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Gabriel Barbosa

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Gabriel Barbosa

—— Anda logo, Fabinho, custa você me ajudar?

Estou há meia hora me humilhando para o Planet liberar o celular dele para eu conseguir entrar em contato com a Mel, e até agora foi em vão.

—— Vai acabar sobrando pra mim— revirei os olhos

—— Pô, cara. É só uma mensagem, que mal vai fazer?

—— Desencana da Lina, Gabriel, ela tá em outra e você continua querendo perturbar a coitada— juntou os talheres que há pouco estavam em suas mãos, no prato

—— Eu só quero saber como ela está, a Marília não me responde e eu não tenho contato com mais ninguém do vínculo dela. Quebra essa, cara!— Juntei as mãos implorando, cheguei ao ápice da humilhação

—— Presta atenção no que você vai fazer— arrastou o celular já ligado na conversa dela até o meu lado da mesa, sorri vitorioso

—— Relaxa— Comecei a digitar e em poucos segundos eu já tinha a resposta— Ah, moleque! Bora passar na casa dela

—— Tão fácil assim?— franziu o cenho com os olhos cerrados, tomou o celular de mim começando a ler o curto diálogo— Claro, ela pensa que sou eu!

—— Mas você de qualquer forma não vai visitá-la? Eu só omiti a minha presença

—— E se o galã das nove estiver lá?— A conta já estava paga, então só levantamos e fomos para a saída do restaurante

—— É proibido ver uma amiga?

—— Olha... não conte comigo pra nada!— Joguei a chave do carro em seu peito e entrei no banco do carona, ele ligou o localizador e deu partida para o condomínio onde ela mora.

Em instantes já estávamos na portaria do prédio, o Fabinho só deu o nome dele e logo fomos liberados para entrar.

—— Sem demora, Gabriel— Me avisou assim que tocou a campainha

—— Fabinho!— Helena falou assim que abriu a porta para nos receber

—— Quanto tempo, garota!— Os dois se abraçaram ignorando minha presença— Vem cá, só está você duas?

—— Por sorte, sim. Veio fazer o que aqui, hein?— Perguntou de braços cruzados

—— Vai deixar as visitas do lado de fora, mal educada?— Ignorei a pergunta, ela riu liberando a passagem

—— Sério, Gabriel. Você poderia ter avisado, né?

—— Foi mal... cadê ela?

—— Tá no quarto, vou chamar— levantou do sofá, mas eu tomei a frente

—— Deixa que eu vou, já conheço muito bem essa casa— Subi rapidamente. Fui até o fim do corredor e dei três batidas na porta, ouvi um "só um minuto" e logo depois um "pode entrar"

—— Gabriel?— Franziu o cenho enrolando a toalha branca sob seus cabelos

—— Antes que venha com as suas grosserias, eu só quero saber como você está— Fechei a porta e me aproximei dela

—— Estou ótima, fica tranquilo— Deu um sorriso, e meu Deus, que sorriso!— O Fabinho não veio?

—— Eu aqui, morrendo de preocupação contigo e você querendo saber de Fabinho?— Cruzei os braços

—— Você eu vi há uns dias, ele não ué— Sorriu tirando a toalha do cabelo e ligando o secador. Sentei na beirada da cama enquanto observava ela se arrumar

—— O que foi, você vai ficar aí me secando mesmo?— Eu ri afirmando

—— A visão tá linda demais!

—— Me espera lá embaixo, vai, não é de bom tom ficarmos sozinhos aqui— Guardou o secador em uma gaveta da cabeceira e voltou para o espelho começando a pentear o cabelo

—— E qual é o problema?

—— Eu não quero desrespeitar o Nicolas, ele acabou de sair daqui...

—— Você voltou à fumar?— Perguntei levantando a caixa de Marlboro até seu campo de visão

—— Não... não como antes— se embaralhou com as palavras— Só às vezes

—— Não me leva a mal, não— Me aproximei ficando atrás de seu corpo, mas com uma distância considerável— Por que você continua querendo se destruir aos poucos?

—— Não exagera, tá bom?— Revirou os olhos saindo de perto de mim— Vem, vamos pra sala

—— Não adianta querer mudar de assunto

—— A cartela esta quase completa, Gabriel, e eu abri já tem um mês. Você está sim exagerando

O assunto que eu não pretendia encerrar nem tão cedo, foi cessado assim que chegamos na sala e demos de cara com nada mais, nada menos que Carla. É muita sorte pra uma pessoa só!

 É muita sorte pra uma pessoa só!

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Reincidente| Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora