Capítulo 24

3K 224 43
                                    


Santos, SP 📍

Aviso:A falta de interação, seja ela com falta de votos ou comentários, tem me desmotivado
bastante, é como se não estivessem gostando, então, por favor, não deixem de votar e comentar (nem que seja uma crítica, estou aqui para melhorar)

Boa leitura ❤️‍🩹

Gabriel Barbosa

Senti um peso sobre o meu corpo e abri os olhos devagar, levantei meu braço por força do hábito, mas ainda estava tão sem coragem que ele caiu em cima da cama novamente, sem a minha permissão, o sol entrando pelas frechas da persiana denunciaram que já havia amanhecido.

Giovanna estava me abraçando pela barriga e com uma perna por cima da minha, o rosto sereno enquanto respirava profundamente, o cabelo loiro espalhado pelo travesseiro, um anjo, tenho certeza. Estiquei meu braço com cuidado e peguei meu celular, que ase meio-dia, abri o aplicativo de mensagens para responder algumas.

Respondi meus pais, perguntando se eu estava bem e se já estava em casa e sobre a Dhiovana.

Júlia Rodrigues: Ta em casa, mô?

Chegou na barra de notificação. Dhiovana tinha que ter só amiga bonita?

Gabriel B: Tô em Santos, gatinha

Júlia Rodrigues: que pena, queria te ver

Gabriel B:quando chegar no Rio te aviso, a gente cola em algum lugar

Júlia Rodrigues:vou esperar

Deixei o telefone de lado e me concentrei em tirar o braço dela de cima de mim, sem que acordasse, em vão, Giovanna se movimentou.

- Por que você se mexe tanto? - perguntou.

- Falou a que acordou me fazendo de cama. -sorri.

- Não sorria -ela virou o rosto. -esse seu dente de alumínio vai me fazer ter pesadelos.

- Caramba, não vem mais....

- O que você fez para gente tomar café? -sentou na cama.

- Acabei de acordar também-ela levantou.

Giovanna entrou no banheiro para escovar os dentes e eu esperei ela sair para ir, quando terminou, descemos.

- Você faz os mistos, não gosto de presunto, coloca só queijo nos meus, quero dois -ela mostrou dois dedos. - Quer achocolatado ou café?

- Café -respondi e indiquei onde estavam as coisas para ela fazer. - Eu também não gosto de presunto -ela levantou a mão para bater na minha.

- Fica uma gracinha quando se concentra em algo! -comentou e chegou mais perto colocando o braço sobre a bancada e a mão no rosto me assistindo.

- Ta me encabulando, Giovanna!

- Pensei que você fosse imune a isso!

- É que você é bonita demais e isso às vezes me deixa constrangido! -não era mentira.

- E você não me deixa nunca, não é? Morro de vergonha quando você é explícito demais! -antes que eu falasse algo, a cafeteira apitou e ela deu a volta no balcão para pegar.

- Sabe o que eu percebi? -me olhou curiosa. - Só sabemos o básico um do outro.

- O que quer saber sobre mim? -encheu duas xícaras com café.

- Você falou que nunca teve um namorado, por que?

- Simples, homens querem sexo, principalmente adolescentes, vivem em uma constante puberdade -ela falava e gesticulava ao mesmo tempo. -você deve saber disso, tenho certeza que não foi diferente. -olhei para ela como se estivesse ofendido. - Eu não estava disposta a dar o que eles queriam, por isso evitava ao máximo entrar nesse assunto.

- Você tem opinião formada e gênio forte com relação a tudo, linda, e isso é muito bom, por que nem todo mundo resiste a pressão que é isso no ensino médio.

- Minha vez de perguntar-ela pareceu pensar. - Como foi sua primeira vez?

- Foi maneiro, nada desastroso como geralmente dizem que é, eu queria, ela também. -coloquei os sanduíches em um prato e nos sentamos a mesa, me preparei para fazer a próxima pergunta. - Por que mal falou comigo quando nos conhecemos? Eu não parei de te olhar um segundo e você fez pouco caso.

- Não fiz pouco caso, eu estava normal. quantas namoradas já teve?

- Duas, uma quando eu era bem novo, aí entrei pro Santos e terminei com ela, não estava conseguindo conciliar, depois de um tempo, conheci a Rafaella.

- Entendi, você ainda tem contato com ela? Dizem que isso de primeiro namoro marca muito.

- Assim como eu e Rafaella, apesar de ter sido intenso, não nos amávamos tanto assim. Ficaria com alguém na minha frente? Para tentar me "afetar" -fiz aspas" -de alguma forma. -ela me olhou com desdém.

- Não me odeio a esse ponto, nunca ficaria com alguém para tentar mostrar alguma coisa, mas, também nunca aconteceria de, uma pessoa chegar em mim e eu ficar retraída porque você está por perto, não vejo problema nenhum de estarmos no mesmo lugar. Você deixaria de ficar com alguém por estar perto de mim? -neguei.

- Ta vendo, somos bem resolvidos. Com quantos anos quer ser pai?

- Por mim eu já tinha sido há muito tempo, mas Deus sabe de todas as coisas, quero ter filhos de uma única mulher, imagina se eu tivesse engravidado uma das minhas antigas namoradas? Não gosto disso. Você quer ser mãe?

- Não sei ao certo, é uma responsabilidade tão grande, mas se eu for ter filhos, quero engravidar até os vinte e dois, prefiro ser cedo demais do que tardiamente. Como foi seu primeiro beijo?

- Esse foi péssimo, eu usava aparelho e meu dente enganchava muito, depois descobri era o primeiro beijo dela também. E o seu?

- Eu tinha 14 anos, festa de aniversário de uma amiga minha, o menino queria ficar comigo, mas era muito tímido, eu fui onde ele estava, peguei na mão dele e puxei para um canto, foi até legal para um primeiro beijo.

- Não acredito que fez isso!

- Eu tinha uma paixãozinha nele, não ia perder a oportunidade! -recolhemos as coisas da mesa e eu lavei a louça para ele guardar.

- Rose está vindo, ela disse que vem fazer meu almoço, se não eu como qualquer besteira, palavras dela, não minhas. -e ela não estava errada.

- Sério que ela veio com você? -assenti.

- Ela é daqui -caminhamos em direção à sala, as portas de vidro deixando à mostra o dia lindo que estava lá fora. Sentei no sofá e Gabriel. - Marquei um vôlei na praia com os amigos, quer ir?

- Eu até queria, mas acho que vou te esperar aqui mesmo, posso ficar com a Rose enquanto você não chega.

- Tá bem? Por que não vai?

- Minha menstruação está perto, meu corpo fica cansado.

- Precisa de algum remédio? Ta sentindo alguma dor? Se você não for ficar bem, eu fico aqui.

- Eu vou ficar bem, não tô morrendo -sorriu para mim.

- Vou mandar aquecer a piscina, quando eu chegar a gente entra, o que acha, hum? -distribui beijos no pescoço dela, que segurou minha nunca. As unhas me arranharam.

- Vou adorar! -puxou meus lábios para me beijar.

ᴛᴀᴋᴇ ᴍʏ ʙʀᴇᴀᴛʜ ᴀᴡᴀʏ | ɢᴀʙɪɢᴏʟOnde histórias criam vida. Descubra agora