Capítulo 20

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Gabriel Barbosa

Quando chegamos na minha casa, Rose já estava com quase tudo pronto, eu liguei para ela pedindo para que fizesse algumas coisas para comer e que ela chamasse alguém para ajudar, já que, hoje seria mais gente.

- Então você veio para cá estudar? -Rose perguntou para Giovanna, que estava sentada no balcão, observando ela fazer uma salada de frutas.

- Isso mesmo, fui aprovada em uma universidade daqui! -balançou os pés no ar. Rose nunca conversava com as meninas que eu trazia aqui em casa.

- E como está sendo? Você saiu de casa, mudou para outro estado.

- Difícil, mas está sendo uma experiência boa, antes meus pais resolviam tudo para mim, isso não mudou totalmente, mas agora tenho mais responsabilidade!

- Ela é irmã da Marília, Rose! -cheguei perto delas e beijei a bochecha das duas. - A mulher do Éverton.

- Ela estava me contando, família abençoada, só mulher bonita! -Giovanna agradeceu com aquele jeitinho dela.

O interfone tocou, era da portaria, avisando que a galera havia chegado e estavam subindo, combinaram de vir todos juntos, já estava na porta quando o elevador abriu, Totói já veio correndo me abraçar pelo quadril.

- Oi príncipe! -baguncei o cabelo dele e ele desgrudou de mim rápido de mais, olhei para trás e o vi se jogar nos braços da Giovanna, que já estava baixa na sua altura para recebê-lo.

- Tia, eu estava com uma saudade desse tamanho -ele esticou os braços para demonstrar, Giovanna levantou com ele no colo.

- Eu estava mais! -ele negou e entraram em um debate, nem parece que se viram a algumas horas.

- Não vi você pedir permissão para trazer minha irmã, mandou alguma mensagem e eu não vi?-Marília falou entredentes enquanto entrava na casa e eu sorri.

O restante do pessoal foi entrando e em pouco tempo a casa estava cheia, música alta, criança correndo.

Tudo foi muito bom, não prolongamos tanto, porque estávamos cansados, noites sem dormir, preocupados com esse jogo tão importante e o cansaço em campo.

A maioria da galera já havia ido embora, só estavam eu, David, que estava conversamdo comigo agora, e Arrasca que fazia uma caipirinha. Giovanna estava perto da piscina, digitando freneticamente no celular.

- Então a garota da nossa conversa era a irmã da Marília? -David perguntou e segui o olhar dele que estava no tema da nossa conversa.

- A própria -tomei um gole do meu whisky

- E ela te quis? -dei um tapa na cabeça dele e sorrimos. - Já tiveram a conversa sobre "não quero nada sério" -concordei. - Então por que ela estava aqui antes mesmo da irmã chegar?

- Ela estava no jogo, somos solteiros, uni o útil ao agradável, e, além disso, quem dispensaria ela?

- Inclusive, estarei na fila!

- Tá louco, David? Tirei a virgindade da menina, não tem essa de amigo meu pegar não!

- Que penitência, Gabriel -fez cara de abalado. -Acho bom você avisar isso ao Pulgar, que acabou de entrar na cozinha, atrás dela! -desviei os olhos um segundo e isso acontece. Achei que ele já havia ido embora.

- Falei para você, por que me perguntou, mas não posso cobrar nada, entendeu? não estamos em um relacionamento, não tenho ciúmes, mas estar com uma pessoa que ninguém nunca esteve antes, é diferente.

- Sei como é, não está apaixonado, mas não quer que ninguém fique com ela, porque só você conheceu esse lado dela.

- Sei que ela não ficaria com ele, não aqui dentro da minha casa, Giovanna não é assim, mas o problema é fora daqui! -tirei a camisa e coloquei no ombro, Rio de Janeiro estava fervendo. - Vou lá -apontei com a cabeça para dentro de casa.

- "Não posso cobrar nada" -ele deu tapinhas na minha costa e sorriu.

- Ta tão engraçadinho! -bati na testa dele.

- Essa também é minha deixa, tô morto e ainda tenho que deixar um bebinho em casa! -apontou para o Arrasca, nos despedimos e eu os levei até a saída.

Voltei em direção as portas de vidro que davam acesso à sala, não foi difícil encontrar os dois, estavam sentados no sofá, jogando videogame e Giovanna estava sorrindo, muito alto.

- Ganhei de novo! -ela deu um sobressalto do sofá e fez um toque com ele, legal, já tinham até um toque.

- Você é boa, linda! -ele falou, naquele português arrastado dele.

Ela me percebeu e me chamou com as mãos.

- Tá ai há muito tempo? -perguntou quando eu já estava próximo e passei a mão pela cintura dela. Neguei.

- Sua namorada é melhor que você no videogame! -Pulgar falou.

- Ah, não somos namorados! -Giovanna se apressou para responder.

Era isso que ele queria, ter certeza que não tínhamos nada.

- Cai fora, chileno safado! -falei em tom de brincadeira e ele levantou.

- Nos vemos depois? -perguntou.

Depois o cacete

- Claro, você ainda não perdeu o suficiente! -ele nos cumprimentou e Giovanna saiu na minha frente para o acompanhar.

- O que vocês fizeram? -perguntei quando ela fechou a porta.

- Só estávamos jogando e eu sorrindo, sorrindo demais, coitado, deve ter ficado até com medo, mas o sotaque dele é uma graça e ele xingando então. -percebi o medo dele. Pensei.

- E o que você quer fazer agora? -passei a camisa por trás do pescoço dela e a puxei para me beijar.

- Podemos pedir uma pizza, tamanho família, comer até não aguentar mais e enquanto isso assistimos série, topa? -concordei.

- Mas só se você me deixar te fazer de sobremesa, pode ser?

- Você conhece alguma palavra que não possa ser usada em duplo sentido?

- Algumas, mas não penso nelas quando tô contigo!

Foda-se se eu estiver me envolvendo demais, no momento só quero ela.



Não esqueçam de deixar a estrelinha
e cometem muito, isso me motiva bastante. Xero 🫶🏻

ᴛᴀᴋᴇ ᴍʏ ʙʀᴇᴀᴛʜ ᴀᴡᴀʏ | ɢᴀʙɪɢᴏʟOnde histórias criam vida. Descubra agora