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Se Jake não estivesse tonto por causa da ardência em sua garganta, possivelmente ele teria pedido ajuda ou falado com Madley, mas ele se recusa voltar pra dentro daquela casa com tantas pessoas se esmagando uma contra as outras. O vento chicoteou seus cabelos, com pés leves e esticados ele espera estar tomando o rumo certo pra casa. Seu sistema não lida bem com a última bebida que ingeriu, seu peso é leve uma pena levada na direção do vendo decaindo e tropeçando entre os passos. Seu rosto é manchado de lágrimas, ranho e suor que Olive limpou na manga da jaqueta.
Ele pode reconhecer que seu corpo não está bem e que seus reflexos diminuíram, sua visão está distorcida e seu peito queima como o inferno na terra. Quantos copos ele tomou? Oque aconteceu pra ter chegado até aqui?
Em qual rua ele está? Ele não se lembra, essas casas parecem tudo iguais. Um tanto cheias como um balão outras finas quase como palito de dente, Jake não pode evitar rir ao perceber isso. Sua pele o lembra da coçeira, ele arranha seu peito e em algum momento a corrente ele mesmo que arranca de seu pescoço. Tudo é tão leve pra ele e ao mesmo tempo desesperador em segundos, névoas em sua cabeça, borrões negros em sua visão e saliva escorrendo. Ele não consegue engolir, é impossível, tem algo em sua garganta que não o deixa ao menos engolir. Jake se encontrou muitas vezes caído no chão, ele respira e aperta seus olhos tocando leve e dizendo á si mesmo que ele tem que forçar seus joelhos e manter-se de pé.
Suas dores ninguém pode ouvir na calada da noite, ruídos molhados e desconexos, assim como seu raciocínio. Os cílios pendidos pra baixo, leve como um papel ele decai na calçada deserta, os braços dormentes. De qualquer modo, o escuro levou-o. O brilho do poste daquele avenida não o impediu de ser levado pelo sono induzido, sua língua é amarga e a última coisa que se recorda é de engolir o bile espesso em sua garganta seca. O céu de crepúsculo enevoado voam pelos seus olhos turvos, rua tão deserta que ninguém notará um garoto de cabelos loiros ondulados e brilhantes com lágrimas escorridas de seus olhos. Trêmulo, boca seca e pulos em seu coração tão rápidos. Na noite ninguém ouve os ruídos de sua boca com ardor, a luz inunda seu campo de visão em segundos.
O chamado, uma ou duas vezes faz levantar sua cabeça na direção da lanterna apontada para si. Ele reconhece a voz fina. Segurando a coleira de seu cão, fitando seu vizinho caído no chão moribundo e aos prantos.
— Jake, por que você está caído no chão? — Melinda indaga desconfiada do sujeito, olhos vermelhos e inchados e rosto febril. Olive parece um desordeiro.
Jake olha para os dois lados, nenhuma dessas residências parece com sua casa.
— uhg! — Olive arrotou com olhos vagos pra baixo. — acho que me p-perdi...
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𝑫𝑬𝑺𝑰𝑹𝑬 - 𝑹𝒐𝒎𝒂𝒏𝒄𝒆 𝑮𝒂𝒚
RomanceNa cidade de Jacksonville. Jake Olive um garoto de 17 anos em seu último ano escolar junto de seus dois amigos. Jake presencia uma cena que lhe faz esconder mais sua sexualidade na escola. Enfrentando os conflitos de sua vida, seja pela falta de sua...