Capítulo 11

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Giovanna Echols

- Precisamos trocar isso -ele apontou para o pouquinho de sangue que manchou o lençol branco, levantamos juntos, puxei uma blusa que estava na cabeceira da cama e coloquei no corpo, peguei lençóis limpos para que pudéssemos arrumar tudo. Gabriel me olhava enquanto se vestia, mas não dizia nada.

- Por que não fala logo? -quebrei o silêncio. - Sei que quer me perguntar algo, você tá aí todo distante.

- Foi bom pra você? Gostou mesmo? -disse de uma vez, Gabigol preocupado se foi bem? Não esperava.

- Você me ouviu durante tudo o que fizemos? -ele me olhou confuso. Não está escrito o tanto que gemi para esse homem e ele me vem com essa.

Minha intimidade dolorida só me fazia lembrar que há minutos atrás eu estava embaixo dele, Gabriel dentro de mim, colocando com força, sem pudor algum. Droga, estava molhada novamente.

- Eu praticamente gritei o seu nome -ele umedeceu os lábios. - não sei nem transar direito, imagina fingir orgasmo -respirei fundo antes de continuar, a conversa do pós, foi algo que não pensei - não tenho ninguém para comparar, mas, você com certeza "acabou" comigo. -fiz aspas com os dedos quando repeti o que ele me disse agora pouco.

- Tá muito pra frente. -falou encostando o ombro no meu e me empurrando levemente.

- Mas me diz, isso foi pra aumentar seu ego? Gosta de ouvir que você transa bem? -ele negou estalando a língua no céu da boca.

- Acredite se quiser, mas você é a primeira para quem pergunto isso! -agora eu fiquei sem jeito.

- Vem -peguei a mão dele ainda desajeitada. - vamos comer. -ele abriu um sorrisinho, sabia que eu estava fugindo do que ele falou.

- Gostei da sua casa, transar na sua cama, passar aquele creme cheiroso no meu cabelo e comida o tempo todo.  -semicerrei os olhos para ele, mas era muito cara de pau, falando em pau, tô destruída mesmo.

- Adoro doce -encheu uma colher do brigadeiro que estava no meio do bolo. - mas raramente como, porque engorda muito e meu trabalho depende do meu físico.

- Açúcar só faz mal, tenho tentado diminuir, meu problema é refrigerante e chocolate, não importa se são sete da manhã, se você me oferece um refri, eu vou aceitar. -sorrimos.

- Tenho que ir -falou mexendo com garfo no prato já limpo, que antes estava com bolo. - marquei de sair como os caras mais tarde, você deveria aparecer.

- Vi minha irmã comentando sobre, mas tenho um show para ir, então talvez eu só passe por lá. -soltei o ar que nem percebi estar preso e ele fez sinal de confirmação com a cabeça sussurrando um "entendi"

- Preciso comprar sua pílula do dia seguinte, se você for te entrego lá, se não for, venho deixar para você -neguei - Ta querendo um filho meu, Giovanna? -perguntou

- Eu não te contei? Sempre foi meu sonho ser mãe aos dezoito. -disse claramente brincando. - Falei que não precisa, porque eu mesma posso comprar!

- Claro que não, tirei sua virgindade, não usei camisinha, você confiou em mim e é o mínimo que eu posso fazer. -não falei mais nada, não iria discutir por besteira.

- Tudo bem, você compra. -mandei um joinha pra ele.

- Outra coisa -prestei atenção quando ele começou a puxar os pelinhos da barba. - Não quero que crie expectativas relacionadas a mim, estar com você foi incrível, ser seu primeiro foi com certeza, de longe, uma das melhores sensações que eu já senti. -quis sorrir mais uma vez, apertei os lábio e segurei, ele se acha tanto que idealizou uma paixão, por que tive minha primeira vez com ele?

- Gabriel, acho que você tem lido muitos livros de romance -não segurei a risada dessa vez. - Não é por que aconteceu isso entre nós que eu tenho necessariamente que me apaixonar por você, isso não é um pré-requisito. -a feição mudou.

Não estou desdenhando, com certeza é fácil se apaixonar por ele, gente boa, bonito demais e te trata super bem, tenho certeza que se passássemos mais tempo juntos, eu estaria sim nutrindo sentimentos por ele, mas como eu disse, isso requer tempo e nós certamente não tivemos o suficiente.

- Tá dizendo que não sou o suficiente pra você se apaixonar? -alerta, ego ferido.

- Não, estou dizendo que não é por que você fez parte de um momento muito importante da minha vida, que eu agora vou me jogar aos seus pés. -ele concordou, ainda intrigado, não, não quer que eu me apaixone, mas odiou me ouvir dizer que mesmo depois do que aconteceu, não sinto nada por ele. Que cara doido, ainda bem que é gostoso.

- Agora eu realmente preciso ir -olhou o relógio de pulso - Me chama pra almoçar mais vezes. -beijou meu pescoço e subiu até a minha boca. - Na verdade, da próxima vez podemos fazer isso na minha casa. -Gabriel é um cachorro nato.

- Bom estar com você, Gabigol! -sorri e ele puxou meus lábios com os dentes, antes de me dar um beijo e sair acenando.

Simplesmente ainda não acredito no que aconteceu essa tarde.

Subi para começar a me arrumar, antes do show passaria na festinha particular deles, que de festinha não tinha nada.


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ᴛᴀᴋᴇ ᴍʏ ʙʀᴇᴀᴛʜ ᴀᴡᴀʏ | ɢᴀʙɪɢᴏʟOnde histórias criam vida. Descubra agora