Gabriel BarbosaCaminhei pelo estacionamento do CT, em direção ao meu carro, antes mesmo de entrar, enviei mensagem para Giovanna, se eu pensasse muito, iria desistir.
Gabriel B:Ta ocupada?
Gabriel B: Quero te ver
Meu coração acelerou, se eu levasse um fora de uma adolescente.
Um. Dois. Três minutos.
Giovanna linda:Tô na universidade, te mando mensagem quando chegar em casa
Gabriel B:ainda em aula?
Giovanna linda:Não, acabou agora pouco
Gabriel B: Vou passar aí para te pegar, então
Joguei meu celular no banco do passageiro sem esperar a resposta, segui até a universidade que ela estudava, não era longe.
Quando cheguei, Giovanna já estava fora, encostada na porta enquanto conversava com o segurança.
Não demorou muito para perceber que eu já estava esperando, se despediu acenando e veio em minha direção, abriu a porta, tirou meu celular do banco e sentou.
- Você veio mesmo -ela falou enquanto tirava o jaleco, meu celular na perna, junto com o seu.
Óculos de grau, calça preta, aquelas blusinhas mostrando a barriga e o rosto limpo. Incomparável, de verdade.
- Você tá linda -e estava, demais.
- Obrigada. -as duas mãos vieram para os meus ombro e um beijo na minha bochecha.
- Por que nunca me beija na boca quando vem falar comigo?
- É estranho, vai que você não está esperando e acaba virando o rosto -isso com certeza não aconteceria.
- Eu sempre vou querer beijar -me aproximei do seu rosto e ela colocou os braços ao redor do meu pescoço.
- Sempre, é? -subiu o óculos para a cabeça e agradeci mentalmente por poder observar melhor seus olhos, eu facilmente me viciaria neles e isso seria um problema enorme.
- Tentando me intimidar, Giovanna? -ela balançou a cabeça negando e puxou meu lábio inferior antes de começar a me beijar, lentamente, do jeito que havia sido da última vez que nos vimos, do jeito que eu já sabia que ela gostava. - hoje tenho o dia livre, ta afim de ir pra minha casa? -perguntei ainda bem perto.
- Podemos ir pra minha casa? -concordei sem nem pensar, conhecer o quarto dela com certeza estava nos meus planos. - podemos pedir alguma coisa para almoçar e eu preciso de um banho. Como foi seu treino? -sorri, ela sempre perguntava.
- Estamos melhorando, um jogo ruim desmotiva, mas uma sequência de jogos ruins, deixa o time sem estruturas -senti um arrepio e joguei a cabeça para o lado quando a mão dela encostou na minha orelha e começou um carinho com as unhas, tentando me passar conforto. - e a torcida não quer saber se está ou não passando por um momento ruim, eles só querem resultados bons e não os culpo por isso.
- Não se preocupe, mesmo se todos te abandonarem, meu pai ainda vai estar lá, ele tem desculpa até para sua perna direita. -gargalhei.
- Seu pai parece ser resenha demais -falei, já dobrando na rua do condomínio.
- E ele é , só não fale do time dele. -sorriu baixando o vidro para que o porteiro do condomínio liberasse a entrada. Estacionei o carro e ela pegou na minha mão, me puxando para o elevador.
- Mora sozinha? -perguntei assim que entramos.
- Quase isso, Júlia dorme aqui quase todos os dias, mas não mora, entendeu? -assenti.
- E ela tá aqui agora? -Giovanna negou.
- Não, o curso dela é a tarde e acho bem difícil ela voltar hoje para casa, sabe como é, final de semana e tals -concordei. - você quer alguma coisa? Tá com sede, com fome? Não tenho comida de verdade feita, mas tenho frutas e toda besteira que você imaginar! -neguei. - tem certeza? Talvez o almoço demore, pedi no restaurante do pai de uma amiga, você vai amar!
- Sei que vou. -sorri concordando.
- Vem, vamos subir, depois mostro toda a casa para você, sei que não pediu, mass -mordeu o lábio. Mania deliciosa. - é que você me mostrou a sua -subimos as escadas e ela abriu uma das portas do corredor, o quarto dela. - Vou para o banho -pegou a toalha, uma roupa e ligou o ar-condicionado. - Fica a vontade!
- Não quer que eu tome banho com você? -sugeri sorrindo, mas o tom de voz era sério.
- Outro dia você vem junto -estreitou o olhar e entrou no banheiro. Tirei o tênis e me joguei na cama, ela que disse pra eu ficar a vontade. Peguei o celular no bolso da bermuda e fui na conversa com o Fábio, avisando que não iria para casa agora.
O interfone tocou e eu desci as escadas para atender, era da portaria avisando que o almoço chegou e disse pra subir, abri a porta e peguei as sacolas agradecendo.
Subi novamente para o quarto e Giovanna já havia saído do banho, de frente para a penteadeira secando o cabelo, o cheiro pós-banho, a roupa curta. Cheguei por trás e afastei seu cabelo para o lado, beijando a nuca dela.
- A comida chegou! -avisei.
- Ainda bem, já estava vendo tudo turvo -ela virou para mim e me deu um selinho, segurei na mão dela e fomos para a cozinha. - você quer suco ou refrigerante? Ou os dois?
- Primeira opção -coloquei na mesa os pratos e talheres que ela me entregou.
- Tem um de maracujá que fiz hoje de manhã, mas se quiser outro, podemos fazer.
- É o meu favorito -ela veio com o suco em uma mão e uma latinha de Sprite na outra. - se eu não te mandar mensagem, a gente não se fala, hum? -questionei quando já estávamos sentados à mesa.
- Você é ocupado, treinos, eventos e todas essas outras coisas que os famosos fazem, não quero te incomodar.
- Não me incomoda, sabe que não, pelo contrário, quando só eu mando, parece que estou em cima demais.
- Claro que não -ela negou rápido. - gosto quando me manda mensagem. -admitiu, respirei fundo com a olhadinha que ela me deu.
Giovanna era muito expressiva e sincera com tudo o que sentia. Pouco tempo de convivência, mas isso é tão nítido.
Digam o que estão achando e não esqueçam de deixar a estrelinha 🫶🏻
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ᴛᴀᴋᴇ ᴍʏ ʙʀᴇᴀᴛʜ ᴀᴡᴀʏ | ɢᴀʙɪɢᴏʟ
FanfictionGiovanna Echols se vê deixando sua vida para trás, quando é obrigada a mudar de estado por conta dos estudos. Só não contava que seu caminho iria se cruzar ao de um certo jogador de futebol, camisa dez do Flamengo. Egos gigantes, sentimentos indecif...