— Estou sem fome, esposa. Pode aproveitar essa pizza aí — eu digo.— Mas é muita coisa, Sarocha. Pedi para nós duas — ela responde enquanto segurava um pedaço da pizza de abacaxi.
Volto meu olhar para a pizza, percebo que realmente é grande e ainda restavam 10 pedaços.
— Estou sem apetite — digo novamente.
Puxo a cadeira para perto de Armstrong e me sento.— Não consigo comer tudo isso sozinha, Sarocha.
Assim que ela termina aquele pedaço, ela simplesmente se levanta e fecha a caixa.— O que foi, esposa?
— Vou dividir o resto com o Nick, afinal, ele me recomendou esses sabores, então deve gostar.
— NÃo, A PIZZA É MINHA — seguro a caixa com um pouco de força.
— Sarocha, você mesma disse que estava sem apetite — ela fala enquanto puxa o outro lado da caixa.
— É importante se alimentar, então me deixe comer isso - Aperto a caixa com mais força para que ela não a tire de mim.
— Sabe de uma coisa? Coma isso então, Sarocha — ela larga a caixa.
Mais uma vez, coloco-a sobre a mesa, abro-a e percebo que agora os pedaços estão completamente amassados e os recheios misturados.
— Estou com tanta fome agora - expresso enquanto acaricio minha barriga com uma mão e pego um pedaço com a outra.
Após terminar o pedaço, sinto que todo o meu estômago está revoltado.
No entanto, apenas sorrio para a Armstrong, que continua a me observar.Ela fecha a caixa novamente e diz:
— Vou jogar fora amanhã, você vai passar mal se comer isso, Sarocha.— Minha esposa é tão bondosa.
Ela revira os olhos enquanto leva a caixa para a cozinha.
Vou para o banheiro, escovo os dentes para tentar eliminar completamente aquele gosto estranho que estava na boca. Em seguida, volto para a sala, pego a mala e organizo minhas coisas no pequeno espaço que restou no guarda-roupa.
- Mulher espaçosa pra caralho - murmuro enquanto aperto minhas roupas em um cantinho.
Quando estou quase terminando, vejo-a indo de um lado para o outro, levando cobertas e um travesseiro em direção à sala.
Considero suspeito, mas simplesmente ignoro. Finalizei minha organização e ao olhar para a cama, lá estava Armstrong esparramada por todo o colchão.
— Escolha um lado.
— Arrumei o sofá para você, Sarocha.
— Está brincando comigo, não é? Eu não posso dormir lá — tento empurrar ela para o lado direito da cama, mas ela se agarra à ponta do colchão.
— Vá para lá, Sarocha — ela resmunga enquanto tenta acertar um chute em mim.
— Eu tenho que dormir AQUI — Assim que ela tenta me acertar novamente com um chute, seguro sua perna e a arrasto para fora da cama.
— VOCÊ VAI ME DERRUBAR, SAROCHA.
E assim que ela caiu no chão, solto sua perna e cruzo os braços.
— Eu vou dormir aqui.
— In su por tá vel — ela fala pausadamente enquanto se levanta do chão — Eu durmo lá.
— Você também não pode — falo rapidamente e me posiciono na frente da porta para que ela não saísse.
— Por que não, Sarocha? — ela fala impacientemente, colocando as mãos na cintura.
— Porque se invadirem a casa e verem a gente dormindo em cômodos diferentes vai ser difícil acreditarem que somos casadas — encaro ela como se aquilo fosse extremamente obvio
— Faz sentido. Mas eu tenho uma regra de não dormir na cama com uma psicopata, tarada e assassina
— Ei, eu não sou tarada — falo me sentindo ofendida
Vou pra sala e volto novamente para o quarto agora trazendo o cobertor e o travesseiro que estavam ali
— Mas eu também não quero dormir com você - falo e logo mostro a língua pra ela enquanto jogo o cobertor no chão
Ela olha atentamente enquanto se sentava na beirada da cama
Faço um colchão improvisado com a coberta e boto o travesseiro em cima— Não vou me deitar nisso, Sarocha.
— Eu vou, melhor do que ter suas mãos alisando o meu corpo — apago a luz do quarto
— Eu não faria isso, Sarocha. — ela fala bravamente
Dou de ombros, fecho a porta e me deito sobre a coberta
— Você tem cara de maníaca sexual— Eu tenho cara de o que, Sarocha ? Repete
— olha só, estou dormindo já — digo e logo finjo sons de ronco
/-/
Acordo com os raios de sol iluminando meu rosto, esfrego suavemente os olhos para despertar e me levanto sentindo uma intensa dor na coluna.
A noite foi realmente terrível.
Faço alguns alongamentos nos braços, tentando aliviar a tensão muscular.Olho para a cama, buscando a presença da Armstrong, mas noto apenas o vazio e a cama arrumada.
Talvez ela esteja em outro local?
Vou andando pelo apartamento, mas não a encontro em nenhum canto.— Preciso colocar um rastreador nessa mulher — resmungo
Após aguardar por mais um momento e ainda sem sinal dela, percebo a urgência de adquirir um celular.
Logo tomo um banho e me visto com uma calça preta, uma blusa branca e sapatos, ambos sociais.
Decido ir em busca da Armstrong.Quando chego à portaria, lá estão ela e o "Nick" conversando animadamente.
E para piorar ainda mais a cena, ela está usando apenas um top, uma bermuda e o cabelo preso em um coque, completamente suada. Simplesmente irresistível.Logo avistei o rapaz cheio de risadinhas, revirei meus olhos e contive a respiração enquanto me aproximava deles.
— Olha só quem cruzou meu caminho — falei enquanto observava a Armstrong.
— Então você era a esposa dela — disse Nick sorrindo e pousando a mão no ombro dela.
Passei meu braço ao redor da cintura dela, a puxando contra o meu corpo. Afastando ele o suficiente para não conseguir tocar nela.
— Então, ESPOSA, como foi a corrida? — Enfatizei bem a palavra esposa e logo conduzi ela em direção à escada.
Ela logo aceitou e subiu por livre e espontânea vontade.Assim que entramos no apartamento, ela me falou:
— Por que aquela cena, Sarocha?— Temos que interpretar o papel de casadas e eu estou fingindo ser uma esposa ciumenta — sorri de lado e pisquei para ela.
Ela apenas resmungou e se dirigiu ao banheiro.
Ao ouvir o barulho do chuveiro, retornei para a portaria.Nick ainda estava lá.
— Ei, Nick, Nick — encaro ele deixando minhas mãos dentro do bolso da frente da calça enquanto me aproximava lentamente— Eu quase caí na sua brincadeira ontem, ainda bem que a Becky me contou quem era você — ele deu uma gargalhada — Eu nem tinha percebido que você era a esposa dela, eu sou meio desajeitado
— Nick, sabe o que rima com desajeitado? — dou um pequeno sorriso
Ele faz um sinal de não com a cabeça e eu volto falar, agora perto dele e mantendo a cara fechada
— Decapitado — digo lentamente enquanto via seu corpo tremer
— Voocê é muuito engraçaada — ele gaguejou
— Só vou avisar mais uma vez, ela é casada — digo virando as costas e voltando para o apartamento
Assim que entro novamente, pego a minha carteira de cigarro, retirando um e o isqueiro
Vou na varanda e acendo, dando leves tragadas na intenção de me manter calma.
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A Mafiosa e a Policial - Freenbecky
FanfictionE se você tivesse que fingir um casamento para conseguir acabar com as maiores máfias do País, o que faria ? Essa é a situação da novata Rebecca Armstrong, que em pouco tempo na polícia teve seu destino selado ao encontrar-se com a líder de uma dela...