𝐗𝐈𝐈𝐈

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Alice chegou em casa de madrugada naquele dia, sua mãe já estava dormindo quando chegou. No domingo a Diniz mais velha a perguntou como foi, na esperança da mesma estar começando a gostar do Japão.

Alice a contou como foi, claro, sem a parte do beijo. Não se sentia a vontade para contar essas coisas para sua mãe.

Entretanto, no domingo ficou conversando com Chifuyu por mensagem, já que haviam trocados os números na noite anterior.

Ficaram conversando o dia inteiro praticamente, Chifuyu a contou diversas coisas sobre si, como que ele tinha um gatinho de estimação, seu nome era Peke J.

A mãe de Alice viu que a mesma ficou trocando mensagens com alguém no domingo todo, aquilo a deixava feliz, já que não gostava de ver sua filha triste desde que se mudaram para o país oriental.

E a segunda-feira chegou, fazendo-as voltar para a rotina normal. Alice acordou cedo para lavar os cabelos e conseguiu encontrar com sua mãe de manhã, antes de ambas saírem de casa.

𑁋 Alice, aprendeu a usar hashis? 𑁋 a mais velha perguntou vendo sua filha usar os hashis sem a menor dificuldade.

𑁋 Uhum.. 𑁋 ela concordou pegando um pouco de arroz e o colocando em sua própria boca.

𑁋 Quando aprendeu?

𑁋 Esses dias mesmo.

𑁋 E.. quem te ensinou? 𑁋 perguntou fazendo Alice olha-la por alguns segundos antes de responder.

𑁋 Um colega 𑁋 se levantou e pegou suas coisas, as deixando na pia 𑁋 Quando voltar da escola eu lavo.

Foi até seu quarto arrumando sua mochila e indo escovar os dentes. Calçou seus sapatos, despediu de sua mãe e saiu de casa.

Estava indo mais cedo pois passaria no mercado que havia no caminho da escola para comprar algo para comer. Sua mãe lhe dava dinheiro regularmente, então poderia comprar algo sempre que quisesse.

Comprou duas coisas que lhe chamou a atenção, na verdade a embalagem lhe chamou a atenção. Duas bebidas que se pareciam com leite fermentado com sabor de uva e um pacote que vinham com três mochi's de sabores diferentes.

Alice sempre achava as embalagens chamativas, então tinha vontade de provar o que tinha dentro delas.

Abriu o leite fermentado e foi tomando no caminho da escola, mas foi interrompida por uma pessoa que ela não queria ver; Inoue.

𑁋 Bom dia, Alice-chan! 𑁋 Inoue disse em inglês, o que a fez se surpreender.

𑁋 Ah.. bom dia 𑁋 ela o respondeu por educação 𑁋 Não me chame pelo nome, por favor.

𑁋 Mas no seu país não se chamam pelo nome? Então, se quiser pode me chamar pelo nome também! Você sabe meu nome, né?

𑁋 Não estamos no meu país. Além de que não temos intimidade para você me chamar pelo nome.

Foi grossa, claro, não o queria por perto. Ele levantou as mãos em sinal de rendição e olhou para o que ela estava bebendo.

𑁋 Vejo que você gosta bastante de uva, já que comprou um suco de uva esses dias. 𑁋 ela o olhou e arqueou uma sobrancelha, aquilo estava começando a assusta-la.

Ela decidiu não respondê-lo, voltou a andar, já que não gostaria de chegar atrasada. Pegou seu fone de ouvido na mochila e conectou em seu celular, os colocou nos ouvidos logo em seguida para Inoue se tocar que não deveria incomodá-la mais.

Entretanto, ele foi acompanhando-a até a escola. Ele andava atrás dela como se fosse uma sombra, aquilo a deixou levemente desconfortável, mas fingia não se importar.

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Por sorte, ao chegarem na escola, Inoue a deixou em paz, já que viu Chifuyu e Baji o olhando feio. Inoue temia a Toman, gangue de Chifuyu, mas não ele.

Na parte da manhã, Alice ajudou seus colegas a confeccionarem os materiais necessários para a feira de ciências, que seria na semana seguinte.

Ajudou-os a pintar todas as partes dos bois que foram desenhados. Ela adorava pintar, já que tinha um pequeno perfeccionismo em deixar tudo perfeito.

Mesmo que não se comunicando direito com Alice, alguns de seus colegas a ajudavam, já outros não faziam questão de tentar formar uma boa relação com a novata, principalmente depois de saberem que a mesma não falava japonês.

O almoço chegou rapidamente, até lá Alice já havia terminado de pintar as partes do boi. Agora era só esperar secar.

Comprou um suco para si e logo se encontrou com Baji e Chifuyu para almoçar, mas notou algo, Chifuyu não olhava em seu rosto. Ele.. estava com vergonha de olha-la.

Baji usava o tradutor para se comunicar com ela, já que achava melhor assim. Eles comentavam sobre o festival do final de semana.

Entretanto, Keisuke disse que teria que resolver algo e se levantou, deixando Alice sozinha com Chifuyu. O clima estava estranho.

𑁋 O que aconteceu, Chifuyu? Está com vergonha de mim? 𑁋 ela perguntou o olhando.

𑁋 Ah.. não é isso 𑁋 olhou para ela, mas não conseguia manter o contato visual.

𑁋 Então o que é?

𑁋 É que sempre que te olho.. eu lembro do que aconteceu sábado 𑁋 ele disse não contendo a vermelhidão em suas bochechas, o que a fez rir.

𑁋 Não consegue me olhar por causa do beijo? 𑁋 ela continuou rindo enquanto o via assentir com a cabeça 𑁋 Então você gostou? 𑁋 ele assentiu com a cabeça.

𑁋 Eu queria te perguntar.. 𑁋 olhou para ela 𑁋 Por que no começo do beijo você usou a língua?

𑁋 A língua? 𑁋 riu minimamente 𑁋 No meu país beijamos assim, usando a língua. Se chama beijo francês, ou beijo de língua, como é mais conhecido 𑁋 riu.

𑁋 Sério? E.. é bom?

𑁋 Quer que eu te mostre? 𑁋 deu um sorriso de canto.

𑁋 Aqui?!

𑁋 Onde você quiser 𑁋 riu minimamente 𑁋 Te ensino a beijar usando a língua rapidinho. Claro, se você quiser.

𑁋 Aceito o convite 𑁋 mesmo tímido ele respondeu ao flerte dela 𑁋 Irei te cobrar.

𑁋 Pode cobrar sempre que quiser 𑁋 deu um sorriso de canto e ouviu o sinal tocar, indicando para voltarem para suas próprias salas 𑁋 Bom.. até depois, Chifuyu.

Ela se aproximou, roubando um selinho dele antes de se levantar e ir para sua sala. Claro, ninguém viu...

... Continua.

𝐀𝐋𝐄́𝐌 𝐃𝐀𝐒 𝐏𝐀𝐋𝐀𝐕𝐑𝐀𝐒; Chifuyu MatsunoOnde histórias criam vida. Descubra agora