O Destino da Rainha

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Quando os portões de Hel estão abertos
O sol se levanta
Renascendo do inverno profundo
com Höðr





Sasuke segurava com cuidado os filhos recém-nascidos em seus braços. Seu coração estava repleto de uma mistura de emoções. Uma alegria pura inundava todo o seu ser, de uma forma que ele nunca tinha experimentado antes.

Os bebês, que haviam sido nomeados como Sarada e Ragnar, eram tão pequenos, indefesos e completamente dependentes dele, e essa responsabilidade era assustadora e ao mesmo tempo incrivelmente gratificante.

Sarada tinha fios de cabelos negros e olhos negros semelhantes aos do pai, enquanto que Ragnar tinha cabelos loiros, porém olhos verdes como os da mãe. Ambos os bebês tinham a pele iluminada; eram elfos de luz.

Sasuke achava que depois de se casar com Sakura, jamais experimentaria um amor e felicidade semelhantes por outro alguém. Estava enganado, pois agora, com seus filhos em seus braços, descobrira sentimentos tão puros quanto os que sentia por sua esposa.

Enquanto olhava para os rostinhos frágeis e inocentes dos seus filhos, Sasuke sentia uma profunda gratidão por Sakura, aquela que havia tornado aquele momento possível. Ele prometia a si mesmo proteger e cuidar dos pequenos tesouros que agora faziam parte de sua vida.

O momento foi interrompido por um guarda, que informava que todos já estavam presentes para a reunião.

Sasuke trocou olhares com Sakura. Ela ainda precisava se recuperar, e graças a seu corpo élfico, não demoraria muito.

– Majestade, todos os convidados já estão presentes e o aguarda.

– Diga a eles que aguardem a recuperação da rainha. – ordenou Sasuke.

Antes do guarda sair, a voz de Sakura o fez parar.
– Espere. – ela olhou para Sasuke, antes de continuar – Vocês podem começar a reunião sem mim. Irei precisar de mais tempo para me recuperar.

– Tem certeza? – Sasuke perguntou.

– Sim. – disse Sakura em um sussurro.

Sakura sentia no íntimo que chegava a hora de enfrentar seu destino. Tinha o dever de enfrentar a morte e retornar como uma deusa. Embora soubesse que estava sendo egoísta por não compartilhar nada disso com Sasuke, simplesmente não conseguia fazê-lo.

Não queria que ele vivesse na expectativa constante de seu retorno, pois se ela não conseguisse voltar, sabia que Sasuke jamais superaria a angústia, viveria ansiando por ela, e sua paz se perderia para sempre.

O conhecia bem a ponto de saber que ele a esperaria pela eternidade.

Se continuasse como estava, e caso falhasse em retornar, talvez ele com o tempo aceitaria que ela havia partido, e poderia encontrar alguma forma de seguir em frente.

E assim, com seus pensamentos pesados e decididos, Sakura sentia-se finalmente pronta para cumprir a missão que havia aceitado, mesmo que isso significasse partir sem um adeus.

Sasuke não imaginava o que realmente estava acontecendo com ela e não a questionou, apesar de sentir uma sensação estranha. Ele lhe entregou os gêmeos com cuidado e se despediu dela com um beijo, desejando que ela estivesse bem logo.

Antes de sair do quarto, Kushina entrou com pressa e olhar cheio de expectativa para Sakura. Ela fez uma reverência a Sasuke, que assentiu.

– Majestade, eu vim a pedido para a reunião, desculpe o atraso... Mas agora peço mais alguns minutos, preciso ter um momento com meus netos. – pediu Kushina.

Wings of Love (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora