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Peço perdão pela demora, voltei de viagem há uns dias mas já estou providenciando os capítulos.

Peço perdão pela demora, voltei de viagem há uns dias mas já estou providenciando os capítulos

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Gabriel Barbosa

Horas antes
CT

—— Eu estou tão feliz, irmão, você não tem ideia— O sorriso de orelha a orelha foi inevitável ao lembrar da noite passada, Ribeiro riu negando com a cabeça

—— Viu? Não doeu deixar o orgulho de lado. Mais e aí, quando vão oficializar?— Entramos no dormitório

—— Se dependesse de mim, hoje mesmo, mas a Melina consegue ser mais cabeça dura do que eu, acho que nem tão cedo vamos assumir um relacionamento— Me joguei na primeira cama que vi, estou exausto

Meu celular vibrou e o nome "Rafaella" apareceu na tela, desliguei. Mas obviamente ela não ia desistir nem tão cedo de ter contato comigo, na terceira chamada eu decidi atender.

Oi, Rafa

Eu preciso falar com você

Sou todo ouvidos

Não, Gabriel. Pessoalmente

Não rola, estou trabalhando

Eu sei disso, estou aqui fora te esperando

Não posso receber ninguém, cara, pelo amor de Deus

Se você não vier até aqui, eu dou um jeito de entrar

Rafa, amanhã você me fala o que tem pra falar. Não vou me prejudicar por sua causa

Você quer ir pelo lado difícil, né? Tudo bem.

Chamada encerrada

Eu mereço!

—— O que ela queria?— Éverton perguntou

—— Tirar meu sossego. Disse que está lá fora e que vai entrar se eu não for encontrá-la, acredita?

—— Você não terminou com ela não, Gabriel?

—— Terminar o que, Ribeiro? Não temos nada além da cama— Tirei minha camisa e joguei a toalha no ombro

—— Você também faz tudo errado, né? Custava pelo menos mandar uma mensagem acabando com esse caso de vocês?— Não prolonguei a conversa, ele entendeu o recado e saiu dizendo que ia para o vestiário

Peguei o meu celular novamente, dessa vez abri a conversa com a minha irmã e fiquei vidrado na tela apreciando a imagem da Lina deitada  ao lado do buquê de lírios que eu enviei ainda pela manhã. Fiz hora ali na cama antes de levantar e seguir o mesmo rumo do Éverton.

Tomei rapidamente uma ducha gelada, sai do banheiro trajado com apenas um short de treino e voltei para o quarto.

—— Você tá maluca?— Gritei em um sussurro, essa frase parece confusa? Com certeza, mas foi exatamente o que eu fiz antes de trancar a porta.

Eu sei que a Rafaella é capaz de fazer loucuras para conseguir o que quer, mas me esperar no dormitório do meu ambiente de trabalho vestida só com uma lingerie preta, é demais pra mim.

—— Eu disse que ia dar o meu jeito, Gabi— Levantou e se aproximou de mim entrelaçando seus braços no meu pescoço

—— Se alguém te ver aqui vai me complicar, Rafaella, você não entende isso? A minha situação já não está muito boa, imagina se sair notícias de que eu trouxe mulher justo em uma concentração!

—— Você sabe que eu posso dar um jeito de manter a mídia calada, não se preocupe— Fez uma tentativa falha de me beijar, mas eu tirei seus braços de mim e me afastei— O que foi, Gabriel? Cara, eu acabei de chegar de uma viagem cansativa mas fiz questão de vir te ver e você me trata assim?

—— Eu não pedi pra você vir, Rafaella— Fui curto e grosso. Sentei na cama onde ela estava minutos atrás— Quem deixou você entrar?

—— Não importa. Eu estou morrendo de saudade, amor— Mais uma vez veio me abraçar, dessa vez sentando em meu colo

—— Por favor, Rafaella— Desviei dos seus toques— Eu não quero continuar com o nosso lance...

—— Lance, Gabriel? Você chama o nosso relacionamento de lance?

—— E não é? Eu não me lembro de ter te pedido em namoro— Ela riu

—— E precisava? Você me assumiu pra todo mundo, o que você queria que eu pensasse?

—— Eu nunca te assumi, eu sempre te apresentei como uma amiga!— Ela levantou transtornada, discretamente peguei o meu celular no criado-mudo ao lado e escondi entre os travesseiros. Me prevenindo de uma possível agressão com ele, como ela fez da última vez

—— É a Melina, não é? É claro que é por causa dela que você está me tratando como se eu fosse um nada!— O tom de voz que era sereno até alguns segundos atrás começou a ser alterado

—— Rafaella, ameniza sua voz, se descobrirem que você está aqui...

—— EU NÃO LIGO, GABRIEL!— Respirei fundo sem saber contornar essa situação— O que ela tem que eu não posso te oferecer?— Se aproximou mais uma vez, agora sentando ao meu lado

—— Eu amo a Melina, entende?— Por uns segundos ela ficou em um completo silêncio, apenas me encarava com lágrimas nos olhos— Não é fácil te ver assim, eu gosto muito de você, do que nós tivemos... Mas eu nunca esqueci a Lina

—— Você só gosta de quem não te dá o devido valor, não é? Tudo bem, Gabriel, eu não vou ficar aqui me humilhando ainda mais— Alcançou a camisa que estava jogada na cama e vestiu. Limpou as lágrimas e o excesso de maquiagem borrada, foi até a porta mas parou assim que eu comecei a falar

—— Eu não quero que você fique chateada por isso, Rafa, ainda podemos manter a nossa amizade— A risada irônica ecoou pelo ambiente

—— Na boa, Gabriel? Vai pro inferno!— Me assustei com a batida da porta mas respirei aliviado quando a loira saiu sem olhar para trás. Eu espero que ela entenda que entre nós não rola mais nada.

Reincidente| Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora