One-Shots de Genshin Impact

Nunca vou te dizer como eu te amei - Lynether.

Notas da Autora

Sentimentos de Lyney em relação a tudo que aconteceu naqueles momentos torturantes sobre a traição

Espero que gostem dessa nova jornada, novamente podem mandar pedidos, de qualquer shipp, ou até mesmo solo, que não seja meio criminoso.

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De repente parou de fazer sentido tudo o que haviam passado até aquele momento, não deveria se importar tanto com a opinião de um cara que conheceu há tão pouco tempo, mas mesmo assim seu coração pesou, e ele tentou, Arcontes, como ele tentou, seus olhos brilharam em desespero, suas cartas no chão, sem mais truques, só ele, só Lyney, e se Aether não pudesse o ver como apenas Lyney nada mais faria sentido, ele não percebeu que suas mãos tremeram vendo o olhar frio cheio de dor, traído, que o recebeu e tudo bem Aether ficar bravo, ele tinha toda razão de estar bravo, e Lyney faria qualquer coisa pra que ele pudesse ao menos encara-lo de novo, sem aquele olhar, ele faria de tudo por ele, mesmo se Aether só quisesse o usar, ele faria, o motivo dele não ter contado desde o início o que ele era pra Aether o atingiu rapidamente, ele não queria que ele o odiasse, mas agora o que adianta? Ele o odeia do mesmo jeito, se for preciso ele cairá de joelhos e vai implorar, não tem nenhum problema, se Aether quiser ele vai se submeter a ele pra conseguir perdão, pelo menos isso sempre da certo quando Pai está com raiva por uma missão mal sucedida.

Ele vai fazer de tudo, até implorar aos pés do viajante pra não receber aquele olhar, o olhar de pura decepção, o mesmo olhar que sua mãe dava a ele quando usava seus truques pra roubar carteiras e comprar comida com dinheiro roubado antes dela morrer, o mesmo olhar que amaldiçoou Lyney pela vida inteira, o único olhar que ele jamais esqueceria, porque no final todos acabam decepcionados com ele, por isso ele tem tanto medo de assumir a posição de Pai.

- Aether por favor, me escute, eu não tenho nada mais a esconder de você, minhas cartas estão no chão, sem mais truques, só eu, eu imploro seu perdão, você tem todo o direito de sair e nos abandonar como advogado, mas por favor - não abandone a mim - Eu peço desculpas, por não ter te contado este detalhe eu só - Tive medo - não achei necessário mencioná-lo, espero que me perdoe, eu faria de tudo pelo seu perdão - Arcontes ele é tão patético, nem assim ele consegue contar o que realmente sente a Aether.

- Sabe qual foi o pior? O problema não era pela grande maioria o fato de vocês serem Fatuis, mas vocês esconderam isso de mim, o que eu deveria pensar Lyney? Tudo que os Fatuis fizeram contra mim, e de repente dois deles se aproximam de mim sem revelar que fazem parte daquele grupo e tentam virar próximos a mim, o que eu deveria sentir Lyney? Eu não acredito que acreditei mesmo que eram meus amigos. - A voz do loiro carrega uma mágoa inconsolável, ele se sentiu traído, se sentiu vulnerável.

Não, Não, isso não tá certo, isso ta errado, nunca foi pra se aproximar deles em troca de algo, eles são amigos, ele não fingiu ser amigo dele, ele quer Aether como seu amigo, ele se arrepende por não ter contado - Não, você entendeu tudo errado, nunca foi em troca de alguma coisa, eu não me aproximei pra tentar tirar vantagem de você, eu quis ser seu amigo eu Juro Aether, acredite em mim - Ele implora, ele quer que o viajante acredite nele, ele não fez por mal, ele nunca faria mal pra Aether, nunca.

- Como? - A resposta vem imediatamente, em um tom de raiva, ele tem razão, como Aether poderia acreditar nele se ele tem mentido sobre sua verdadeira identidade por todo esse tempo, Lyney não merece perdão, ele nunca mereceu, mas mesmo assim ele quer Lyney é egoísta, mas mesmo assim seu olhar encontra o de Aether em uma súplica, ele implora pra ele acreditar mais uma vez nele, talvez o loiro seja uma pessoa gentil ou boa demais, porque ao ver as lágrimas nos olhos do mágico sua expressão raivosa vacilou - Eu vou terminar esse julgamento, e após isso, eu espero nunca mais ver a sua cara de novo - Isso dói, as palavras dele doem mais que as surras que ele recebe quando uma missão vai por um caminho errado, dói mais que antigamente quando passava fome, seu coração simplesmente despedaça, mas ele não pode exigir nada, Aether já ajudaria muito apenas assim, mais do que ele merecia com certeza.

Então o julgamento acaba, ele e Lynette são considerados inocentes, é estranho, ele devia se sentir feliz com isso, mas a única coisa que ele pode fazer é agradecer o viajante antes que ele o dê as costas e saia, ele se sente triste, mais triste que normalmente, mais vazio que normalmente, parece que algo dentro dele quebrou de novo, mas dessa vez ele sabe que não têm concerto.

Nem mesmo quando ele consegue se aproximar de Aether na Fortaleza, nem mesmo quando eles trabalham juntos em prol de um objetivo em comum, nem mesmo quando Aether o ajuda com uma feição preocupada quando Sigewinne o acerta, nem mesmo quando ele recebe um abraço do viajante depois de tudo, nem mesmo quando ele já está em paz dentro de seu quarto chorando pela falta que ele fazia, sobre como ele nunca seria capaz de o perdoar totalmente, então ele percebe, é amor, o único sentimento capaz de dilacerar um coração perfeitamente saudável, o único sentimento que aparece sem ser desejado e sem estimativa de sair.

Mas ele nunca poderia contar a Aether sobre isso, não agora que sabe que o garoto tem sempre uma centelha de desconfiança sobre eles, não quando escutou falar sobre outro homem com tanta paixão em sua voz com sua pequena companheira, Aether nunca vai saber como ele o amou desde a primeira vez que o viu, ele nunca teve chance, desde o começo quando viu aquele garoto que brilhava mais que o sol, ele soube que não o merecia.