Me abrace e nunca me solte

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Capítulo ainda não revisado.

Wang Yibo descansou a caneta de tubo transparente e bocal azul sobre a superfície lisa da carteira. Seus miolos estavam fervendo com cada pergunta difícil e contas mais difícil ainda para ele calcular e resolver na prova. Sim, ele já havia dito no passado o quanto ele odiava a matemática, não é? Essa matéria sempre seria um inferno para ele.

O professor de matemática que o havia chamado 'indiretamente' de "burro", foi o mesmo que passou as duas provas avaliativas de gestão e contabilidade para as cinco turmas de administração empresarial da universidade. Yibo sentiu o olhar atento do homem sobre ele o tempo todo em que estava fazendo sua prova. Isso era incômodo, Yibo odiava se sentir observado pelos outros e não gostava quando as pessoas ficavam lhe encarando sem motivos.

O castanho emitiu um som como se estivesse limpando a garganta, para ver se assim o homem mais velho se tocava e parava de olhar para ele fixamente daquele jeito. Yibo suspirou baixinho quando percebeu que seu gesto não significou de nada e o professor de matemática continuava encarando ele do mesmo jeito fixo.

— O quê? — Yibo franziu a testa, pegando o professor de matemática de surpresa por sua pergunta feita de forma brusca.

O homem tossiu levemente e endireitou sua postura. Ele olhou para Yibo parecendo envergonhado de ter sido pego no flagra pelo menino mais novo.

— Já terminou sua prova? — Desconversou, vendo Yibo estreitar os olhos bonitos de corça para ele. O homem se impediu de achar que seu 'aluno' e um 'homem', era muito fofo e muito bonito para a sua própria insanidade. E ele era hétero, não era? Reto igual uma régua.

— Se eu já tivesse terminado não estaria mais aqui. — Yibo falou o óbvio, vendo o homem assentir para ele ainda meio sem jeito.

Eu, hein... Que professor estranho. — Yibo pressionou os lindos lábios cheinhos, olhando com desconfiança para o homem de pé, parado na frente da carteira dele.

— Yibo, podemos conversar a sós depois que você terminar a sua prova? — O professor de matemática lhe perguntou, seu rosto sério não expressando mais nada além de sua típica e costumeira rigidez.

— Por quê?

O homem suspirou.

— Não se responde uma pergunta com outra, garoto.

Wang Yibo deu de ombros, passando a língua levemente pelos lábios para umidecê-los. Sua boca estava seca e seus lábios estavam começando a ficar ressecados. Ele não perdeu o olhar esquisito do professor de matemática na boca dele.

Aiya! — Yibo franziu a testa novamente, sentindo-se irritado.

— Preciso falar sobre suas notas ruins em minha matéria. A não ser que prefira fazer isso na frente de todos.

— Você acabou de anunciar na frente de todos. — Yibo resmungou, escutando alguns sons de risos atrás dele. O menor deu de ombros novamente sem se importar com a opinião alheia.

— Depois da prova, me encontre na sala da coordenação. — O professor de matemática avisou por fim, não querendo discutir mais nada ali dentro da sala de aula, desviando seus olhos escuros e chatos do rosto bonito do herdeiro dos Wangs.

— Mn. — O estudante murmurou contra sua própria vontade e assentiu com a cabeça.

— Ei, Yibo! Vai levar esporro do fêssor aí? — Hao Xuan riu atrás das costas dele e olhou com diversão para o rosto sério e franzido de Yibo. Seu primo ficava tão fofo emburrado daquele jeito, ele tinha que ver como suas bochechas ficavam ainda mais cheinhas, projetadas como as bochechas fofinhas de um Ésquilo com a boca cheia de comida.

Seis meses para o amor!Onde histórias criam vida. Descubra agora