Rivais no Jogo| Owen Power

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Toda sexta o escritório está igual, agitado, parte dos jogos acontecem aos fins de semana, alguns repórteres estão anotando perguntas para tentativas de entrevistas que muitas vezes não acontecem, outros entregando pedaços de papel com entrevistas

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Toda sexta o escritório está igual, agitado, parte dos jogos acontecem aos fins de semana, alguns repórteres estão anotando perguntas para tentativas de entrevistas que muitas vezes não acontecem, outros entregando pedaços de papel com entrevistas.

A mesa de Eduarda está cheia, com cadernos e papéis, a parte ruim de trabalhar na redação, é que precisa cuidar de tudo isso.

Como sempre, o lugar está caótico e as entrevistas não podem demorar para ser entregues, as vezes ela se pergunta porquê as pessoas simplesmente não vêem os vídeos das entrevistas ou os próprios repórteres já não fazem a publicação, mas bom, caso fosse assim, ela estaria desempregada.

Não é nada que a prometeram na faculdade, não ter horário para ir embora, corrigir erros medonhos de escrita e o mais temido, a letra dos repórteres, por quê eles escrevem de forma toda feia ? Ela se pergunta. Tomou mais um gole de seu chá de maracujá, só assim para aguentar, corrigiu sua postura na cadeira e massageou as temporas, está cansada, deu uma bisbilhotada no relógio no canto da tela do notebook, são exatamente 22:19 de uma sexta-feira.

—Dudu, quer um chiclete, você parece com sono— Abby pergunta com o doce em mãos.

—Não sei, eu esqueci de pagar o convênio do dentista, se eu continuar mascando chiclete vou ter cáries, se eu te cáries vou ter que parar de comer, por que eu não vou atrás desse convênio, eles vão me fazer pagar um absurdo por esquecer a fatura— Ela reclama se permitindo rodar sentada na cadeira, enquanto pensa em tudo que pode acontecer.

—E se você morrer amanhã ?— Ela questiona.

—É verdade, pode jogar esse chiclete— Ela pede parando a cadeira.

Apenas os teclados são ouvidos.

—Meninas, quando terminarmos aqui, acho que merecemos uma bebida— Jessica comenta.

—Só se for chocolate quente, tá muito frio— Eduarda pede.

—E suas cáries ?— Jessica questiona.

—Merda verdade, gente eu sou da Flórida não suporto esse frio, mas álcool limpa tudo, deve limpar cárie também né— Eduarda questiona.

—Com certeza amiga, já vi que seu dentista é um santo— Abby brinca.

Decidir entre bebidas e chocolate quente foi difícil, ainda mais quando saíram do enorme prédio e sentiram o vento gelado.

A neve está cada vez mais próxima, as previsões é que até o fim do mês as ruas estarão tomadas. Eduarda já passou por isso ano passado e da forma mais dramática e melancólica, quase morreu. Não sabia o que vestir, quanto vestir, caiu alguns tombos, nunca comeu tanta sopa e chocolate quente, fazendo sua lista de compras virar apenas vegetais, macarrão, leite e cacau e acima de tudo, dor de cabeça. Seus planos nunca foram trabalhar em Nova York, mas a vida a levou para aquele lugar, onde as pessoas não são educadas e status social é o que importa.

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