Capítulo 7 - Isso É Amor, Evan!

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Depois de anos adquiri o hábito de comer no restaurante do prédio com o restante dos colaboradores. Estava tentando ser mais acessível e valorizar aquelas pessoas que tornavam o meu trabalho muito mais fácil. Lea tinha aceitado o trabalho no lugar da Kate nos Recursos Humanos, e novamente eu estava com uma nova assistente.

Tessa tinha começado há menos de um mês, mas levava jeito para o trabalho. Tinha experiência na área e era muito boa no que fazia. Quase não sendo necessário ter duas, mas eu já havia me adaptado àquela rotina, sem contar que Halen fazia um café excepcional.

— Ainda não consigo me acostumar em vê-lo todos os dias na hora do almoço. — Hans era diretor executivo e trabalhava um andar abaixo do meu. Ele tinha um sotaque alemão carregado, mas compreensível. — É estranho, parece que estou comungando errado na frente do Papa.

— Cansei de comer comida fria. — ele riu e sentou-se ao meu lado. Algumas mesas a frente estavam Cole e Alexa, sentados juntos e conversando animados.

— Que loucura essa história do Cole. — percebi que estava sendo indiscreto.

— De fato.

— Acha que os dois têm alguma coisa? — perguntou novamente, provavelmente notando que eu não parava de olhar.

— Eu espero que não. Seria inapropriado. — olhei para o homem que uniu as sobrancelhas, logo depois dando risada. Pelo que tinha ouvido havia um relacionamento entre ele e a assistente. Mais parecia algo sólido.

— Eu sugiro que use isso. — ele me estendeu um guardanapo. — Antes que a sua saliva caia sobre o prato.

— Não seja idiota.

Era terrivelmente desconfortável vê-los juntos. Seis meses tinham se passado desde o nosso último contato físico. Eu sentia falta dela com a minha alma. Como se dependesse daquela mulher para ter momentos felizes. Não me lembrava quando tinha sido a última vez que fiz algo diferente de trabalhar e lutar naquele meio ano.

— Eu aprendi uma coisa nos últimos meses. — ele conseguiu minha atenção. — Quando uma mulher consegue nos fazer sentir falta de coisas que sem elas não fazem sentido, significa que precisamos delas.

Havia um pouco de sentido na frase, mas eu já não podia fazer mais nada. Ela estava feliz, sorrindo à toa e conversando de forma animada.

O horário de almoço acabou e todos saíram, era como se a minha presença os intimidasse de alguma forma. Cole me cumprimentou ao passar por mim, ao lado da mulher que ocupava os meus pensamentos. O pior de tudo era assisti-la ser tão educada de forma impessoal, como se não conhecêssemos o corpo um do outro.

Alexa voltou para a mesa, em busca do celular que tinha deixado na cadeira. O elevador tinha subido e nos restou esperar. Sozinhos.

Ela pressionava os dedos, como na primeira vez. Aproximei-me o suficiente para sentir o cheiro que vinha dela. O andar estava pouco movimentado, depois do almoço a maioria ia ao banheiro ou voltava para as suas salas.

Quando as portas do elevador se abriram ela foi na frente. Entramos em silêncio e não havia intenção da parte dela em quebrá-lo.

Estiquei o braço e a toquei com a ponta dos dedos. O ombro estava exposto e percebi como a pele arrepiou imediatamente. Respirei fundo, tentando conter os instintos que pareciam animais.

— Sinto sua falta. — ela ficou em silêncio por alguns segundos.

— Eu também. — a resposta entrou me causando alívio.

— Quero te beijar. — ela virou-se para me encarar. — Preciso de você. Do seu corpo.

Ela não se afastou quando eu me aproximei. Toquei o rosto dela, tirando o cabelo. Estava nervoso por senti-la tão perto novamente.

Cicatrizes - Evan Maddox Onde histórias criam vida. Descubra agora