Amor Pra Sempre

Capítulo 17

Depois de um dia perfeito o tempo resolveu mudar, o vento forte anunciava a tempestade que viria. As meninas foram embora e eu prometi manter o telefone ligado e atender as ligações.

-Fico feliz que vocês chegaram antes do temporal.

-Fica tranquila Maluquete, nós estamos sãs e salvas. Vamos desligar tem pessoas indesejáveis chegando.

-Está bem beijos Maluquetes.

-Manda o caubói se comportar.

-Vou tentar Grazi, mais não prometo.

-Ele vai sim, se não eu bato nele.     Avisa Renata.

Desligo o telefone e me volto para Tom.

-Eu sempre me comporto.

-É claro... Deve ser por que eu ameaço a quebrar seu dente todos os dias.

-Que calunia!

-Cadê a tia?

-Minha mãe vai dobrar hoje no hospital, então serei o seu chef hoje. O que quer comer? Para o menu de hoje temos sobras do almoço e sanduíches.

-Sanduíches de presunto?

-Sim. Temos presunto, queijo, mortadela, salame, requeijão e nutella.

-Porque você é exagerado? Agora eu vou querer um de cada, era para ter parado no presunto.

-Acho que eu tenho um lado Italiano.

-Ei, só porque eu sou metade Italiana e gosto de fartura, não significa que você também seja.

-Desde quando é metade Italiana?

-Desde quando eu quis. Se você pode ser metade Irlandês, eu posso ser metade Italiana.

-Só você tampinha, não vamos discutir sobre isso.

-Quem você chamou de tampinha?

-Acho melhor irmos tomar banho e tocar de roupa.     Ele corre para não apanhar.

-Tom seu covarde, me encarre como um homem.         Corro atrás dele, que foi para o quarto. -Você é um idiota!        Grito.

-Idiota e apaixonado.     Diz me puxando pela cintura e nos aproximando.

-É melhor eu ir para o meu quarto.

-Você já está nele.

-Então é melhor eu ir lá para baixo.

-Ou você pode ficar... você também sente? Me diz que realmente não sente nada por mim Alice, me diz e eu desisto.

-Tom...

-Eu gosto de você. Nós somos amigos.

-Não é só isso, você sabe que tem algo a mais...               Diz roçando os seus lábios nos meus e juntando nossos corpos. Solto um pequeno gemido quando seus lábios tomam os meus.

-Tom, eu estou confusa. Não é justo com nenhum de nós.

-Só por um momento, tem como você não pensar em nada além do agora.

Ele toma meus lábios novamente, e só por aquele momento eu me permito não pensar em mais nada. Sinto o meu corpo todo reagir, estou totalmente sedenta. Quando fiquei querendo tanto ele? Em meio ao nosso beijo um trovão soou no céu e a luz acabou, foi o suficiente para ele me juntar em um abraço apertado. Seus lábios distribui uma trilha de beijos na minha pele, até a minha orelha.

- Eu te amo tampinha, eu sempre te amei.

Mordo os lábios nervosamente. Não sei dizer ao certo o que me deixou em pânico.

- Não entra em pânico tampinha! Eu estou aqui.           A voz do Tom me tira dos meus temores. Em seguida ele volta a me beijar.

-Droga Alice, eu preciso me afastar de  você antes que eu faça uma besteira.

-Que... Eu não posso ficar sozinha no escuro, eu...

-Eu sei... Mas eu fico cheio de tesão. É difícil saber que você esta tão perto de mim e que eu... na verdade, eu quero você nua para poder saborear cada pedaço seu. Eu sei que isso não está certo, então... Não se preocupe, eu não vou fazer nada. Só quando você quiser. Eu me sinto um safado desde quando nos reencontramos.

Eu sei que pode ser maluquice, mais em um impulso me aproximei dele e tirei minha roupa. Novamente não pensei ou talvez eu tenha pensando, a questão é que naquele momento, tudo o que eu queria era estar nos braços de alguém que me amasse. E naquele momento, o homem na minha frente declarava o amor e o tesão que sentia por mim. Talvez eu seja uma maldita carente, precisando que alguém preencha isso, talvez eu esteja me vingando de Jay, talvez eu esteja usando o Tom, ou talvez eu esteja cometendo o maior erro da minha vida, mas nesse momento foi o que eu escolhi, e a vida é única para ficar se prendendo a situações ou a pessoas.

- Você sabe o que está fazendo?

-Sei!

-Tem certeza disso...          Ele fala com a voz embargada.

-Tenho.

Ele encara meus olhos, logo depois me beija. Não..., ele me devora com seus lábios. A sensação é como se a tempestade lá fora estivesse dentro desse quarto, é uma explosão de sensações. Um arrepio passa pela a minha pele causando prazer, os ventos são causados pelos sussurros saindo de nossos lábios, trovões pelo barulho de nossos corpos. Sim, nós éramos a tempestade, que não se conteve só naquele pequeno espaço. Assim como a tempestade real se espalhou e causou danos, a nossa tempestade também se espalhou pela casa destruindo alguns objetos decorativos e bagunçando alguns lugares.

- Eu te amo tampinha.     Tom repetia como um mantra.

-Tom eu...

- Não! Só diga se tiver certeza.

- Eu ia dizer que estou com fome.        Disfarcei.

-Desculpa tampinha.

-Tá bom caubói, está desculpado.

-Você também vai me chamar assim?

-Enquanto você me chamar de tampinha, é eu vou sim!

Depois de nos alimentarmos, a luz voltou nos fazendo dar conta dos estragos que fizemos. Uma faxina foi totalmente necessário naquela noite antes de finalmente irmos dormir.