O que é o amor ?
Quando conheceu Christian a três anos atrás, após um fim terrível de uma de relação de cinco anos, Natasha tinha certeza que amor era aquele misto de sensações que temos na adolescência, sorrir instantâneamente, pressão aumentar, seus batimentos cardíacos acelerarem, seus olhos não se despregarem da pessoa, ao mesmo tempo que querem fugir dali, passar até mesmo o banho ocupada pensando na pessoa, sentir borboletas no estômago, Natasha já passou por isso algumas vezes.
Com Christian não foi diferente, pensamentos demais, sua mente a maltratando com mil e uma possibilidades, sorrisos, mãos bobas e uma incrível energia, é como se fosse a primeira vez sentindo aquela coisa toda.
Mas hoje, no fatídico dia que mais uma vez se pegou pensando em seu relacionamento, aquilo não é nem o que ela de fato quer se lembrar, sempre tenta apagar esses pensamentos com a memória do dia que decidiram morar juntos.
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—O que tem nessa caixinha ?— colocou as mãos em sua cabeça e Christian dá uma maléfica risada, a entregando tirando um pouco da animação da mulher de batom vermelho a sua frente.
—Já vi que não deve ser nada tão interessante né, senhor McCaffrey— Ela o encara.
Abriu a pequena caixa vendo uma chave, não pôde deixar de rir e pegar ela.
—Você realmente tem muita criatividade—
—Eu sei— Se gabou.
—Mas e então, me deu a chave da sua casa, eu tô confusa, o que exatamente você quer dizer com isso, posso entrar lá quando quiser ? Levar uma galera ? Alugar um dos quartos e fazer uma grana ?— Ela o questiona brincando com o objeto em mãos.
—Na verdade, meus planos não envolviam você fazer festas ou arrumar alguém para usar um dos quartos e sim, ir para um lugar diferente, tipo San Francisco morar juntos— Ele balança os ombros.
—Caramba eles te contrataram, então vai ter que se mudar para San Francisco— Ela abre a boca em um misto de choque e felicidade.
—Sim— Ele dá um sorriso tímido.
Ela sabe bem porquê, são mais responsabilidades, ele vai para um dos mais famosos e vitoriosos times da NFL, o sonho de qualquer jogador, é uma alegria e ao mesmo tempo um pesadelo.
Christian é bom com pressão, mas os momentos em que ele fica quieto em um canto calado, sem comer não são tão difíceis de acontecer, ela teme que isso piore.
—Mais e então, vamos nos mudar para San Francisco— Natasha faz sua melhor dancinha com o pijama e meias pela casa dele, enquanto começam a empacotar tudo para sair do estado.
—Isso mesmo—
—Sabe o que significa ? Vamos nos acabar em peixe, cerveja barata, ao som de Metallica na Golden Gate— Ela bate palmas tirando uma risada dele.
—Vamos nos acabar em peixe, cerveja barata, ao som de Megadeth na Golden Gate— Ele a corrige.
Natasha até tentou fazer um drama, mas acabou por sorrir e o abraçar por trás, deixando um beijo em sua bochecha.
E chegar na nova casa, carregada por ele que fez o favor de entrar com o pé direito, foi a certeza de felicidade garantida que Natasha teve, aproveitou para estourar o champanhe em suas mãos, já pronta para comemorar.
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Mas lembranças não podem preencher um relacionamento.
Tudo apenas se tornou repetitivo, tudo se tornou igual, meses atrás ela fez uma série de coisas, comprou uma decoração nova, mudou o cabelo, obrigou Christian a ir com ela e fazerem uma repaginada no guarda roupa, passou a fazer yoga, beber chá, tudo para manter seu equilíbrio e equilíbrio com ele.
Mas outra noite, se pegou pensando por quê ainda estão juntos ?
Ela sente tudo, os arrepios, o coração acelerar, a pressão aumentar, borboletas no estômago, mas não é mais como antes e aquilo era bizarro de se pensar, ama ele, mas sente que tudo se tornou disfuncional, entre estar ou não com ele, já não faz diferença, pensar em algum futuro é simplesmente impossível, o que eles poderiam fazer, como mudar esse sentimento ?
É a pergunta que ela sempre faz, não existe alternativa, não tem o que fazer, é estranho amar, mas não querer estar junto.
Mas ela percebeu que é o caso, talvez não deles, mas dela.
Ele não passou a ser um cara grosso, ele não passou a ficar distante, ele não passou a ser indiferente, ele não olha para outras mulheres, ele não chega tarde com desculpas esfarrapadas, não passa mais tempo ou menos tempo com os amigos, passa o tempo que todos julgam suficiente, não chega bêbado em casa, não passa dias sumido sem dar notícias, sequer seus amigos fazem algo ou são estranhos de forma que ela tenha qualquer desconforto.
O problema é que aquilo está bom, eles são bons amigos e ela sabe que não tem futuro juntos e a única coisa que quer fazer, é parar de insistir, antes que de bons amigos e boas lembranças, aquilo se torne grandes inimigos e péssimas lembranças.
Se for o auge do egoísmo que seja.
Se sentiria muito pior, se daqui alguns anos se divorciasse ciente de tudo isso, sabendo que roubou anos dele que nunca voltariam, aquilo sim seria egoísmo.
São jovens o suficiente para conhecerem outras pessoas, se interessarem, se apaixonarem ou talvez apenas focar em seu lado profissional ou seu autoconhecimento, oportunidades não vão faltar, ela tem certeza, o importante é que aquela situação acabe.
Fez as malas e com uma mistura que nunca sentiu de alívio, culpa e vontade de ficar, trancou a porta da casa, jogando as chaves pela pequena fresta da janela, indo embora de vez.
Christian no fim acabou não ouvindo Megadeth, mas sim Bon Jovi, apesar de arrasado e se acabando em vinho de qualidade duvidosa, por amor, respeitou a decisão dela.
Oi pessoal.
Pois é tem doido para tudo, até para negar o pobi Christian.
Um mais levinho por enquanto.
Os próximos terão OS INOMINÁVEIS.
Tá na hora de tirar as crianças da sala, porque teremos um debate de adultos.
Haaland ou Mbappé ?
Amo vcs ❤️💛
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IMAGINES | ESPORTES ⚽⚾🏈🏁🏒
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