Capítulo 16

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Giovanna Echols

FlamengoXPalmeiras

Acordei relativamente cedo, vantagens de não beber, amanhecer sem ressaca alguma. Almocei e fiquei um tempo revisando algumas matérias, minhas provas começariam na segunda, a semana havia sido toda para estudar e na véspera eu só revisava a matéria da prova do dia seguinte, assim eu consigo me organizar e não acumular tanto assunto. Estiquei meus braços me espreguiçando, minha coluna estava incomodando um pouco por estar há algumas horas na mesma posição, vi a tela do meu celular acender, mensagens de Júlia.

Julinha: Já está pronta? Temos jogo as quatro, espero que esteja lembrando

Tarde demais, já havia esquecido

Giovanna: Quase pronta, estou só escolhendo o que vestir

Julinha: Tô saindo de casa

Ela iria colocar parada no Uber aqui para casa e daqui iríamos para o Maracanã.

Dei um sobressalto da cadeira, corri para o banheiro, tomei um banho meia boca, nunca foi tão rápido escolher uma roupa, short jeans e blusa do Flamengo.

Peguei um gloss que estava em cima da penteadeira, colocando dentro da bolsa, passei perfume e foi só o tempo de Júlia me ligar, avisando para eu descer.

Chamei o elevador e me olhei no espelho do mesmo assim que entrei, passando os dedos pelo cabelo na intenção de soltar os cachos marcados pelo elástico, sai na portaria, Julia baixou o vidro e acenou.

- Quero saber tudo o que aconteceu ontem à tarde, como ousa me contar por alto?

- Boa tarde, Júlia, eu também senti saudades. -sorrimos e abracei ela. - Detalhes devem ser pessoalmente.

O trânsito estava um caos, Marília já havia me ligado avisando que já estava lá e informando que deveríamos falar com ela quando estivéssemos perto, para ela descer e nos pegar para irmos ao camarote.

- Não vou subir para assistir ao jogo com a família dos jogadores -falei para Júlia quando estávamos perto - É uma chatice, eles nem cantam -sorri -prefiro descer com a galera, comprei ingressos para isso

- Ainda bem que você pensa, porque eu só iria lembrar desse detalhe aqui, quando não desse mais tempo. -o uber parou um pouco longe ainda, mas o congestionamento estava tanto, que seria melhor ir a pé o resto do caminho, não foi nem cinco minutos.

Enfim, dentro do estádio, fomos descendo às arquibancadas, a torcida já eufórica, a energia me fez vibrar, não estavam aqui para assistir o time jogar, mas sim, GANHAR.

Nos acomodados perto das grades e consequentemente perto do campo, ainda faltavam alguns minutos para o jogo começar

- Me conte tudo, Giovanna -ela virou para mim

- Ele me mandou mensagem e disse que queria me ver -ela fez uma cara engraçada - me pegou na universidade e fomos lá para casa, ele me esperou tomar banho para depois almoçarmos!

- E você foi a sobremesa? -dei um peteleco na testa dela

- Dormimos a tarde toda, quando eu acordei, Gabriel ainda estava dormindo, sai para comprar umas coisas e quando eu voltei, aconteceu

- Aconteceu -ela me imitou - Como? Você gostou?

- Eu subi para o meu quarto de novo e ele estava saindo do banheiro, foi tão direto que eu nem sei como consegui responder, ele só me olhou e falou falou que me queria. -senti um frio na barriga só de lembrar.

- E você se manteve firme e forte? - assenti sorrindo, contei detalhes para ela, inclusive o que aconteceu ontem, quando ele deixou a menina sozinha e veio até mim, Júlia surtou, sorte que o barulho do estádio estava maior do que nunca, os jogadores estavam entrando. - Esse Pulgar é uma delicinha, né? -comentei e Júlia olhou para mim.

- Tá muito Maria chuteira, Giovanna -ela levantou para ver melhor o jogo - realmente, Pulgar é um pedacinho de mal caminho, mas confesso que tô ansiosa para ver o desenrolar disso entre você e o Gabriel.

O jogo começou, primeiro tempo sofrido, precisávamos ganhar, para pelo menos ter chances de um brasileirão, já que não ganhamos nada esse ano. Quse no final, Bruno Henrique abriu o placar e o juiz apitou, tínhamos vantagem, mas mesmo assim meu coração estava para sair pela boca.

Aproveitei o intervalo para ir comprar água, Rio de Janeiro estava fazendo um calor insuportável, e não tinha um lugar do meu corpo que não estivesse suado, eu e minha prima fomos o mais rápido possível.

Segundo tempo, Gabriel entrou, caminha pelo gramado em toda sua glória, cheio de marra, a torcida gritando o nome dele sem cessar, o cara era ídolo.

Nos trinta minutos, cebolinha simplesmente driblou três do palmeiras e passou a bola para o Gabi, foi gol na certa, o estádio tremeu, olhei para os lados e tinha tanga gente chorando, imagina, seu jogador favorito que estava em uma fase ruim, consegue fazer um gol extremamente decisivo?

Não havia ninguém sentado, olhei para o campo e Gabriel pulava abraçado com seus amigos, Tite estava no meio, todo desorientado. O terceiro gol veio em seguida, Arrascaeta marcou e assim finalizamos o jogo.

3X0 para o Flamengo.

Eu estava extasiada, meu pai deve ter desmaiado lá em casa, Júlia segurou nos meus braços e me sacudiu, cai na cadeira e me permiti chorar, meu time era puro sentimento.



Coloquei o Gabi pra fazer
gol, pelo menos na fanfic.

Espero que não achem chato,
o fato de que estamos a dois capítulos
sem interação dos principais, mesmo que
o foco seja eles, não quero que fique repetitivo.

Não esqueçam de deixar a estrelinha
e nem de comentar, comentários são
importantíssimos, xero 🫶🏻

ᴛᴀᴋᴇ ᴍʏ ʙʀᴇᴀᴛʜ ᴀᴡᴀʏ | ɢᴀʙɪɢᴏʟOnde histórias criam vida. Descubra agora