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Gabriel Barbosa

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Gabriel Barbosa

A melhor decisão que eu tomei essa semana, sem dúvidas, foi vir aqui para o Guarujá atrás do pessoal, ou melhor, da Melina.

Eu poderia estar aqui mesmo com os meus advogados, e o Brasil inteiro, querendo declarações sobre o que realmente aconteceu na concentração? Com toda certeza, não, mas eu consegui persuadir a Dona Lindalva, e aqui estou eu!

—— O Fabinho sabia que você estava vindo pra cá?— Melina me perguntou, logo depois servindo o meu prato com o bife e os cogumelos que ela havia preparado.

—— Não. Fretei um jatinho de última hora, só falei com a Dhio pra saber aonde vocês estavam— Ela voltou a se sentar na cadeira à minha frente.

—— Jatinho, Gabriel? Tá luxando assim ao ponto de pagar o valor de um carro em uma estadia de horas?!— Indagou com as sobrancelhas arqueadas.

—— Tô com as notas, pô!— Brinquei, mas não deixa de ser verdade— Eu precisava fugir daquela loucura toda o quanto antes, ainda bem que o Fabinho teve a ideia de vir pra cá

—— Ele foi à praia com a Helena, não quer ir lá?

—— Você vai?— Negou— Então prefiro ficar aqui mesmo

—— Gabriel, Gabriel...— Falou em um tom de aviso— Eu só aceitei vir pra cá porque o Fabinho me garantiu que você não viria, não pense o contrário disso— O vinho na sua taça, que ainda estava na metade, foi engolido de uma só vez.

—— A minha presença te incomoda tanto assim?— Desviou o seu olhar do meu, focando em sua mão, ou melhor, na aliança que reluzia em seu anelar esquerdo.

—— Você não sente o mesmo?— Neguei imediatamente— Incômodo não é a palavra certa, eu só acho estranho, passamos tanto tempo nos odiando. É muito estranho sentar e almoçar com você depois de tudo o que aconteceu— Pousou os braços sobre a mesa

—— Eu nunca te odiei— Imitei a sua posição na mesa

—— Nunca me odiou? Você falou e fez coisas horríveis pra todo mundo ver, e agora vem com essa?— Riu desviando o olhar

—— Eu passei dos limites, sei disso, mas a culpa não foi só minha

—— E de quem foi? Minha?

—— Inúmeras vezes eu te perguntei se entre você e o Nicolas rolava algum sentimento à mais, você sempre negou, dizia que eu estava louco, que estavam tentando me envenenar contra você. E com quem você apareceu aos beijos em site de fofocas semanas depois do nosso término?— Levantei uma das sobrancelhas esperando a resposta, que não veio— Porra, eu surtei, doeu para um caralho ver você nos braços dele...

—— Não quero falar sobre isso, Gabriel— Me interrompeu

—— E como você quer resolver a nossa situação?— Segurei delicadamente em seu pulso, deixando um carinho ali, mas ela descruzou os braços os se afastando da mesa— Eu não quero forçar nada, se você quiser que continuemos sendo apenas estranhos, tudo bem

—— Eu comprei sorvete, aceita?— Mudou rapidamente o assunto, se afastando da mesa externa e indo para a cozinha.

Preferi não ir atrás e acabar com o momento que estávamos tendo, que pelo visto só estava sendo agradável para mim. Virei a taça de vinho branco em uma só golada, peguei o meu prato ainda cheio e fui para o meu quarto.

Por mais que eu queira conversar com ela, tentar entender o porquê de tudo o que aconteceu entre a gente, eu não vou ficar correndo atrás de quem claramente me quer longe.

—— Você é muito idiota, Gabriel, sério!— Assim que eu entrei no quarto, ele foi invadido por Dhiovanna

—— O que foi, hein? Não vem encher o saco não, já estou puto aqui!— Tirei a camisa largando pelo chão e me joguei na cama

—— Ficou no zero à zero?— Gargalhou, deitando ao meu lado— Eu ouvi tudo, você todo se querendo e ela mal te deu ibope, pra largar de ser idiota

—— Dá pra você parar de me insultar?

—— Eu tô mentindo? Você veio aqui depois de meses só por causa dela, e ela nem aí. Falta de aviso não foi!

—— Não custava tentar, tá legal?— Enfiei meu rosto nos travesseiros macios querendo sumir daqui

—— Eu já te disse, sua vez já foi, passou. Esquece a Melina, Gabi! Você não estava reatando com a Rafa?

—— Não, só foram umas noites. Ela sabe bem quem é a minha prioridade, deixei claro desde o começo—

Levantei indo até o aparador da televisão para pegar a garrafa de uísque ainda lacrada. O copo que estava ao lado da garrafa com certeza não foi trocado há dias, então virei o uísque na boca mesmo, sentindo descer rasgando por minha garganta.

—— Você realmente está cego, não é? A Melina vai te fazer mal outra vez, cara, me escuta!

—— Me deixa descansar um pouco, vai!— Deixei a minha irmã falando sozinha e entrei para o banheiro, tirei o resto de roupa que eu estava vestido e iniciei um banho bem gelado.

—— Me deixa descansar um pouco, vai!— Deixei a minha irmã falando sozinha e entrei para o banheiro, tirei o resto de roupa que eu estava vestido e iniciei um banho bem gelado

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Reincidente| Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora