Gabriel BarbosaPassei o braço ao redor do seu pescoço no instante em que descemos do carro, Giovanna colocou o óculos escuro que antes estava preso na parte do vestido que ficava no vão dos seus seios, sem sutiã mais uma vez.
Preto, colado e sem alças. Pelo visto, a morte lenta e dolorosa vai ser a minha.
-Tá pensando em que? -perguntei para ela, que parecia estar alheia demais.
-Não vai inventar de cantar, né?
-Já te falaram o quanto você é chata? -mexi no nariz dela, os cabelos desprendidos da orelha, caído nas laterais, emoldurando seu rosto.
-Não, por que seria uma mentira, agora que você canta mal, é fato.
-Tem como te desconvidar? -ela negou sorrindo.
-Você ama minha companhia.
Fabinho se identificou para os seguranças, que liberaram nossa entrada.
Casa cheia, música alta e uma quantidade significativa de pessoas já alteradas, pulando freneticamente.
-Sobe na frente, fico atrás de você. -falei.
-Primeiro as damas, Gabi, pode vir -olhou pra mim por cima do ombro com aquela cara de criança encapetada.
-Você ta no fundamental ainda?
-Sabe as fases da escola? Pensei que não havia estudado. -imagina namorar com ela? implicância vinte e quatro horas.
-Seu vestido é curto, pode ser que apareça alguma coisa. -tentei explicar.
-Não vai aparecer coisa nenhuma, nunca sobe. -desconheço alguém com mais birra.
-Vai logo, Giovanna. -segurei no quadril dela, sorte a minha que ela escolheu ceder, se não ficaríamos a noite toda nessa escada, discutindo quem iria subir primeiro.
-Você não manda em mim -me olhou com um risinho minimalista. -eu subi por que não ia ficar no meio, empatando quem quer subir ou descer.
-Ah, não mando? -negou, seus olhos eram expressivos demais. -engraçado que, quando eu digo pra você ficar caladinha quando eu tô te comendo, você até que me respeita bem. -a boca entreabriu e o de sempre aconteceu, Giovanna mordeu o lábio, não tinha outra mania? foi uma das coisas mais obscenas que eu já presenciei, mesmo que sem pretensão nenhuma.
-Giovanna? -fomos interrompidos, virando ara ver quem era.
-João -se abraçaram-o que tá fazendo pelo Rio? -a mão dele descendo até a demarcação, quase encostando na bunda dela. Filho da puta.
João Guilherme Ávila, o pai dele parece ser legal.
-Gravando, lembra da série que eu falei? -ela concordou. -Tudo bem, cara? -me estendeu a mão e nos cumprimentamos. -vou passar um tempo por aqui, podemos marcar de sair, eu você e a galera de sempre.
-É só me mandar mensagem. -ela falou antes dele a abraçar novamente e voltar para onde estava.
-De onde conhece ele?
-Lembra do garoto do meu primeiro beijo? que eu disse que puxei, por que ele estava muito tímido. -balancei a cabeça positivamente. -então, é ele.
-Já ficaram outras vezes?
-Toda vez que a gente se encontrava, acontecia, temos amigos em comum e é sempre cômodo ficar com alguém que você já conhece, do que com alguém novo.
-E ele costuma dar em cima de você mesmo quando tem alguém contigo?
-Não, até por que, nunca fico assim com ninguém.
-Mas no momento, está comigo e ele claramente deu em cima de você, te olhando de cima a baixo quando ficaram de frente um para o outro.
-Preciso te lembrar que, eu e você só ficamos, nada sério.
-Oxe, tô ligado nisso.
-Mas não parece. Então, vamos supor que ele realmente estava dando em cima de mim
-Sem suposições -cortei ela. -ele estava.
-Quando eu estiver falando, me deixa terminar -gesticulou com as mãos. -como você disse, ele deu em cima de mim, ótimo
-ótimo só se for pra você -cortei ela mais uma vez.
-Se você não parar de me atrapalhar, eu juro que passo as unhas no seu carro.
-Para de graça, Giovanna.
-Então cala a boca -falou impaciente. -primeiro, você me viu dando em cima dele?-neguei enquanto tinha a atenção fixa em qualquer lugar, menos nela. -segundo... -se aproximou mais e cruzou os braços. -larga de ser metido e olha pra mim. -senti sua mão em meu queixo enquanto virava calmamente meu rosto para encarar seus olhos. -responde, me viu dar em cima dele?
-Não -falei sem tirar sua mão do meu rosto, adorava nosso contato.
-Justamente, posso controlar o que eu faço, agora o que os outros fazem, meio complicado, não acha?
-Pô, tá certo, já entendi.
-Ta certo nada, você é bonzinho pra falar, agora quando é minha vez fica de doce. Na verdade, até compreendo, pra você é humanamente impossível conversar com uma garota sem segundas intenções, sinto muito, mas não sou igual a você.
-Não tenta reverter a situação como se estivéssemos falando sobre mim.
-Eu deveria ter ido com ele, assim você teria motivos pra falar alguma coisa.
-Então vai lá Giovanna, tá esperando o que? ele ta olhando pra cá, só te esperando. -Ela não proferiu palavra alguma, simplesmente voltou-se para sair, foi quando segurei seu pulso, de maneira suave, apenas instando-a a parar, e a coloquei mais uma vez em frente a mim -Mentira, não vai não. -sorriu antes de dizer qualquer coisa.
-Eu não ia -falou levando uma mão para cada lado do meu rosto. -só queria saber se você me pediria pra ficar. -as mãos subiram para virar meu boné.
-Gosta quando correm atrás de você? -ela juntou os dedos "um pouquinho"
-Preciso que me escute -o semblante mudou, ficando séria novamente. -não posso cobrar nada de você e nem vou -Giovanna nunca alterava o tom de voz, independentemente situação. -só quero um pouquinho de compreensão da sua parte, se eu te ver ficando com alguém, pode ser na minha frente, sabe que eu não falo e nem faço nada, posso sentir o que for, mas fico quieta e na minha e isso já aconteceu. -me olhou como quem diz "lembra?"
-E por que você não fala e nem faz nada? -interrompi ela, mas dessa vez não aconteceu nada. -minha prioridade com relação a isso, é você, posso estar com quem for, mas se você chegar e me quiser, não penso duas vezes.
-Isso de pedir consideração não é comigo, até por que, não existe um rótulo de como agir nisso que temos, ou melhor, não temos.
-Não temos? -negou. -você é minha ficante premium. -sorrimos. -mas vem cá -puxei ela pela cintura -amaria te ver brigando por mim.
-Dorme, mas dorme muito, quem sabe você sonha com isso.
-Para de me maltratar. -brinquei com ela.
-Coitadinho de você -debochou.
-Sou diferente de você -beijei perto do seu ouvido. -se eu te ver com alguém, vou falar ou fazer alguma coisa, por que não gosto da ideia de outro alguém te tocando. -acho que nunca fui tão sincero.
-Recomendo um psicólogo -que garota irritante.
-Ta arrepiada por que?
-Medo dessa sua cara feia.
-você é má, princesa. -acariciei a parte desnuda da sua cintura.
-não me chama assim, Gabi. -manhosa demais.
tudo nela me tira o fôlego, mas mesmo assim, consigo respirar.
Giovanna sabe que temos algo, ninguém age assim quando o outro não significa nada, sei por que conheço muito bem o corpo dela e todas as suas reações.
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ᴛᴀᴋᴇ ᴍʏ ʙʀᴇᴀᴛʜ ᴀᴡᴀʏ | ɢᴀʙɪɢᴏʟ
FanfictionGiovanna Echols se vê deixando sua vida para trás, quando é obrigada a mudar de estado por conta dos estudos. Só não contava que seu caminho iria se cruzar ao de um certo jogador de futebol, camisa dez do Flamengo. Egos gigantes, sentimentos indecif...