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 Melina Busato

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Melina Busato

Como pode apenas uma noite nos braços de um homem mudar o nosso astral de um dia para o outro?

Surreal!

Acordei reluzente, achando tudo e todos lindos e com um sorriso de orelha a orelha, que aumentou ainda mais quando olhei para o meu lado e me deparei com um buquê imenso de lírios encima de uma bandeja repleta de frutas, biscoitos e um suco. Segurei as flores e retirei o pequeno bilhete escrito a punho.

"Bom dia, Mel. A vida é injusta e eu infelizmente tive que ir para a concentração, espero que tenha gostado das flores!

Ps: Me desbloqueia aí, amor!"

Alcancei o meu celular e rolei a lista de contatos tentando achá-lo, o que não foi difícil, cliquei no número salvo por "Meu 9" e antes mesmo de desbloquear, decidi salvar o contato pelo nome dele.

Eu
Bom dia, Gabriel. Adorei o buquê, obrigada!

Gabriel B
ATÉ QUE ENFIM!!!!

Achei que fosse ignorar o meu pedido

Eu
Eu sou educada, tá?

Gabriel B
Mas e aí, posso passar aí mais tarde? Devo chegar só á noite

Eu
Pra quê?

Gabriel B
Ué, pra ficar com você pô

Já estou com saudade, Mel

Eu
Não sei se hoje eu vou estar livre, vou ver e te aviso

Vou me ocupar agora

Depois nos falamos.


Não me julguem, ter passado uma noite com o Gabriel não muda o fato de que ele estava até pouco tempo com outra mulher, já tenho problemas suficientes na minha vida, não preciso de mais um.

Larguei o celular na cama e sai do quarto ainda com as flores em mãos.

—— Eu perdi muitos capítulos dessa novela, né?— Minha amiga falou logo após se servindo com um pouco de café— Me conta tudo!

—— Ué, Hele— Me juntei à mesa— Nada demais, só matamos a saudade

—— Isso eu sei, Melina, sua plena feição já denunciou isso— Riu— Encontrei com ele quando eu estava chegando, disse que depois do jogo vem aqui

—— É, ele pediu mas eu desconversei— Deixei as flores na mesa— Lembra que ele estava aos beijos com a Rafaella? Não quero ser o motivo da separação de alguém

—— Que separação, louca? Ele nunca a assumiu e com toda certeza não vai fazer isso agora— Levantou, levando as louças sujas para a pia— Esse homem é louco por você!

—— Eu sei bem, Hele. Ela não ser assumida não muda o fato de que eles têm um relacionamento

—— Eu não consigo te entender, Melina, sério! Vocês ao menos conversaram sobre o que vão ser daqui pra frente?— Parou no meio da cozinha com os braços cruzados

—— Meu Deus, Helena, não passou de uma transa. Pra que levar isso com tanta seriedade?— Ri, desacreditando de tanto drama— Eu estou com o dia cheio hoje, vou tomar um banho

Fugi de mais uns minutos de interrogatório. Mas assim eu fiz, tirei toda a preguiça do corpo com uma bela ducha gelada.

O primeiro compromisso do dia foi as minhas aulas, com toda essa confusão na minha vida, com mudança de casa e separação eu acabei perdendo seguidos dias de provas, entrega de trabalhos e vou precisar fazer milagre para suprir as horas obrigatórias. A minha situação está mais que complicada!

(Mais tarde...)

Que vexame! Há tempos eu não assistia os jogos do meu Flamengo, mas dessa vez por livre e espontânea pressão da Helena, eu decidi acompanhar. E meu Deus, definitivamente eu não escolhi um bom dia pra isso.

   Em disputa na Copa do Brasil, o time foi eliminado na primeira fase do campeonato. O jogo foi um verdadeiro show de horror, teve falta, expulsão, três gols perdidos e pênalti desperdiçado. E adivinha de quem foi a maioria dessas gafes?

—— Eu não queria estar na pele do Gabi à essa hora!— Helena desligou a televisão após o jogador se negar a dar um pronunciamento aos jornalistas

—— O que será que deu nele pra ter essa performance?— Me debrucei no balcão onde separa a sala da cozinha

—— Não faço ideia, mas não é de hoje que isso acontece— Caminhou para o corredor, logo entrando no quarto.

Voltei para o sofá e liguei a televisão no canal esportivo, não demorou muito para começarem a comentar sobre o terrível desenvolvimento do Flamengo.

Algumas horas se passaram e eu continuei no mesmo lugar, dividindo a minha atenção entre a televisão e os papéis sobre nutrição esportiva.

A campainha tirou o meu foco mas eu evitei levantar de primeira, tocaram mais um vez. Respirei fundo antes de ir até a porta, só sendo muito sem noção para incomodar os outros essa hora da noite.

—— Eu preciso de você, Mel

—— Eu preciso de você, Mel

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Reincidente| Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora