse confortável para começar a falar.

— Não sei como lidar com isso.— Anastasia disse abraçando os próprios joelhos.— Sabe que minha mãe foi criada na Noruega, não sabe?

Severus prestava atenção em cada palavra da garota, apesar de tudo, ela parecia estar falando apenas para colocar tudo no lugar.

— Eu vi a casa da vovó, minha mãe mais nova, e um bebê sendo adotado...— Ela contava, e aqueles flashback's voltavam com tudo.— A profecia diz que alguém precisa descobrir algo, tenho medo de ser Maria...

— Você é a primeira filha, tem o legado das duas famílias, se alguém precisa descobrir a verdade é você...

— E por que sempre eu?— Ela praticamente, queria que o peso de ser a mais velha saísse por um tempo de seus ombros.— A Maria nunca teve que fazer nada por essa família, eles estão pensando em manda-la para Ilvermorny , sabia?

— Como você sabia?— Severus indagou e Ana deu de ombros, era insignificante como ela havia conseguido aquela informação.

— A Maria tem tudo o que me faltou, isso não parece justo...

— A vida não é justa...

— Só estou cansada disso tudo, talvez eu deva voltar para casa nesse Natal...— Ela admitiu, Anastasia odiava dados comemorativos em sua casa, mas naquele momento precisava de respostas que só aquele lugar lhe forneceria.

— Se é o que você quer, mas tenha certeza de que é o que precisa.

— Do que está falando?— Ela ficou confusa e então seu amigo riu.

— Nem sempre o que você quer é o que precisa...— Ele respirou fundo e então pegou na mão da amiga.— Coloca sua cabeça no lugar, não saia fazendo as coisas de cabeça quente, isso pode piorar sua situação.

— Eu sei.— Ela disse abaixando a cabeça, sabia que pensar muito bem antes de ir atrás do que queria.

Anastasia sabia sobre aquele artefato que seu pai guardava, mas também tinha perfeita noção de que ele não daria a ela, seria preciso roubar e uma coisa dessas não era feita de uma hora para outra, ainda mais  em uma data comemorativa como o Natal, onde os corredores se enchiam de gente e fazer algo escondido era praticamente impossível.

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