𝐒𝐌𝐀𝐑𝐓 𝐆𝐈𝐑𝐋, sheldon cooper.

𝐔𝐌 𝐂𝐇𝐎𝐐𝐔𝐄 𝐄𝐋𝐄́𝐓𝐑𝐈𝐂𝐎.

No dia seguinte, uma tragédia aconteceu. Melinda estava tentando fazer um experimento perigoso que havia descoberto e acabou tomando um choque elétrico. Seu pai pegou um cabo de vassoura e a afastou do condutor de energia, eles foram correndo para o hospital.

Quando Melinda acordou, já estava deitada na cama do hospital com seus pais e sua irmã ao seu lado. Sua mãe, America, chamou a médica e ela fez algumas perguntas para Melinda. Ela conseguiu responder à todas elas sem nenhum problema.

Melinda deveria permanecer no hospital em observação por três dias e vários parentes e amigos foram visitá-la. Não foi diferente com seus vizinhos, os Cooper. No final da tarde, eles foram visitar a garotinha. Mary ficou arrasada quando soube disso.

— Oh, meu Senhor! Me perdoe por ter chamado essa pobre garotinha de burra ontem, talvez isso tenha sido consequência das minhas palavras!

— Mamãe, pare de rezar para um ser que não existe e apresse o passo, papai já ligou o carro — Sheldon alertou a mãe.

* * *

O primeiro a visitar Melinda claramente foi o Sheldon. Os médicos disseram para ele colocar uma roupa para entrar no quarto. Quando ele entrou, encontrou Melinda parada olhando para a parede.

— O que está fazendo? — perguntou Sheldon, assustando Melinda.

— Ah, oi Sheldon. Você me assustou.

— Eu sei. O que está fazendo?

— Eu estava calculando, apenas. Estou entediada.

— É. Hospitais são bem chatos.

— Sim.

Um silêncio se estabeleceu e Sheldon se sentou em uma cadeira ao lado da cama.

— Como foi que isso aconteceu?

— Isso o quê?

— O choque elétrico.

— Ah, eu estava fazendo um experimento científico e acabou caindo água em uma tomada que fazia parte do experimento.

— Oh, isso deve ter doído muito.

— Eu não lembro, eu desmaiei.

— Hum.

Aquele silêncio voltou novamente.

— Mas pelo menos não aconteceu nada de ruim com você — ele disse.

Melinda franziu o cenho e sorriu.

— Não sabia que você conseguia ser gentil.

— O que você quis dizer com isso? Eu sempre sou gentil.

— Ah, é. Com certeza.

— Como você se sentiu ao acordar em um hospital? Deve ter sido assustador.

— Não. Fiquei grata por Deus ter me salvado do final trágico que eu iria sofrer se não tivessem me socorrido antes.

— Deus? — Sheldon perguntou.

— Sim.

— Quem te salvou foi o seu pai, não... Deus.

— Quem me salvou foi Deus, Sheldon — Melinda parou por alguns segundos — Espera aí, você não acredita em Deus?

— Você me pegou.

— Como você não pode acreditar em Deus, Sheldon? Ele é o senhor do universo!

— Eu não acredito em seres místicos, eu acredito na ciência, e vou continuar acreditando até meu último suspiro.

— Eu também acredito em algumas coisas da ciência, Sheldon. Mas isso não significa que eu não possa acreditar em Deus.

— Mas eu acredito na ciência, totalmente na ciência.

Os dois ficaram ali conversando por mais um tempo, até chegar a vez dos outros visitarem.