Descobertas

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Fuja da luz dos elfos
Ela pode derrubá-lo
Ou fazê-lo voar...


Na noite anterior, depois de pedir desculpas a seu povo e aos membros da elite élfica, Sasuke sabia que aquilo ainda seria comentado por todo o reino. No entanto, nada disso realmente o incomodava. O que o atormentava era as lembranças do conflito que teve com sua esposa e como ele não conseguia verdadeiramente sentir raiva dela; ele apenas detestava a situação toda, e também se arrependia da maneira como a tratara. 

Não deveria ter ameaçado-a de uma forma tão desagradável. E se ela o chamasse de monstro, ele se ajoelharia a seus pés e imploraria desculpas por ser quem era.

Percebeu que ela tornou-se o centro de seu mundo desde que a conhecera, e ama-la deu um novo sentido a sua vida. Era um sentimento arrebatador, puro e também sedutor, que o fazia sentir-se imensamente feliz apenas por estar ao lado dela e compartilhar a vida juntos, ao passo que a distância deixava seu coração aflito.

Ter se apaixonado por Sakura foi algo que fugira totalmente de seus planos, mas ao mesmo tempo parecia algo natural e destinado, como se ambos tivessem nascido para se encontrarem e pertencerem um ao outro. Sasuke agora não tinha dúvidas de que ela era sua alma gêmea. 

Pôs a quarta garrafa de Hidromel sob o criado-mudo ao lado de sua cama, e se recostou no travesseiro afim de tentar dormir. Como tinha conhecimento de que não iria cair no sono tão facilmente, fechou os olhos e chamou telepaticamente as pequenas fadas que viviam no bosque do Castelo.

Em poucos segundos ouvira o bater das asas daquele serzinhos iluminados na janela, nem mesmo precisou abrir os olhos para vê-las ou dizer-lhes o que precisavam fazer, porque elas já sabiam. E então começaram a cantar. A doce melodia que elas criavam como mágica junto com as vozes suaves logo o fazia cair lentamente no sono.

Depois de uma noite perturbada por pesadelos dos quais Sasuke não se lembrava, mas que havia um resquício de memória de que eles se tratavam de Sakura, o lorde decidira que naquela manhã iria pôr um fim ao mistério sobre o passado de sua esposa.

Antes do amanhecer, enviou uma carta para Naruto, avisando-o que iria para Lennóiren naquele mesmo dia e que o esperaria no Castelo para partirem juntos.

O tempo em que o aguardava foi o suficiente para fazer seu desjejum matinal, do qual pediu aos seus criados que lhe servissem em seu aposento particular.

Logo depois, se reuniu com Madara para discutir assuntos sobre o Reino. Também ouvira reclamações do conselheiro sobre Sasuke não impor-se sobre a esposa, mas Sasuke fora rude ao mandar o mais velho calar-se. Não queria ouvir nem mais um A sobre aquele assunto.

Dentro de algumas horas o soberano soube que Naruto chegara ao Castelo, mas não veio à seu encontro de imediato.

Soube que ele estava no pátio, com Sakura.

Não era algo que deveria incomodá-lo quando os viu no jardim, se divertindo com alguma conversa, enquanto ele os observava. Mas Sakura parecia tão bem, tão despreocupada, será que era tão fácil para ela não pensar nele?

- Estou dizendo, Sakura, foi assim que consegui derrotar um Orc sozinho. - o loiro contava suas travessias para aquela com quem nutria um inexplicável afeto de irmão.

- Desculpe, não é fácil para mim imaginar esta cena. Tem certeza que foi assim mesmo?! Um Orc derrotado dessa forma? - Sakura ainda controlava o riso, não querendo ofender o elfo de olhos azuis caso ele estivesse falando a verdade.

Foram agora sentar-se em um dos bancos que estava em frente a fonte onde a estátua de uma mulher nua segurava uma jarra, e desta saía água em abundância. Era uma bela imagem.

Wings of Love (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora