1K 67 8
                                    

Melina Busato

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Melina Busato

Uma semana sozinha nessa casa foi o suficiente para me fazer ter a certeza de que eu me acostumei a ter alguém ao meu lado, simplesmente desaprendi a morar só, tentei ocupar a cabeça com diversas coisas mas nada funcionou.

Resolvi visitar a minha mãe para dar uma desabafada, pois um amigo do Nicolas postou um stories onde ele aparecia sem a aliança, fiquei mal, não vou negar. Mas não suportei ficar ao lado dela por mais de meia hora, ela alugou meus ouvidos tentando me convencer a pedir para o Nicolas voltar, segundo ela, eu ainda vou acabar só, pois não dou o devido valor a quem gosta de mim, fora as outras barbaridades que fui obrigada a ouvir calada. Estava dirigindo a caminho de casa quando Marília  liga me chamando para passar a tarde com ela, fiz o retorno indo para o seu condomínio.

Assim que cheguei pude ouvir a música alta ecoar pela casa. Amo vir aqui, a energia dessa casa é de outro mundo, me sinto mais em casa do que em qualquer outro lugar.

—— Meus meninos já chegaram?— me referi aos meus afilhados, Augusto e Antônio, que foram passar uns dias com a avó. Sou madrinha de consagração apenas do Antônio, mas também considero o Guto.

—— Ainda não, e não querem voltar nem tão cedo. Mal cresceram e eu já estou sentindo a dor do ninho vazio— nós rimos da situação— E que milagre foi esse que permitiu você vir sozinha?

—— Eu não te contei?— ela negou— O Nicolas pediu um tempo.

—— Mentira!— levou a mão sobre a boca.

—— Pois é. Depois daquele dia no barzinho, ele ficou chateado porque percebeu os olhares entre eu e o Gabriel—caminhamos para a área externa da casa.

—— Não tiro a razão dele, Lina, todo mundo que estava na mesa percebeu também. Mas e aí, ele não falou mais nada?

—— Ainda não. Eu acho que ele ficou ainda mais chateado comigo porque eu não dei a certeza do nosso casamento.

—— Eu vou ser sincera com você, amiga, eu não vejo um sentimento genuíno da sua parte, se você realmente gostasse dele não teria nenhuma dúvida— suspirou.

—— O pior é que eu sei disso, mas não consigo terminar, eu já me acostumei a ter ele ao meu lado, sabe?

—— E você acha justo ficar com alguém por comodismo? Pra você essa relação está sendo conveniente, mas pensa um pouco nos outros...— antes que ela terminasse de falar, a casa foi tomada por vozes masculinas e um som estridente, que logo foi desligado.

—— Vocês estão bebendo desde que horas, hein?— Marília indagou depois de cumprimentar o marido com um beijo.

—— Relaxa, meu amor, nós merecemos depois desse fim de semana— deixou um beijo em sua esposa e voltou a fazer a farra de antes.

Reincidente| Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora