— Você tá nervosa? — Toto se inclinou para perguntar a Cassie, enquanto eles se sentavam nas cadeiras da sala de espera da clínica obstétrica — Porque eu tô.
— Não, eu nem tava pensando nisso — disse Cassie, secamente — Eu tava tentando pensar no que fazer pro jantar mais tarde.
A expressão de Toto se transformou em confusão quando ele virou um pouco a cabeça para a esquerda para olhar para a mulher sentada ao lado dele.
— Você não pode tá falando sério...
Cassie suspirou.
— Claro que eu tô nervosa, Toto. Eu tô tentando não tá, mas... Continuo pensando que algo tá errado, eu não sei por quê. Espero tá sendo só paranóica. Além disso, espero que nós... Descubramos o sexo hoje.
Cassie colocou uma das mãos na barriga. Ela estava começando a aparecer com mais clareza — não parecia mais que ela estava com gases ou de barriga cheia. Por conta daquilo, ela optou usar leggings e camisas longas para trabalhar, afinal, as calças e jeans de trabalho dela não serviam mais. Ela ainda não tinha começado a comprar roupas de gestante, mas ainda estava um pouco hesitante em usá-las, pelo menos até revelar a gravidez. Ela ainda não tinha contado aos colegas, decidindo fazer após o exame da 14ª semana que ela e Toto estavam aguardando naquele momento.
A gravidez parecia estar chegando a um estágio em que Cassie se sentia inegavelmente grávida, e não como se estivesse com uma gripe leve e persistente. O enjôo matinal havia parado, mas, em vez disso, Cassie sentia uma fome voraz e uma dor estranha nos quadris que o médico disse ser aparentemente um sintoma esperado. Ela começou a fazer algumas posturas de ioga para ajudar a aliviar a dor e descobriu a alegria de um banho quente todas as noites.
Já em relação ao sexo do bebê, os dois tinham discutido sobre aquilo quando a ideia de gravidez era apenas algo teórico — algo que ambos queriam e ansiavam, mas ainda não era realidade.
Tal como a maioria dos pais, a sua preferência era por um bebé saudável e o sexo era uma questão secundária. Ainda assim, isso não impediu Cassie de sonhar acordada com uma garotinha.
Ela nunca se deu bem com meninos, na maior parte do tempo. Ela sempre preferiu brincar com a irmã do que com o irmão e, até a universidade, o Jason era o único garoto com quem ela passava um tempo significativo. Ela estudou em uma escola só para meninas e, mesmo nos dias atuais, tinha um relacionamento muito melhor com a irmã do que com o irmão. E, embora fosse anedótico, ela se lembrava de que sua cunhada tinha muito mais facilidade com as três filhas do que Helena com Tommy. Ele era um menino doce aos 4 anos, mas era um terror quando era bebê.
Da parte de Toto, ele também esperava uma menina. A irmã dele tinha três meninos que ele adorava — e tinham sido muito legais quando Cassie os conheceu — mas disse que ele conseguia imaginar mais claramente uma filha do que um filho. Cassie também suspeitava que Toto provavelmente também tinha sido um pouco influenciado pelo comentário da mãe dele sobre querer uma neta.
Mas, se o destino deles era ter um menino, que assim fosse. Cassie só esperava que o bebê tivesse as covinhas de Toto.
Eles haviam agendado o exame de 14 semanas de Cassie para uma tarde durante uma semana sem corridas. Toto se sentiu tão mal por estar atrasado para o primeiro ultrassom de Cassie que fez a assistente dele bloquear o dia inteiro depois do almoço, e eles iriam ao apartamento de Cassie após a consulta para conversar sobre os preparativos para o bebê enquanto jantavam juntos.
Toto queria levá-la para a clínica a princípio, mas Cassie insistiu que cada um levasse seu próprio carro.
— O que as pessoas vão dizer se nos verem saindo da fábrica juntos, no seu carro, e mais cedo?
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Fácil de amar
FanficCassie Aldersey tem uma vida que ama. Ela tem um ótimo trabalho, uma vida social agitada, ela viaja com frequência - não é a vida que ela pretendia ter, mas ela nunca gostou de seguir as regras. Depois de um encontro que dá terrivelmente errado, ela...