Capítulo 46

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não esqueçam de deixar
a estrelinha e comentem
o que estão achando. ❤️‍🩹

Giovanna narrando

Passei a mão na cama procurando o corpo quentinho que me aninhou à noite inteira. absolutamente nada, lugar vazio e bagunçado. Onde o Gabriel foi?

Levantei e em passos lentos fui até o banheiro, nada também, será que o querido se mandou?

Escovei os dentes e peguei uma elástico para amarrar o cabelo e jogar uma água no rosto.

-não acredito -falei sozinha enquanto me olhava.

Namorando o Gabriel Barbosa. Observei a aliança prata com potinhos de luz, o nome dele gravado ali.

Preciso que ele me prometa que isso é pra sempre, não podemos deixar de ser, é tão incrível, tão forte. tenho necessidade disso, anseio cada vez mais.

Desfiz os nós do cabelo, pronta para descer.

Pulei para trás entrando novamente no banheiro quando três figuras apareceram no meu campo de visão e começaram a gritar cantando parabéns.

Gabriel estava no meio dos meus pais, com um bolo em mãos, se sacudindo de um lado para o outro no ritmo da música, comecei a bater palmas junto deles.

-Feliz aniversário, filha -meu pai me apertou em seus braços. -eu te amo demais -os olhos marejados.

-Já vai chorar? -minha mãe chegou mais perto de nós dois. -Feliz aniversário, minha garotinha -meu pai deu espaço para ela. -sou completamente apaixonada por você.

-Amo vocês, amo muito. -sorri.

-Me da isso aqui, meu genro. -pegou o bolo das mãos do Gabriel. -vai abraçar tua namorada.

mal sabe que o queridinho dele me abraçou a madrugada inteira enquanto estava por cima de mim, me colocando com força.

Gente, a convivência com ele não está me fazendo bem.

-eles me ajudaram em tudo -Gabriel sussurrou. Estreitei os olhos, eram cúmplices. -eu te amo demais, princesa.

Saiu tão fácil que eu mal assimilei, já tinha ouvido muito falar sobre o primeiro "eu te amo" mas é bem melhor escutar. Muito mais.

Não respondi de volta, travei, não é que eu não o ame, só é novo pra mim.

-como meu pai conseguiu guardar segredo?

-eu pedi -passou o braço pelo meu pescoço. -você sabe, a coisa do favoritismo. Meu sogro me ama, aceite.

-O Facebook dele vai ser um álbum de foto suas, se prepare.

-Vou adorar ver isso -descemos as escadas. Já estavam a mesa.

-Sua irmã deve estar chegando -mamãe falou. -seus tios ligaram dizendo que não vão demorar.

-Quais os planos para hoje? -Gabriel perguntou.

-Dona Gislane sempre organiza tudo, eu só aviso quem quero chamar -sorri quando ele passou a mão pelo meu rosto, fazendo um carinho e concordando. -quero levar ele na cachoeira, pai.

-Acho muito bom -meu pai disse. -eu adoraria ir ou até mesmo levar vocês, mas vou estar na delegacia até as sete.

-Relaxa, tô habilitada agora. -lembrei.

-cuidado, Gabriel -papai disse. -ela pensa que está no filme dos velozes e furiosos.

Começaram a fazer piadinhas internas, o que eu perdi?

-Tô louca pra dirigir seu carro. -encostei nossos ombros.

-Assunto delicado, amor. -emiti um som manhoso.

-Como faço pra colocar um efeito nessa foto? -meu pai virou a tela do celular, uma selfie dele e do Gabriel. -preciso enviar no grupo da família.

Tô começando a achar que perdi meu lugar pra ele.

-Querido, come mais. -minha mãe falou. -quer que eu faça alguma outra coisa pra você?

-Não se preocupe, sogrinha -olha como é pra frente. -Preciso seguir a dieta, se não a nutricionista vai me escorraçar. Já comi mais do que o necessário.

-Ele é uma boneca, mãe. coisas saudáveis e tals. -comentei arrancando uma risada deles.

-Preciso ir -meu pai distribuiu beijos no topo da cabeça de todos nós. -você e o Everton estão proibidos de começarem a beber sem mim. -bagunçou o cabelo dele e ajeitou a farda antes de sair de casa.

Minha mãe saiu logo em seguida, iria resolver algumas coisas na empresa dela e de lá passaria no espaço onde iria ser minha festa de aniversário.

Nunca gostei de nada muito grande, mas mamãe sempre fala que temos que comemorar e bom, na minha família tudo é motivo para festas.

-Vamos ser só nós dois então? Hm? -ele questionou quando entramos no quarto.

-Depende -fiz uma pausa para morder o queixo dele, que sorriu pressionando os olhos. -as vezes não tem ninguém lá, mas outras vezes, fica cheio.

-E seus amigos? -raspou a garganta. -vou conhecer hoje?

-Com certeza -ele deitou. -você vai gostar deles.

Ficamos em silêncio.

Passei um short jeans pelas minhas pernas, e o abotoei, estando somente com a parte de cima do biquíni, analisei meu reflexo e intercalei o olhar entre o meu corpo e a figura de cachos curtos loiros atrás de mim, sentado na cama, me observando.

-Por que me olha tanto? -perguntei. -não estou reclamando, eu gosto, mas não entendo.

Gabriel levantou da cama caminhando até onde eu estava, ficando por trás de mim mais uma vez, me encarando pelo espelho. Afastou meu cabelo para o lado e depositou um beijo no meu pescoço.

-Tendo você aqui -virei-me para ficar de frente pra ele. -me faz duvidar se um dia realmente já fui apaixonado por outro alguém antes, tudo parece ter sido tão artificial, raso demais.

-Repete -coloquei meus braços ao redor do seu pescoço. ele negou. -por favor.

-Você é a menina mais mimada e irritante que já esteve comigo -passou os polegares na parte da minha bunda que vazava um pouquinho pela barra do short. -entretanto, só você soube confrontar toda essa bagunça que é a minha vida.

-Vem cá -puxei seu braço até a mão encostar meu peito, assim como ele fez comigo ontem a noite, quando se declarou pra mim. Adoro dizer isso, queria sempre poder falar em voz alta.-pra você ver que não é só seu coração que acelera quando falamos sobre nós.

Eu mesma tomei a iniciativa para beija-lo, Gabriel fez impulso para eu subir no seu colo, mas eu neguei entre o beijo e ele resmungou sem desgrudar a boca da minha, se isso acontecesse eu sabia onde iria terminar, na cama, ofegantes e suados. Não tínhamos tempo para isso agora.

ᴛᴀᴋᴇ ᴍʏ ʙʀᴇᴀᴛʜ ᴀᴡᴀʏ | ɢᴀʙɪɢᴏʟOnde histórias criam vida. Descubra agora