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Nicolas Prattes

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Nicolas Prattes

Sabe quando você fica ao ponto de explodir? Sou eu nesse exato momento.

Estamos aqui no Copa Star desde às quatro da manhã, e o relógio na parede branca aponta para exatas 08:00.

De um lado, Carla em um completo desespero, do outro, Helena aos prantos se sentindo culpada. E eu não estou diferente delas, não é fácil ver a Lina nessa situação pela terceira vez.

E querendo ou não, eu tenho uma parcela de culpa nisso.

—— Eles estão demorando mais que o normal, eu estou ficando preocupada— Helena se levantou da poltrona, começando a andar de um lado para o outro

—— Calma, eles não já falaram que é só esperar ela acordar?— Carla respondeu com a gentileza de sempre, e o bate boca das duas voltaram a acontecer.

Respirei fundo e sai de perto o mais rápido que pude, elas não pararam de trocar farpas desde a hora em que entraram nesse hospital.

Entrei no elevador subindo um andar até a cafeteria. Em poucos minutos eu já estava sentado em uma poltrona, próximo a grande janela de vidro, que me permitia ter uma visão privilegiada da avenida enquanto bebia o meu café expresso.

Lembrei da última vez que tivemos aqui antes de irmos para Curitiba, pela mesma razão a Melina ficou três semanas internada sob cuidados médicos. Foram longos dias longe dela, sem poder ao menos ter contato físico, só nos víamos por vídeo chamada e isso quando ela não estava dopada de calmantes para controlar os surtos que vinham aleatoriamente, em qualquer momento.

Por pouco ela não foi parar em uma clínica de reabilitação, e é isso que eu temo que aconteça, foram longos tempos para ela deixar de fazer o uso de medicamentos tarja preta e voltar a viver uma vida normal. Eu me sinto muito culpado em ver a mulher da minha vida nessa situação, porque querendo ou não, eu tenho uma parcela de culpa nisso. Ela já se automedicava desde a adolescência, mas o aumento das dosagens chegaram em um nível absurdo depois de toda a história da separação dela e do Barbosa.

Meu celular vibrou, mensagem da Marília querendo saber aonde estávamos pois já se encontrava na recepção, e logo mandou outra dizendo que já tinha encontrado a Helena. Terminei a bebida quente e voltei para o segundo andar.

—— Ai, Nicolas, demorou! Ela finalmente acordou— Carla

—— Já podemos entrar no quarto dela?— Senti um peso sair das minhas costas, agora eu espero que tudo ocorra bem e que não haja nenhum imprevisto.

—— Ainda não, estão fazendo uns exames— Minha atenção que há poucos estava na minha sogra, ou melhor, ex. Foi parar no homem repleto de tatuagem que acabou de chegar

Na minha testa deve estar escrito um belo e grande "otário", é a única explicação para tamanha cara de pau.

—— O que essa cara tá fazendo aqui?— Perguntei a Carla

—— O mesmo que você, só quero saber como a Mel está— Sentou na cadeira se relaxando completamente, folgado

—— "Mel" que intimidade você acha que ainda tem com ela?—  O barbudo deu um riso debochado, já falei o quanto eu odeio esse cara?

—— Eu vim na paz, tá legal? O foco aqui é a Mel, então segura sua onda

—— Ignora, Nicolas, é o melhor a se fazer com esse tipo de gente— Carla falou como em um sussurro, e ela tem razão.

—— Ignora, Nicolas, é o melhor a se fazer com esse tipo de gente— Carla falou como em um sussurro, e ela tem razão

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Capa nova, quem amou?

Fiz algumas alterações no capítulo de apresentação, passem lá!

Vou tentar ao máximo não demorar tanto para publicar, prometo!

Reincidente| Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora