Mary e George teriam um compromisso e o filho mais velho, Georgie, teria treino de futebol. Connie também não poderia cuidar das crianças porque estaria fazendo uma coisa que ninguém podia saber o que era (provavelmente jogar algum jogo de sorte). Então, Mary combinou com America, sua vizinha, para Sheldon e Missy ficarem lá por uma tarde.Sheldon estava quase se sacrificando para não ter que passar a tarde na casa da sua arqui-inimiga, o mesmo estava acontecendo com Melinda.
— Ah, mamãe! Por quê justo o Sheldon?! — resmungou, se jogando no sofá.
— Pare de reclamar, Melinda. A mãe dela veio aqui semana passada falar sobre o acontecimento do foguete que o Sheldon sem querer jogou no nosso quintal e ela é um doce. O Sheldon também é um anjinho.
— O quê?! Mamãe, como você pode dizer isso do Sheldon?
— Fique calada!
Lizzy desceu as escadas e apareceu do nada no meio da conversa, perguntando:
— Ei, mamãe. Sabe dizer se o George, o irmão mais velho do Sheldon vai vir?
— Não. Ele tem treino de futebol. Por quê?
— É melhor nem saber, mamãe.
America apenas deu de ombros e correu em direção à um espelho, para ter a certeza de que estava com cara de "mãe responsável", até que ouviu a campainha tocar.
— Uh, são eles!
Melinda revirou os olhos e se levantou do sofá.
— Oh, olá senhora Cooper! Boa tarde!
— Boa tarde, senhora Smith! Os meninos estão entregues — ela sorriu.
— Ótimo! Pode ter certeza que eles vão ficar ótimos aqui.
— Eu tenho certeza disso! Crianças, podem me esperar que às seis horas eu venho buscar vocês.
Sheldon e Missy entraram depois de deixar um beijo na bochecha da mãe e deixaram a mãe lá fora conversando com America. As duas mães ficaram conversando mais um pouco, até que Mary precisou ir e deixou definitivamente os dois gêmeos lá.
— E então, crianças? O que gostariam de fazer? — America perguntou.
— Eu quero brincar de boneca — Missy opinou — Melinda, você tem bonecas?
— Não tenho bonecas. Não muitas.
— Nossa, que sem graça — sussurrou.
— Eu tenho algumas bonecas no meu quarto — Lizzy disse — Quer que eu te mostre, Missy?
— Quero!
— Vocês vem? — Lizzy perguntou para Melinda e Sheldon.
— Não. Não estou afim de brincar de boneca — Melinda deu de ombros.
— Eu posso fazer o que a senhorita achar melhor, senhora Smith. Eu posso ficar quietinho no meu canto assistindo televisão, ou se você preferir, posso ficar sentado em uma das cadeiras da cozinha até minha mãe chegar, mas por favor, não me peça para brincar de boneca com elas.
America riu.
— Ora, Sheldon! Eu sei exatamente o que você pode fazer. Sua mãe me informou que você é muito ligado na física e na biologia, nada que não possamos resolver. A Melinda tem um monte dessas coisas em seu quarto, ela pode te levar até lá e vocês brincam juntos. Aproveitando que vocês tem os mesmos gostos, isso seria ótimo!
— Oh, não... não precis...
— Aliás, eu levo vocês até o quarto da Melinda! Tenho certeza que você vai adorar, Sheldon! Não é mesmo, querida?
Há essa altura do campeonato, Melinda não sabia mais o que fazer.
* * *
Os dois estavam ali no quarto de Melinda, parados, sem dizer uma palavra sequer para o outro. Até que Sheldon resolveu perambular pelo quarto, circulando e examinando os pertences de sua inimiga.
Chegou perto de uma bancada e encontrou uma réplica de uma estátua de um cromossomo. Ele a pegou pela mão e a examinou.
— Olha, que legal. Você tem uma...
— Não toque nisso!
Melinda correu até Sheldon e arrancou a estatueta de sua mão.
— Por quê eu não posso tocar nisso?
— Foi o meu prêmio da feira de ciências do ano retrasado, uma que eu participei quando ainda estudava em outra escola. Você pode quebrar. Esse é meu bem mais valioso.
— Mais do que aquele poster do Albert Einstein? — Sheldon apontou para o poster colado em um canto da parede.
— Muito mais.
Sheldon ficou calado por alguns segundos até dar de ombros e responder:
— Tudo bem, eu também tenho um desses.
— Mas e então? O que vamos fazer? — perguntou, Melinda.
— Nada. Não gostamos um do outro, não podemos fazer nada juntos.
— É, certamente.
— Sua mãe ficou muito chateada ontem? — Sheldon questionou.
— Pelo que? Por você ter jogado um foguete explosivo que destruiu grande parte do nosso jardim?
Sheldon a encarou com um olhar irônico.
— Ah, sim. Ela esbravejou o tempo todo, até sua mãe vir pedir desculpas.
— Compreensível.
— Claro. Mas qual foi o motivo de você ter jogado esse foguete no meu jardim? Por acaso foi algum tipo de vingança contra mim?
— Vejo que você é inteligente mesmo. Acertou.
Melinda bufou e se levantou de sua cama. Andou até uma gaveta e a abriu, pegando um jogo de laboratório.
— O que é isso? — questionou Sheldon.
— Um jogo de laboratório e experiências científicas. Podemos usar isso para passar o tempo.
Sheldon se levantou e analisou a caixa.
— Isso é perfeito. Eu posso ler o manual de instruções.
Enquanto isso, no outro quarto...
— Me fala, Missy. O que seu irmão curte? — Lizzy perguntou.
— Eu te respondo se você me emprestar aquela bebê que está na sua estante por uma semana.
— Nada que eu não possa fazer.
Lizzy pegou a boneca e deu para Missy.
— Agora pode me falar.
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𝐒𝐌𝐀𝐑𝐓 𝐆𝐈𝐑𝐋, sheldon cooper.
Fanfiction𝐌𝐄𝐋𝐈𝐍𝐃𝐀 Smith era apenas uma garotinha de dez anos de idade. Melinda era considerada uma das garotas mais inteligentes de todas, e morando na casa ao lado do garotinho Sheldon Cooper, isso não seria nada fácil. 𝐒𝐇𝐄𝐋𝐃𝐎𝐍 Cooper também er...