Jeon Jungkook
— Desce dois copos de uísque. Caraca, e aí, Jungkook! — Taehyung diz.
— E aí — Dou o pedido — Nunca te vi por aqui.
— É, primeira vez que venho — Ele justifica.
Talvez Park esteja aqui, ele estava falando com Taehyung mais cedo.
Ele deve estar me perseguindo mesmo. Vir justo aqui deve ter sido um truque para me ver.
— Ah, pra que lado é o banheiro, hein?
— Na minha direita, praquele lado — Aponto.
— Valeu — Ele dá uma piscada e sai em meio a multidão.
Alguns minutos se passam e... Puta merda.
Vejo meu ex, Nishiro, vindo em minha direção.
— O que deseja? — Pergunto. Estou trabalhando e devo agir como tal.
— Quero você, Jeon — Ele diz, sorrindo.
— Me deixa em paz, cara — Ele faz uma cara triste — Você tá ridículo.
— Eu vacilei mas eu te amo.
— Fazer uma merda dessas é o que você chama de “vacilar”? Não fode. Se não for pra comprar algo, sai daqui. Seu rosto de merda me dá dor de cabeça.
Sato Nishiro é um merda completo. Sua irmã, Ayaka, é uma mulher trans. Acho que já dá pra entender, né? Ele acha que a forma a qual ela se identifica tem algo haver com ele. Ele é quem mais a desrespeita, terminei com ele por isso.
Não suporto vê-lo agir assim, muito menos com alguém tão amável quanto Ayaka.
— Porra, cara. Eu até chamo ele de Ayaka, agora... — Ah, não.
— Nishiro, sai da frente — Jennie, de mãos dadas com Ayaka, diz.
Ele revira os olhos e sai.
— Aya, não deixe ele estragar sua noite, tá?
— Tudo bem, Jeon. Eu não ligo pra ele, de verdade — Ela sorri, mas consigo ver a dor em seus olhos.
— Bom, o que desejam?
— O que você quer, Jen? — Ayaka pergunta.
— Não sei ao certo... Pode ser uma tequila né, Aya? Você me contou que gostava.
— Sim — Ela responde, sorrindo tímida.
— Dois copos, né? — As duas afirmam com a cabeça e eu sorrio pela sincrionia — Se divirtam.
Fofas.
Alguns, digo, vários clientes depois, Park aparece.
— Oi, de novo — Ele diz, estreitando os olhos.
Aparentemente essa é uma mania dele.
— Oi, tá me seguindo? — O pergunto.
— Infelizmente, é o que parece.
— O que deseja?
— Ah, uma cerveja — De uísque a cerveja.
Ele pega e senta em uma das banquetas perto de onde atendo.
— Jeon, pode ir ver o que aconteceu com o Hoseok? Ele parece abalado, você é mais próximo dele — Yeji diz.
— Ah, vou lá. Cuida aqui pra mim — Digo e saio, entrando nos fundos.
Vejo Hoseok sentado mexendo no celular, com um rosto triste.
— Ei, você tá bem? — Pergunto, me aproximando dele.
No momento em que ele olha em meus olhos, começa a lacrimejar.
— Eu terminei — Ele diz, me abraçando.
— Poxa — Aperto mais nosso abraço — Eu sinto muito, mesmo.
— Terminei ontem, Jungkook — Ele se afasta — E o Jihoon tá com outro hoje.
— Puta merda, Hoseok. Sei que não é o momento pra dizer que avisei, mas já dizendo... Foi um livramento pra você — Digo, secando suas lágrimas.
— É, eu sei. Mas de qualquer forma, ele era tão bom comigo... Não sei o que fiz pra que isso acontecesse.
— Você não fez nada, absolutamente nada. Não é sua culpa que ele é um babaca.
— É... Espero que você esteja certo — Ele olha para o celular novamente.
— Ficar pensando nisso só vai te fazer mal, tá? Agora que acabou, acabou.
— Você tá certo. Ele era tudo pra mim, então é difícil superar assim... Mas vou tentar. Vai lá atender, desculpa atrapalhar seu trabalho... Precisava comentar sobre.
— Você nunca atrapalha, Hoseok — Digo, saindo do local.
Chegando lá novamente, vejo que Park tem companhia. Não que eu me importe, mas ele parece realmente bêbado e aquele cara não me parece muito decente.
— Obrigada por voltar, não suporto atender homens — Yeji diz, dando um soquinho no meu peito e entrando nos fundos.
— Ei, chefe — O cara que está com Park me chama — Duas cervejas.
— Pra já — Dando as cervejas, digo.
— Ei, Jeon! Oi... Que horas são? — Park pergunta, com uma voz solta, embolando as palavras.
— Meia noite e quinze — Digo, apontando para o relógio na parede.
— Ah... Tá — Ele sorri olhando para seu acompanhante.
— Quer ir pra minha casa? — Ele pergunta.
— Não tenho certeza... Tenho que avisar o Tae... — Ele cai na mesa.
— Caralho — O homem diz, me olhando.
— Melhor deixar ele aqui até algum conhecido dele vir — Digo o encarando seriamente.
Mesmo não tendo simpatia alguma por Park, não deixaria um cara aleatório levar ele pra casa nessa condição.
— É, eu acho — Ele me olha confuso.
Ele sai do local e eu ligo para Taehyung.
— O que foi? — Ele pergunta.
— Vem aqui no bar buscar o Jimin, ele tá desacordado — Digo enquanto o procuro em volta.
— Caraca, não pensei que ele fosse tão sensível a bebida assim. Tô indo, só deixa eu achar a Aya e a Jen.
— Não demora — Desligo.
Alguns minutos depois, ele aparece.
— Meu Deus, moleque — Diz à Park — Jen, me ajuda a levar ele pro carro.
Eles o seguram e tentam achar caminho em meio as pessoas.
Esse garoto não bate bem.
Notas finais
Oi, de novo. Espero que estejam gostando!
Sinceramente, não achei que esse capítulo tenha ficado muito bom, mas dei meu máximo para que ficasse o melhor possível.
Ah, não esqueçam de deixar a estrelinha, viu? Ajuda bastante.
Até o próximo capítulo :)
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Love Key | Jikook
FanfictionE se morar com seu rival fosse a única opção? Park Jimin é um jovem gay que passa por momentos difíceis após ser expulso de casa por sua família homofóbica. Ele é apoiado por seu amigo Min Yoongi, que conhece alguém à procura de um colega de quarto...