Giovanna narrando- Vamos naquelas barraquinhas de comida lá embaixo? -Chamei quando o último cantor já estava encerrando, Gabriel pegou minha mão.
- De lá já vamos para casa? -perguntou enquanto eu o guiava.
- Se você quiser, podemos ir!
- Sua prima não vai mesmo? -me fitou por debaixo dos cílios e eu apreciei ele, por tempo demais, os olhos baixinhos, nitidamente com sono, era muito lindo.
Estou começando a gostar bastante da companhia dele e não sei se isso é bom.
Gabriel já estava na minha rotina, quando não nos víamos, ele mandava mensagem perguntando como eu estava ou um áudio, dando mil e um motivos para eu ir até a casa dele e quando eu não ia, ele aparecia na minha, inventando qualquer desculpa.
Não sei se posso me apegar a isso, porque a qualquer momento ele pode sair e fingir que nunca nos vimos na vida.
Quando eu havia ficado tão atraída assim?
- Não, ela vai para casa do menino que ela saiu! -entrei na fila para comprar um cachorro-quente e uma coca. - Já falou com a sua irmã? -recebi meu lanche, enchi de molho e pedi para ele abrir o refri.
- Ela só vai voltar amanhã, está com os amigos! -assenti. - Vamos passar no hotel para pegar suas coisas. -concordei e estendi a comida em minhas mãos para ele, que tirou um pedaço.
- Ficou com alguém no show? -Perguntou e eu fiz que sim.
Se eu fico com o Gabriel às vezes e ele age assim, imagina com as namoradas que já teve.
- Com você! -respondi.
- Muito engraçadinha! - chegamos onde o carro dele estava.
- Outro motivo que me fez achar estranho você estar aqui -apontei para o som, que ele já havia ligado. - esse seu gosto musical horrível! -ele fez uma cara de ofendido.
- Minhas músicas são muito boas!
- Boas de prestar, só se for -ele virou rápido para me encarar por alguns segundos, não podia tirar os olhos do trânsito, sentei de lado no banco, encarando seu perfil. - Já que estamos falando de coisas ruins, por que colocou esse metal no seu dente?
- Não gostou? -neguei.
- Isso é feio, e você é bonito demais para usar coisas feias, parece que está com um papel alumínio na boca! -ele sorriu.
Me acomodei no banco, quando senti um incômodo na barriga, era final do mês, eu estava perto de menstruar.
Quando chegamos no hotel, desci sozinha, peguei minhas coisas e quando voltei, coloquei no banco de trás, aproveitando que não iria ninguém.
- Como é a relação com sua ex, vocês se tratam bem ou apenas se suportam?
- Não tem como apagar tudo que a gente viveu e eu também não quero isso, porque não tivemos só momentos ruins, mas nosso tempo juntos também me fez muito mal -ele fez uma pausa. - Rafaella foi difícil, ela queria mudar o meu jeito de ser, como eu me comportava nos lugares, um conjunto de fatores fizeram nosso relacionamento chegar ao fim.
Pelo jeito a única parte boa dela, era o irmão.
- Não posso dizer que entendo, nunca namorei, mas sei que você está se saindo bem nisso de esquecer, ficar bem, superar, ou seja lá como chama.
- Ficar bem -ele sorriu. - Não tenho mais o que superar ou esquecer, mas são traumas.
- Como foi sua semana? -baixei o espelho que ficava ao lado do passageiro, para ver se tinha algum borrado do rímel no meu rosto.
- Muito treino, nutricionista mudou a minha dieta, colocou alimentos horríveis e ainda disse para eu diminuir o álcool, resumindo, só passei raiva, mas sobrevivi e a sua?
- Prova, dormia tarde e acordava às cinco da manhã, tinha que chegar na universidade as sete, muita dor de cabeça, senti mais saudades ainda de casa, não tive tempo nem para chorar!
- Você ganhou -sorrimos. - estudos não são para amadores.
Conversamos tanto que quando dei por mim, já estávamos na entrada da cidade dele.
- Sente falta daqui? Ou para morar você prefere o Rio?
- O Rio é ilusório, você se encanta porque é muito bonito, mas meu lugar é aqui, minha família está aqui!
Paramos em frente a uma casa enorme e um carro parou atrás da gente.
- Sabe quem são? -perguntei olhando para trás.
- Seguranças, estão vindo atrás da gente desde quando saímos, agora que você percebeu? -assenti.
Eu seria facilmente sequestrada.
Gabriel entrou com o carro, desci para pegar minhas coisas enquanto ele esperava parado ao meu lado, eles nos conduziu até a porta, a casa tão bonita quanto a outra, só que mais moderna ainda, simplesmente um elevador no meio da sala. Pronto, agora quero um elevador na minha casa.
Entramos para ir até o andar dos quartos. Um corredor enorme, ele abriu uma das portas. Peguei meu celular e ainda eram três e meia.
- Posso usar sua toalha? -perguntei sentando na cama e tirando minha sandália.
- Claro que pode, mas, se quiser outra, tem no armário! -Gabriel falou tirando a camisa e deitando.
- Uso a sua, a não ser que não goste de compartilhar toalha!
- Com você? Problema nenhum! -veio para perto de mim e me deu um beijinho mixuruca. - Você não curte muito se sutiã, não é? -o quarto estava um gelo, e os bicos dos meus seios rijos.
- Aperta e incomoda -levantei para pegar meu pijama e fui para o banheiro.
- Não vai me convidar? -estreitei o olhar para ele
- Banhos com você são sempre demorados!
- Não acredito que não vai me deixar tirar esse vestido! -falou.
- Tenho outros, depois você tira eles! -amarrei o cabelo para não molhar e relaxei com a água quentinha.
Não esqueçam de deixar a
estrelinha e comentem,
comentários me motivam
bastante.Desculpem o sumiço, minhas
provas acabaram ontem e eu
estava cansada demais.
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ᴛᴀᴋᴇ ᴍʏ ʙʀᴇᴀᴛʜ ᴀᴡᴀʏ | ɢᴀʙɪɢᴏʟ
FanficGiovanna Echols se vê deixando sua vida para trás, quando é obrigada a mudar de estado por conta dos estudos. Só não contava que seu caminho iria se cruzar ao de um certo jogador de futebol, camisa dez do Flamengo. Egos gigantes, sentimentos indecif...