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Park Jimin

Bebemos até esvaziarmos a garrafa, conversando sobre nosso relacionamento conturbado na escola e rindo.

— Ei, quer nadar? — Ele sugere e não acho uma má ideia.

— Ah, quero. Mas não sei nadar — Confesso.

— Não sabe? — Ele sorri — Você não sabe de muita coisa mesmo, Park. Mas não tem problema, a gente fica no raso.

Ele tira a regata e dou de cara, novamente, com um corpo que faz com que eu me sinta sortudo por ser gay.

Ele fica mais bonito durante a noite.

— Vai ficar encarando? — Ele diz e percebo que estava o fazendo descaradamente.

— Ah, desculpa — Um pouco constrangido, viro de costas e tiro a camisa.

— Uau, quanto suspense — Ele diz e tira a camisa da minha mão, para colocar junto das nossas coisas.

Reviro os olhos e entramos na água, que não estava tão gelada quanto parecia.

Ele mergulha rapidamente na água apenas para molhar o cabelo e vai em direção ao mais fundo.

— Ei, não fica longe de mim — Eu digo.

— Ah, é. Desculpa aí — Ele vem minimamente mais para perto e faz sinal com a cabeça para que eu chegue mais perto.

Mesmo com medo de afundar do nada, vou o mais perto possível dele.

— Não é romântico? — Ele diz, se aproximando de mim e olhando pro céu.

— O quê exatamente? — Pergunto, mesmo já imaginando que seja a situação.

— Praia, vinho, a noite.

— Talvez — Digo e dou um mergulho apenas para molhar meu cabelo e rosto, assim como ele fez anteriormente.

Ele se aproxima de mim e bagunça meu cabelo molhado, o tirando do meu rosto.

— É lindo demais para que fique escondido atrás do seu cabelo — Ele tá bêbado a esse ponto?

— Dá pra parar com esses papos? — Eu digo, mesmo gostando de vê-lo assim, de certa forma.

— Ah, não sei — Ele sorri e me puxa pela cintura.

— Pode parando — Rio e o afasto enquanto ele faz uma cara de sofrido.

— Hum... — Ele geme e se afasta.

Ficamos na água mais algum tempo, até decidirmos que já havíamos cansado.

— Jeon, trouxe toalha de banho, né? — Antes de sair da água, o questiono, apenas para ter certeza.

Ele é idiota mas não ao ponto de esquecer uma coisa dessas ao ir à uma praia.

— Acha que sou burro? — Ele pergunta.

Sim, sem dúvida.

Saímos da água e, indo em direção às nossas coisas, percebo que não parece haver mais de uma toalha.

— Você trouxe uma toalha? — Pergunto.

— Ah — Ele coça a nuca e sorri — Sabia que tinha esquecido algo...

— Eu uso primeiro, já que você que esqueceu — Ele concorda com a cabeça e eu pego a toalha.

Após usá-la rapidamente, percebo que dificilmente a toalha vai servir de algo à Jungkook, já que a molhei ao me secar.

Mesmo assim ele a passa pelo seu corpo e, em seguida, a torce para que a água pingue.

Sinto o vento gelado soprando contra minha pele e minha bermuda molhada faz com que pareça mais frio do que realmente é.

— Senta aí e espera um pouco, vou chamar um táxi — Eu digo e ele obedece.

Antes do táxi chegar, nós colocamos nossas camisas e procuramos uma lixeira para jogar a garrafa vazia.

Entramos no carro e a viajem pareceu mais rápida do que imaginei que seria.

E então, ao entrarmos em casa, Jungkook se vira para mim.

— Vamos dormir agora? — Ele pergunta.

— Há algo mais que poderíamos fazer? — O questiono.

— Hum — Ele reclama e vai em direção à seu quarto.

Chegando na porta, parece hesitar e se vira para mim, mas não fala nada e entra em seu quarto.

Decido fazer o mesmo e entro em meu quarto, procuro um pijama confortável e me deito para dormir como se não houvesse amanhã.

Acordo com uma leve dor de cabeça e hesito em sair da cama, mas ao tentar pegar no sono novamente percebo que não é possível.

Saindo do quarto, vejo Jungkook sentado no sofá enquanto balança sua perna de forma inquieta, o que o faz parecer ansioso.

— Park — Ele me chama assim que percebe minha presença — Desculpa.

— Ah — Coço minha nuca e imagino o porquê das desculpas — Tudo bem, você tava bêbado, né?

— Um pouco... Mas não é justificativa. Me desculpa se te deixei desconfortável, tá? Não sei o que eu tava pensando — Ele diz e percebo na sua voz que realmente se sente culpado.

— Tudo bem mesmo, Jeon.

Eu não me senti desconfortável, não exatamente.

— Mudando de assunto, tô morrendo de dor de cabeça, você também? — Ele pergunta.

— Um pouco. Tá se sentindo assim com razão, hein? Macetou aquela garrafa quase que sozinho — Eu digo e ele sorri, esfregando os olhos.

— Comprei remédio — Ele aponta para a mesa de centro com a cabeça.

— Valeu — Digo pego uma cápsula.

Antes de colocá-la na boca, vou em direção à cozinha e encho um copo de água para que engolir no seco não seja preciso.

Notas finais

Oi, gente.
Acho que a partir de agora vou postar dois capítulos por semana.
Lembrem de deixar seu voto e, se quiser, opiniões sobre a história ;)

Love Key | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora