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Peço perdão pelo sumiço, ainda hoje soltarei mais um capítulo!

Peço perdão pelo sumiço, ainda hoje soltarei mais um capítulo!

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Gabriel Barbosa

Um merda, é assim que eu estou me sentindo nesse momento. Por orgulho e infantilidade eu perdi o que sempre sonhei em ter, uma família.

Agora eu consigo entender a razão pela qual a Melina carrega tanta mágoa de mim, eu sou o grande culpado por tudo o que ela passou calada, por todo o sofrimento, por todos os julgamentos. Eu não consegui expressar uma palavra sequer, acabou comigo ver ela chorando e saber que a culpa é toda minha!

E o meu pai mais uma vez, como sempre, tem razão. Eu sou um completo moleque, ainda preciso amadurecer muito nessa vida.

—— Eu não consigo imaginar o que você passou— Quebrei o silêncio, mantive a cabeça baixa ainda sem ter coragem de olhar em seus olhos— Por que não contou sobre a gravidez sei lá... para a minha mãe? Ela ia ajudar na situação

—— E isso mudaria alguma coisa, Gabriel? Não revelei de imediato porque eu queria que todos soubessem no seu aniversário— Fungou— Eu cheguei à contar sobre a gravidez para a Dhiovanna, mas eu não permiti que ela te contasse, tenho certeza de que você iria encontrar uma forma de me humilhar

—— E sobre o aborto, custava você ter me falado?— Ela riu e aí eu caí na real de quão infeliz eu fui na minha fala

—— E isso mudaria alguma coisa, Gabriel?— Refez a mesma pergunta

——Não importa, Melina, você não tinha o direito de esconder isso de mim!

—— Claro... é claro que você vai jogar a culpa toda pra mim!— Levantou visivelmente nervosa— Você não se importou em me procurar e saber o que estava acontecendo, eu sei que você soube da minha internação, você não deu a mínima. Quando eu precisei ser ouvida, você me ignorou como se nunca tivéssemos nos conhecido!

—— Desculpa, me desculpa!— Peguei em sua mão, logo depois nos juntando em um abraço— Eu não tenho o direito de julgar qualquer decisão sua, talvez se eu tivesse um pouco de maturidade, nada disso teria acontecido

—— Nós erramos muito, mas agora não tem o que fazer. É só aceitar...— Rapidamente enxugou as lágrimas que insistiam em cair e me olhou com um sorriso, um sorriso triste— Eu não quero ficar remoendo isso, Gabriel, não me faz bem— Se afastou de mim e alcançou a caixa no sofá— Você viu o ultrassom?

—— É o borrão mais lindo que eu já vi— Brinquei e me aproximei dela novamente, dessa vez a abraçando por trás

—— Que borrão, Gabriel? Dá pra ver perfeitamente. Olha o narizinho!— Apontou para a imagem, forcei muito a vista conseguindo enxergar a pontinha de um provável nariz.

Aprofundei meu rosto na curva do seu pescoço conseguindo sentir ainda mais seu perfume.

E em pensar que agora poderíamos estar nós três aqui, juntos e em família, mas não... como sempre fui inconsequente e deixei me levar pelo orgulho, tive a capacidade de estragar tudo!

—— Eu nem consigo imaginar a barra que você passou sozinha— Passeei com o meu polegar na imagem

—— Foi horrível, mas eu não estava sozinha. Em todo momento o Nicolas ficou ao meu lado me dando o suporte necessário, ele foi incrível!— Se afastou de mim mais uma vez— Já está um pouco tarde, né?

—— Posso ficar com isso?— Apontei para a caixa em suas mãos

—— É sua— Me entregou e foi até a porta— Boa noite, Gabriel

—— Boa noite, Melina— sai do seu apartamento mesmo com uma vontade imensa de ficar

Entrei no elevador tomado pelos meus pensamentos enquanto olhava fixamente para as recordações em minhas mãos.

Eu fui tão idiota, causei um estrago nas nossas vidas por nada!

Eu sei que a culpa não foi minha, aconteceu, mas não sai da minha cabeça a possibilidade de tudo ter sido diferente se eu não tivesse agido com tanta infantilidade.

A incerteza é sem dúvidas uma das piores sensações!

Dirigi até a minha casa e agradeci aos céus quando cheguei e ninguém veio atrás de mim. Tudo o que eu preciso agora é de sossego e uma garrafa de uísque.

Tranquei a porta do meu quarto e fui para s sacada com uma garrafa de bebida na mão e um copo na outra.

Tranquei a porta do meu quarto e fui para s sacada com uma garrafa de bebida na mão e um copo na outra

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Reincidente| Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora