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O carro virou a esquina mais próxima de sua casa. Jake e Miles não falaram tanta coisa nos minutos que passaram dentro do carro, mas o loiro moveu seus olhos mais de uma vez no mais velho. Miles sustentou sua mão no volante, janela aberta, cotovelos pra fora segurando seu queixo entre o vento frio. Jake não se importou, ele detém bastante calor em suas bochechas e braços aquecidos pela jaqueta do pai.
— Sua colônia é bem forte — murmura Jake, o mais velho moveu sua cabeça de relance sorrindo pequeno para seu comentário.
— Sim, é um perfume que dura muito. — Miles passou a mão em seu cabelo rapidamente bagunçando as mexas loiras, o interior de Jake formiga e ele se encontra esfregando suas coxas vagarosamente juntas.
— Pai, você está bem?
— Claro garoto, porque eu não estaria.
— E quanto a Dona, está tudo bem sobre ela? — Os azuis queimam contra o lado de Miles, suas mãos juntas no colo segurando a sacola de seu remédio.
— Droga. Escute, Dona é uma mulher incrível, mas tivemos algumas desavenças. Então é melhor encerrar. — Deu de ombros como se não fosse nada, mas Jake viu. Miles está magoado, ele não sabe oque fazer, Kessey era tão boa. Porém, entre ela e Jake. A escolha foi notória. — Mas já chega de falar de mim, quando chegarmos eu vou jogar toda aquela comida fora. Oque você quer comer garoto?
— Uhm, não sei, oque tem? — Inclinou sua cabeça contra o estofado.
— Não, eu quero saber oque você quer.
— Você sabe do que eu gosto. — Sua boca se curvou, os olhares cruzando entre azul oceânico e marrom de casca de árvore. Jake está fazendo outra vez, ele já não sabe contar quantas vezes olhou-o assim. Ele foi mesquinho, egoísta. Ele sabe, mas por este homem quem não iria ser uma pessoa ruim. Apenas por um momento. Não houve tensão por parte de Miles, seu filho estava bem, em segurança e saudável. Era a única coisa que importa.
— Se tiver batata frita você come até pedra garoto, — ele estacionou em frente a sua casa, Jake saiu depois de Miles. O menor recuou um passo em alarme no momento em que seu pai se vira para ele, no silêncio profundo e concentração ele coloca as mãos no bolso de seu casaco. Sua outra mão apertando o ombro de Jake para mantê-lo parado. — Cadê minhas chaves...?— Resmungou.
Seu peito dispara, suas mãos se fecham e Jake prende o ar olhando para o céu escuro. O jeito leve que a mão dele esfregou a sua, mesmo não sendo um ato proposital. E depois disso olhou para o loiro interrogativo, Jake inalou não emitindo nenhum som ao abrir sua boca. Um olhar penetrante. Mãos tocando. Lábios pequenos em um rosa fraco. Miles deu tantas emoções com pouco toque que Jake mal consegue pegar oque ele disse, mas no momento em que ele desfez contato com baixo sorriso satisfeito, Jake sente como um abraço caloroso que se desfaz de pouco a pouco.
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𝑫𝑬𝑺𝑰𝑹𝑬 - 𝑹𝒐𝒎𝒂𝒏𝒄𝒆 𝑮𝒂𝒚
RomanceNa cidade de Jacksonville. Jake Olive um garoto de 17 anos em seu último ano escolar junto de seus dois amigos. Jake presencia uma cena que lhe faz esconder mais sua sexualidade na escola. Enfrentando os conflitos de sua vida, seja pela falta de sua...