❝ A dor de cabeça do outro dia ❞

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     O dia da início a tantas coisas que Jake não se concentra em apenas uma, o canto dos pássaros perto de sua janela entre aberta, o raio de sol em uma linha bronzeando sua perna pendendo no colchão. Olive não cede nenhum desses incômodos, nem o barulho crepitante dos nervos de seu cérebro ao despertar com os efeitos colaterais do álcool. Então para os ruídos serem mais insuportáveis, aumentando sua dor, o despertador toca e treme sob a cômoda de madeira. Jake sente como se sua cabeça estivesse aberta, que o travesseiro era a única coisa segurando-o. O mau hálito mistura-se com o gosto amargo em sua garganta subindo e se transformando no cheiro ruim.

    Com a brisa da janela o loiro ergue seu braços até o despertador com um ganido sonolento, ignorando a dor repentina em seu corpo e os zumbidos cruéis em sua cabeça. Seu corpo se ergue e seus olhos voam ao clarão de sua janela, ele murmura algo que nem ele mesmo compreende e anda lentamente pela casa. Sua garganta queima e Jake sente-se envenenado, talvez ele esteja mentindo pra si mesmo quando em sua consciência convence a si mesmo que nunca mais irá beber em sua vida. Seus braços estão moles e suas pernas estão cedendo ao chão frio, curvado na altura do vaso, a náusea é um peso em seu estômago indo para sua garganta caindo na privada e voltando. Ele se queixa, o lado do rosto caindo contra o braço.

    Outra onda e ele vomita novamente com gotas grossas de algo transparente e grudendo, é nojento. Jake limpa a boca no segundo em que sente o estômago vazio, a sensação não é boa, mas é melhor do que as ânsias de vomito. Enfermo e tonto ele tenta se manter de pé, a bancada branca é seu sustento. Seu corpo pende para os lados, ele sente o calor rastejando pelas roupas que usa. Ele dormiu assim? Ele não tem idéia. Seus olhos turvos, fundo e grotesco.


      — Ah, porra...que nojo. — Ele tira mexas de cabelo grudadas em sua bochecha suada, ele joga para trás aqueles fios úmidos. Girando o registro para ligar seu cérebro lento e confuso, Jake lavar seu cabelo com sabão, ele continuará do mesmo jeito. Sua linha de pensamento entre dormir e ficar acordado é tênue, seu peito dói. Não parece ser mal estar, é dor. Ele olha para baixo, entre seu peito e está levemente vermelho com um roxo pequeno. Alguém o bateu? Ele caiu?

    A ponta de seus dedos esfregam lentamente o meio de seu peito, não dói tanto quanto ele pensa é um leve desconforto se for sincero. Ele morde a bochecha inconsciente, perdido em seus pensamentos repetindo a si mesmo no tempo que escova seus dentes e observa seu reflexo acabado. Somente por uma noite, e ele ficou assim. Olive pensa em outra coisa, em menos de um segundo ele reflete sobre seu aniversário. Ao mesmo tempo que parece ser animador é assustador, a sensação de não ter feito nada importante ou significativo em toda sua vida é constante. O medo da responsabilidade, sentir-se velho com apenas dezoito anos.

     Mas a liberdade, tomar suas próprias decisões e pensar na vida adulta. Oque é engraçado, Jake acha que ainda tem aparência de seus dezesseis anos. Olive não é um garoto esperançoso e otimista, ele não espera que seu dia seja mágico ou tenha horas felizes, mas ele quer acreditar que seus dezoito anos serão os melhores de sua vida. Ele cuspiu o branco espesso, lavou sua boca e gargarejou até não ter mais nenhum resquício de pasta. Ele voltou para seu quarto, fechando a porta de seu quarto e escolhendo as roupas para seu habitual dia na escola.

𝑫𝑬𝑺𝑰𝑹𝑬 - 𝑹𝒐𝒎𝒂𝒏𝒄𝒆 𝑮𝒂𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora