ᴛᴀᴋᴇ ᴍʏ ʙʀᴇᴀᴛʜ ᴀᴡᴀʏ | ɢᴀʙɪɢᴏʟ

Capítulo 6

Giovanna narrando

Durante essas horas conversando, descobri que Gabriel é bem difícil de se abrir, enquanto eu tagarelava sem parar, ele só me observava, mas não parecia ser um incômodo.

Resolvemos ir embora perto das onze, ele esperou que eu levantasse para pegar na minha mão e sairmos, descobri também que ele é muito de toque físico, coisa que eu já sou bem retraída.

- Posso colocar uma música? -perguntei quando já estávamos dentro do carro, e ele me mandou um joinha.

-Quero te levar na minha casa, você quer? -me remexi no banco do carro, tentando não mostrar a minha mudança repentina de humor, eu havia ficado nervosa.

Apenas concordei, nada além de um "Sim".

- Ficou quieta -ele me olhou rápido e logo voltou para o trânsito a nossa frente.

- É que eu falo tanto e você não diz nada, só fica me escutando.

- É só perguntar e eu respondo tudo o que quiser saber.

- Por que você é tão calado?

- Não sou calado, só gosto de te ouvir falar. -mordi o lábio segurando um sorriso.

- Sua família vem muito aqui?

- Quase todo mês, não aguento ficar longe por muito tempo. -paramos em um sinal e agora ele me olhou normalmente, não de canto como estava fazendo antes, senti uma de suas mãos em minha nunca e seu rosto vir até mim, ele não me puxou nem nada, apenas veio até mim e me beijou.

Gabriel me devorava somente com um beijo, parecia que queria se fundir a mim, ele era quente e fazia meu sangue ferver.

Suspirei quando ele parou de me beijar, me olhando nos olhos, sem dizer uma palavra.

- O sinal abriu! -falei quase sussurrando.

Ele voltou para posição de antes com um sorrisinho, sabe que é bonito e sabe usar isso ao seu favor.

Não demoramos muito para chegar na casa dele. Haviam dois seguranças na porta da sua casa, não bastavam os seguranças do prédio. O portão foi aberto.

Gabriel desceu na frente e eu o acompanhei até a entrada, a casa começava com a sala, era tudo muito bonito e a cara dele, literalmente, pois não havia um lugar sequer que não estivesse presente um quadro ou foto sua, fosse com seu uniforme do Flamengo ou roupas formais.

- Fica a vontade, quer beber alguma coisa?

- O quanto você se ama? -perguntei dando uma rodadinha para olhar tudo.

- Não consigo mensurar! -foi impossível ficar séria.

- Quero água! -respondi sua primeira pergunta.

Passeamos por toda a casa, achei fofa a empolgação dele me mostrando os cômodos, ele se orgulhava de tudo que havia conquistado.

Me levou até a área externa, onde tinha uma sauna e área para festa, suas festas eram famosas por serem incríveis e restritas, convidados escolhidos minuciosamente, sem celulares, nada podia vazar e claro, Gabriel sempre com uma mulher diferente, que conforme o meu pai, estava certo em viver e aproveitar e em ter se "livrado" da irmã do Neymar, papai é um fofoqueiro nato, ainda mais quando se trata da vida do queridinho dele.

E por fim, chegamos no seu quarto, paredes brancas, móveis planejados, lençóis pretos e um cheiro de limpeza sem igual, misturado com o cheiro do perfume dele.

- Senta aí! -ele apontou para a cama enquanto afastava o controle do vídeo game que estava em cima dela. - vou pegar sua água. -assenti e agradeci em pensamento, era bom que ele trouxesse um copo cheio, porque minha garganta estava seca, consequência do nervosismo.

Ele saiu do quarto me deixando sozinha, levantei rápido e abri as portas de vidro que davam acesso à varanda, um vento forte entrou fazendo meu cabelo balançar, ele tinha simplesmente vista de frente para o mar toda manhã.

Havia uma mesinha de centro com cadeiras confortáveis, me joguei em uma delas e respirei fundo, não era como se eu nunca estivesse ficado em um quarto sozinha com um homem antes. Ouvi passos atrás de mim e o observei enquanto ele caminhava em minha direção, me estendeu o copo e puxou a cadeira sentando de frente para mim, o corpo relaxado e a feição de quem não valia um centavo. Ele era meu MUITO meu tipo.

estão gostando? Próximo capítulo teremos Gabriel narrando. Beijos e não esqueçam de deixar a estrelinha 🫶🏻