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Sou acordada com sons de risadas, esfrego meus olhos e vejo que estou sozinha no quarto, me espreguiço, lavo rapidamente o rosto e escovo os dentes.
Sigo o caminho das risadas para chegar na cozinha que está lotada de farinha, totalmente branca, inclusive achei a Rebecca e o Benz que estão tão sujos quanto aquele ambiente.

— O que está rolando aqui ? — pergunto enquanto fito os dois e mantenho a cara fechada.

Parece que os dois não haviam me notado até que ouviram minha voz.

— NOSSA, você me assustou — a Rebecca coloca a mão sobre o peito — A gente esta fazendo um bolo para você.

— Bolo de chocolate — Benz comemora batendo palminhas.

Acaricio minhas têmporas e fecho os olhos por alguns segundos respirando fundo — Certo, mas qual é a da farinha por todo o local ?

— Isso é um pouco difícil de explicar... — O Benz interrompe a fala da Rebecca.

— Ela nos atacou ! — ele aponta para os vários pacotes de farinhas abertos.

— Você está me dizendo que a farinha atacou vocês, Benz ?

— Sim, mamãe !

— Foi exatamente isso — a Rebecca concorda com ele — Nos apenas nos defendemos.

Não consigo manter o semblante de zangada e solto uma risada, era o pior motivo que ele poderia ter inventado.

Respiro fundo tentando segurar o riso — E como foi que isso aconteceu?

— Foi mais ou menos assim — ela pega farinha com a mão e joga contra o meu rosto me sujando

— VOCÊ NÃO FEZ ISSO — assim que termino de falar isso o Benz me acerta com farinha também — É MELHOR VOCES CORREREM — pego um dos pacotes de farinha e saio correndo atrás deles enquanto tento acertar.

Em questão de minutos a casa inteira estava com farinha e nos ainda mais sujos.
Tive que ligar para a empregada vir mais cedo e para felicidade de todos em questão de algumas horas estava tudo organizado e inclusive o bolo ficou muito bom.
Agora estávamos apenas no jardim uma sentada ao lado da outra enquanto o Benz corria atrás de uma borboleta.

— Sabe, eu ainda estou esperando que me peça desculpas por ontem

— Ontem ? — ela me olha — Ah pela historia, me desculpe na próxima irei contar uma em que a personagem fictícia seja igual a você.

— Não — falo com desdém.

— Não o que, baby ?

— Eu não te desculpo.

— Não ? Mas eu amo você e você me ama, então  aceitar as desculpas é obrigatório, ainda mais por um motivo desses.

— Tá, dessa vez eu deixo passar — reviro os olhos — Na próxima, talvez eu não seja tão piedosa — sorrio na direção dela — Melhor tomar cuidado !

— Caramba, você me deixou com medo agora — ela deixa um beijo sobre a minha bochecha e segura minha mão.

— Acho que posso me acostumar com isso — abro um grande sorriso — Eu, você e o Benz, acho que atingi o máximo de felicidade que poderia ter.

— Sobre isso, baby. O que irá acontecer entre você e a Heidi ?

— Nada, nunca tivemos nada, só irei intimar ela a respeito das mensagens apagadas, eu confiei nela em um momento que eu estava perdida e ela abusou disso.

A Mafiosa e a Policial - FreenbeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora