-Que inferno, por que estão demorando tanto?
-Calma Azy, ele vai ficar bem!
-Quem dera fosse verdade.
-O que ele tem?
-Ele...
O médico aparece.
-Como ele está?
-O caso está muito avançado, pela falta de tratamento, o tumor se espalhou rapidamente.
-Quanto tempo?
-Dias, talvez semanas... Sinto muito. Suspiro deixando as lágrimas cair.
-Posso vê-lo?
-Assim que o levarem para o quarto pedirei para enfermeira lhe buscar.
-Obrigado. O médico nos deixa, meus olhos encontram os de Jay. -Ele está morrendo, Jayson, e tudo que ele quis na vida foi me fazer feliz pelos dias que ainda restava para ele. Eu imagino que você esteja com raiva e eu não estou justificando o que ele fez, mas o que você faria no lugar dele?
- Eu não sei Azy.
- Eu consigo entender os motivos dele Jay, mesmo sem concordar com eles. Eu não vou abandona-lo Jay.
-Eu jamais te pediria isso, Azy. Só me responda uma coisa...
-O que quer saber?
-Você algum dia deixou de me amar?
-O Tom sempre me disse que na vida temos dois amores. O primeiro amor e o amor da nossa vida, o Tom foi meu primeiro amor e você, você é o amor da minha vida. Então a resposta é não, eu nunca deixei de te amar.
-Nesse caso, eu vou esperar por você Azy. Vou esperar até que possamos ficar juntos. E até lá, vou respeitar o seu espaço, vou respeitar o Tom.
-Obrigado Jayson.
A enfermeira aparece para me levar até o quarto aonde Tom se encontra, me advertindo que só posso ficar por 10 minutos no máximo. Ele está adormecido devido a medicação.
-Oi Amor, eu não vou poder ficar aqui, mas amanhã eu volto. Fica bem pra mim, por favor. Dou um beijo em seus lábios antes de sair do quarto.
-Como ele está?
-Dormindo, devido a medicação. Eu não vou poder ficar com ele.
-Quer carona?
-Acho que vou ficar por aqui mesmo.
-Não tem porque ficar na sala de espera. O dia foi longo demais, vá para casa, tome um banho, coma alguma coisa e depois descanse. Você precisa estar bem para poder ajudar o Tom nesse momento.
-Obrigada! Você está certo.
-Vamos, eu te deixo em casa.
Assinto me forçando a mover os meus pés para fora do hospital. Jayson dirige em silêncio e eu agradeço mentalmente por não forçar uma conversa, ao mesmo tempo o silêncio é sufocante demais. Me remexo no banco, Jayson me olha tentando entender o meu incômodo.
-Pode ligar o rádio, se quiser...
-Obrigada!
-Meu carro, seu carro... Ele diz mas acredito que ele esteja divagando em memórias. Em nossas memórias de quando éramos jovens apaixonados.
Ligo o rádio tentando não demostrar que a lembrança estava tão viva em minha memória quanto a dele, procuro uma estação de rádio com músicas agitadas, mas só encontro canções de amor. Suspirando em derrota desligo o maldito aparelho que só piorou meus sentimentos com canções melosas.
-O que você fez durante esses anos?
-Você realmente quer conversar sobre isso agora?
-Esse silêncio está me matando.
-Tudo bem! Eu fiz faculdade de gastronomia e abri um restaurante. Nesse meio tempo eu consegui juntar provas contra Dandara e o meu tio, me divorciei e vim atrás da mulher da minha vida.
-Você cuidou bem da casa. Mudo de assunto e ele sorri.
-Procurei não alterar as suas lembranças, mas acrescentei umas novas.
-Eu vi.
-Se não quiser eu posso levar...
-Não! Eu... eu gostei. São momentos felizes.
Jayson me deixa em casa, ele se oferece para ficar um pouco comigo. Eu digo que não é necessário e que vou ficar bem então ele vai embora. Vou direto para o quarto, me jogo na cama e deixo o cansaço me tomar.
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Amor Pra Sempre
RomanceEla era a órfã que vivia em seu mundo tentando sobreviver sozinha, uma ned por escolha com um objetivo. Ele o atleta popular, apaixonado por ela desde o primeiro ano do colegial, mas tinha medo de se aproximar. Em uma tarde de temporal com a passag...