Ponto Fraco | Martin Øddegard

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O dia amanheceu chuvoso na velha Londres, por ironia do destino combinou com os sentimentos de Ray, ela não teria um dia fácil pela frente, teria uma batalha

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O dia amanheceu chuvoso na velha Londres, por ironia do destino combinou com os sentimentos de Ray, ela não teria um dia fácil pela frente, teria uma batalha.

Colocou seu café na xícara, se sentou perto da janela observando as gotas geladas caírem do céu, o céu escureceu a cidade logo cedo, os passos apressados das pessoas e o trânsito triplicado, o caos se instaura, apesar dos Londrinos serem acostumados com o tempo ruim.

Martin já saiu teriam um treino leve depois voltaria para casa, para então ir na direção do Emirates Stadium.

Dia de Derby em Londres é sempre uma tortura, Ray já acorda ansiosa, o estômago revira, isso porquê ela ignora os dias que sucedem o jogo, suas mãos soam e tremem, os pés ficam agitados e o coração não para, junto de sua cabeça que cria os piores cenários possíveis.

Nunca foi a maior das torcedoras de futebol, mas namorar um jogador exigiu que aprendesse o básico para conversarem e ela o conhecer melhor, mas nada a assombra mais do que estádios.

Tem um medo fora do comum, sua segurança é sua prioridade e estar em um estádio é a coisa mais insegura que faz na vida, ela sabe disso, as brigas são feias dentro ou fora, o respeito entre rivais não existe, ainda mais na Inglaterra a competitividade é grande.

Os homens estão sempre bêbados e as vezes usam até outras substâncias, eles usam disso para falar coisas obscenas e as vezes até tentar passar a mão em algumas garotas.

Quando uma torcida comemora um gol, a outra se sente no dever de revidar com olhares e xingamentos, nem sempre dá para se calar.

Como namorada de um jogador, ela já passou por experiências ruins ali dentro, desde xingamentos, até coisas obscenas por torcedores do time, apesar de ir a poucos jogos pediu a Martin que não ficasse magoado, mas que só iria se realmente necessário.

Martin não achou ruim, mas também não adorou, ter o apoio dela é importante, mas ela se sentir segura é muito mais e ele sabe muito bem como os torcedores fanáticos são, jamais a colocaria em risco ou a obrigaria a fazer algo que ela não quer.

Na verdade Ray sempre foi assim, prefere ficar atrás das câmeras, prefere uma vida sossegada, Martin precisou insistir para ter uma chance, ela sempre foi fã de interior, uma casa aconchegante, tomar um chá na varanda e ver novelas, não atoa ele a apelidou de minha velhinha. O começo foi difícil para os dois, Ray não conseguia ficar muito tempo em estádios sem passar mal e quando os amigos de Martin se reuniam, a compreensão era ignorada, sobrando piadas de mal gosto.

Martin como sempre, bateu de frente, principalmente depois de ver ela mal por algo que um dos rapazes disse.

Talvez aquilo só fosse demais para ela, estudou em casa com seus irmãos e ajudou os pais na fazenda desde sempre, o tato social e as situações da convivência mundana, não fizeram muito parte de seu universo.

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