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Jeon Jungkook

— Tava pensando em almoçarmos hambúrguer hoje, o que acha? — Sugiro, já que já chequei alguns lugares que entregam.

— Pode ser — Ele olha para o relógio e parece surpreso — Já são quase 14h, você esperou tudo isso pra gente comer junto?

— É, achei que seria um pouco desrespeitoso não te esperar, sei lá... — Falo a verdade.

— Beleza, encomenda aí que eu vou tomar um banho rapidinho — Ele diz e eu apenas concordo com a cabeça.

Após alguns minutos, a entrega já havia chegado e Park já tinha saído do banho.

Ele se senta no sofá, desembrulhando o pedido e eu vou à cozinha pegar refrigerante.

— Jungkook — Ele diz enquanto mastiga — Que delícia!

— Eca, não fala de boca cheia — O repreendo e ele revira os olhos.

Coloco dois copos e a garrafa de refrigerante na mesa de centro.

Ligo a televisão e procuro algo para vermos após entrarmos num consenso de que veremos um filme de romance dessa vez.

— Que tal esse? — Cito a décima opção que encontrei e finalmente recebo um aceno com a cabeça — Pouco mais de uma hora e meia.

Novamente Park vai atrás do primeiro cobertor confortável que encontrar, e volta mais rápido do que imaginei.

O filme começa e, logo de cara, percebo que não vai ser fácil prestar atenção.

Minha cabeça ainda está em ontem a noite, em todos os momentos os quais flertei com Park sem motivo algum.

Olho para ele e no mesmo instante ele me encara de volta, como se estivesse lendo meus pensamentos.

— Que isso? — Ele diz e sorri.

— Isso o quê? — O questiono, levemente assustado.

Seria ele realmente capaz de ler meus pensamentos?

Ele ignora minha pergunta e, estreitando os olhos, volta sua atenção ao filme e eu tento fazer o mesmo.

Alguns minutos se passam e quando Park coloca seu copo de volta na mesa, nossos corpos se aproximam ainda mais e sinto sua perna tocando a minha.

No mesmo momento, é perceptível que ele entra em alerta esperando que eu faça algo em relação, mas decido ignorar.

Ao notar que eu não estava desconfortável com o toque, ele se aconchega um pouco mais, não se preocupando tanto se nos aproximaremos mais ou não.

Após pouco mais de trinta minutos, ouço uma batida na porta.

— Eu abro — Park diz e eu pauso o filme, observando a porta.

Após Park abrir a porta, vejo que é Nishiro.

Ele não desiste?

— Sério isso? — Ele encara Jimin.

— Desculpa, eu te conheço? — Park diz.

— Não, mas Jungkook conhece — Ele me encara através do ombro de Park, que olha para trás como se pedisse ajuda.

Levanto e ligo a luz, indo em direção à porta.

— Ia pedir para entrar mas parece que vocês estão num clima, não é? — Ele diz e Park coloca a mão no rosto tentando segurar o riso.

— É, e agradeceríamos se você fosse embora e me deixasse em paz — O respondo e o garoto ao meu lado parece surpreso, mas não fala nada.

— Eu... — Ele parece sem jeito e encara Jimin — Tem como a gente falar a sós? — Se dirige a mim.

— Não, não tem — Envolvo o pescoço de Park em meus braços e ele, Nishiro, dá um passo para trás.

Nisso, eu fecho a porta e rapidamente me afasto de Jimin.

— Desculpa de novo, de verdade! Acho que foi necessário dar um choque de realidade pra ele. Desculpa, sério — Digo à ele, que sorri um pouco constrangido.

— De boa, desliga a luz para nós voltarmos ao “clima” — Ele dá uma piscada.

Que vergonha.

Ele vai em direção ao sofá e eu vou atrás, desligando a luz e me aconchegando ao seu lado.

— Quem era ele? — Park pergunta antes de voltarmos a olhar o filme.

— Meu ex — O respondo.

— Ah — Ele franze o cenho, com uma expressão confusa — Pensei que você só gostasse de mulheres...

— Sério? Eu nunca escondi muito — Digo, e é verdade.

Ele ri e dá um soquinho em meu peito.

— Ah, eu imaginava, né? Mas na escola eu pensava que você me odiava principalmente por eu agir de forma gay — Ele confessa, o que me faz rir também.

— Você nunca agiu muito gay... — Digo, e logo me lembro das vezes em que, aos treze ou quatorze anos, quando sentava na classe em frente a minha, ele ficava discutindo com Taehyung sobre o quão bonito o Justin Bieber estava ficando, mas decido não comentar sobre.

— Não sei se concordo — Ele diz e, sem esperar uma resposta, volta com o filme.

Após alguns minutos estávamos em uma cena triste do filme e ouço Park fungar.

— Você tá chorando? — Pergunto.

Ao olhar para o garoto, ele desvia o olhar e seca as lágrimas.

— Não — Ele diz — Meu olho tá ardendo, só isso...

— Sei — Acaricio rapidamente seu cabelo, da mesma forma a qual as pessoas acariciam um cachorro desconhecido na rua — Você é fraco pra todo tipo de filme... — Eu comento e ele estreita os olhos.

— Não é verdade.

Nós dois sabemos que é. Mas é fofo.

Notas finais

Oi, gente! Acho que as coisas estão acontecendo rápido demais :0
Agradeceria se comentassem sobre.
De qualquer forma, não esqueçam do voto e até o próximo capítulo!

Love Key | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora