My Dear, Muggle! - Jikook

[17] Sectumsempra

Só alguns avisos...

- Este capítulo é escrito na visão do Jungkook, mas o próximo já voltará para a visão do Jimin.

- Vai ter algumas cenas/falas do capítulo passado, só para vocês situarem na história, o que aconteceu na hora, mas não pulem, porque entre elas tem falas adicionais.

É só isso mesmo...

Espero que gostem, tenham uma boa leitura 🥰🤍

[🔮]

JUNGKOOK

Se tem uma coisa que eu odeio é que façam mal à quem eu amo. Mesmo que seja apenas ameaças, mesmo sabendo que muitas não vão ser cumpridas, eu tenho ódio de quem machuca pessoas importantes pra mim, tenho ódio quando esse tipo de gente cita o nome de quem amo.

E, como sempre, a pessoa que me deixou puto foi meu pai.

Fiquei pensativo e um pouco mais calmo depois que Jimin saiu do jardim, o que ele disse, como ele disse, seu jeito carinhoso comigo me deixou com o coração leve e eu estava começando a pensar que ele estava certo.

Há anos que meus amigos estão tentando me convencer disso e finalmente estou começando a querer acreditar...

Porém tudo mudou quando meu telefone vibrou no meu bolso.

Prefeito
Então, Jungkook? [14:33]
Pensou melhor sobre o plano? [14:33]
Viu que é o melhor para você? [14:34]
Se afaste desses bruxos antes que as maldades deles sobre para você, meu filho [14:34]
Faça isso por vontade própria [14:34]
Ou eu vou te mostrar o quanto eles são perigosos da pior maneira e já será tarde demais para me pedir ajuda [14:35]
Pense no que te disse e venha me dar a resposta ainda hoje neste endereço [14:35]
(LOCALIZAÇÃO) [14:35]

Minha calmaria se foi ao ler aquilo.

Até que não tinha nada demais naquelas mensagens, o que me deixou puto foram todas as palavras nojentas ditas por meu pai sobre os bruxos, sobre meus amigos, sobre qualquer pessoa que ele não considere ser parte do padrão perfeito imposto por ele.

Ou seja, eu e nenhum dos meus amigos, agora nem mesmo meu namorado, faz parte de seu padrão.

Essa não foi a primeira vez que ele impõe uma opinião em mim, que ele tenta mudar minha cabeça sobre o mundo e foi por não aguentar mais as coisas que ele faz que eu joguei, com toda a força que eu tinha, meu telefone na parede.

Meu corpo parecia que entraria em chamas a qualquer momento e não era por algo bom como quando acontece com Jimin por perto, era de ódio, ranço do meu próprio pai, que na verdade eu nem sei se posso chamar assim.

– Preciso acabar com isso agora.

Puto e com plano de acabar com aquelas ameaças diárias que recebo do prefeito desde a minha primeira memória, entrei na casa de novo, a fim de sair dali o mais rápido possível.

Percebi que a conversa parou no momento em que fechei a porta com força, mas eu estava tão puto que eu nem liguei para os rostos assustados. Ao menos consegui ver as expressões dos que estavam ali.

– Jungkook – alguém me chamou, mas a voz parecia estar longe, já que estava sendo abafada pelos mil e um pensamentos de ódio.

O ódio me cegou, me surdou, não ouvi e nem vi ninguém, apenas fui andando em direção à entrada da casa, apenas fui até meu carro, mesmo sabendo que era um perigo dirigir assim, somente acelerei, indo para onde meu pai me esperava.