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Gabriel Barbosa

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Gabriel Barbosa

29, agosto

"Gabriel, estou falando para o seu bem"
"Já que não acredita em mim, veja com os seus próprios olhos. Ela deve estar nesse momento com o Ni, na sua casa, inclusive"

Quando recebi a mensagem da minha sogra, confesso que não acreditei. Há um tempo ela vem insinuando que a Melina está sendo infiel, obviamente não passa de mais uma das tentativas dela de tentar nos separar, ela nunca me aturou e sinceramente? É recíproco, não me desce o jeito que ela trata a Mel, tudo que acontece na nossa vida ela acha um jeito de vir soltar seu veneno em forma de conselhos.

Sempre tive um pé atrás com o Nicolas, ela já tinha uma amizade com ele bem antes da gente se conhecer e desde o primeiro momento eu sabia que ele não via a Melina como amiga. Sempre alertei, pedi pra ela se distanciar mas não adiantou, segundo ela, eu estava neurótico querendo controlar com quem ela se relacionava.

Acabei o meu almoço com o Fabinho, não comentei nada sobre as mensagens, só me despedi e não pensei duas vezes em sair daquele shopping e ir pra casa o mais rápido possível.

—— Boa tarde, Antônio, o senhor liberou a entrada de alguém em meu nome?

—— Liberei sim, um amigo da Lina— Assenti logo passando pela portaria. Minhas mãos estão suadas no volante do meu carro, ela não seria capaz, né?

Respirei fundo antes de entrar, não nego que antes de chegar aqui, pensei mil vezes em como seria a minha reação caso ela realmente esteja com ele. Fui direto para o meu quarto e do corredor já foi possível ouvir vozes vindo de lá

Porra, eu fiquei sem reação. Assim que entrei me deparei com os dois juntos, ele com as mãos na cintura da minha mulher e ela apenas de toalha, eu sou um idiota!

—— Mel?— Ela rapidamente saiu de perto dele com os olhos um tanto quanto arregalados, claro, foi pega no pulo

—— Amor, calma, tá? Não é isso...— Interrompi

—— Na boa, Melina, some da minha frente— Foi o que eu consegui falar após longos segundos em silêncio

—— Não é o que você está pensando, Gabriel, acredita em mim!— o desespero transpareceu na voz trêmula

—— Eu não vou falar outra vez, Melina, some daqui!— Ela se aproximou tentando contato físico mas eu a afastei— Eu quero os dois fora da minha casa, agora!

—— Irmão, não precisa falar com ela assim não— Eu ri desacreditado, a vontade que eu tenho é de quebrar esse cara no meio. Ameacei sair de onde estava mas a Melina entrou na frente

—— Nicolas, por favor!— ele levantou as mãos com um sorriso sínico no rosto—  Amor, olha, ele veio aqui para me ajudar com uns detalhes da sua festa

—— Não adianta continuar mentindo pra mim, eu se quer consigo olhar na tua cara.

—— Não fala assim comigo!

—— Você quer que eu te trate como depois de te flagrar com outro na porra da minha casa?!

—— Flagrou o que, Gabriel? Nós estávamos conversando...— Interrompi

—— Para de mentir, seria mais aceitável se você falasse o caralho da verdade!— apontei para a toalha que cobria seu corpo— Isso aí significa o que?

—— Acabei de sair do banho, amor, eu vim aqui me trocar e ele veio atrás dizendo que queria conversar— Se aproximou parando em minha frente

—— A quanto tempo você está me enganando, Melina?

—— Gabriel, eu não estou com o Nicolas, confia em mim!— tentou tocar em meu rosto mas eu me afastei

—— Eu devo ser muito idiota mesmo, porra, o que eu vi aqui não tem explicação. Eu só quero que você pegue as suas coisas e saia da minha casa

—— Amor, acredita no que eu estou te falando! Você acha mesmo que eu seria capaz de te trair?

—— Eu não acreditava nisso, Melina, mas hoje você me mostrou que não passa de uma mulher desprezível, caiu no primeiro papo, na primeira cantada que aquele arrombado te deu, eu estou com nojo só de olhar na sua cara!

—— Você não tem o direito de falar assim comigo, me respeita!

—— Ah, você quer respeito? Desde quando vadia é digna de respeito? Na moral mesmo, Melina, faz o favor de ir embora daqui, eu não quero perder o controle— Saí do meu quarto e fui para a sala, do vidro espelhado da porta eu pude ver o carro do filho da puta ainda no mesmo lugar

—— Você vai fazer isso mesmo com a gente?— Ela apareceu já vestida decentemente

—— Quem fez a burrada aqui não fui eu, Melina— Ela assentiu suspirando— Eu me arrependo profundamente de ter te conhecido— falei antes dela sair batendo a porta

Reincidente| Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora